10.22.2013

Pesquisa aponta aumento de golpes com cartão e menos crimes violentos

Fraudes em cartões cresceram 327% em 10 anos na cidade de São Paulo.
Balanço do Insper indica que metade dos entrevistados foi vítima de crime.

Do G1 São Paulo

cartão de crédito (Foto: TV Globo) 
Cartão de crédito é o alvo de criminosos
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Criminosos dedicam-se cada vez mais a fraudes na cidade de São Paulo, trocando roubos por golpes com cartões de crédito, indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (22) pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). O levantamento, feito com 10.967 pessoas nos anos de 2003, 2008 e 2013, compara as taxas de vitimização entre os anos de 2003 e 2013.
Intitulada “Vitimização em São Paulo – 2003-2013”, a pesquisa mostra que houve queda no número de vítimas de crimes violentos, como roubo contra pessoa (-13,8%), roubo de veículo (-23,4%) e agressão física com lesões leves (-40,4%).  “Apesar de haver queda em alguns tipos de crime, os níveis de vitimização ainda são muito elevados”, ressalta o relatório.
O crime que mais aumentou foi fraude em cartão de crédito: 327,5% entre 2003 e 2013. Outros tipos de golpes sofreram queda: o uso de dinheiro falso diminuiu 47,9% e o de cheque sem fundo, de 50,1%. “Isto pode estar ligado a um aumento na utilização de cartão de crédito e diminuição do uso de cheques”, afirma a pesquisa.
A porcentagem de entrevistados que foi vítima de algum tipo de estelionato foi de 18,67% em 2013. “Isto significa que aproximadamente um em cada cinco paulistanos foi vítima de algum tipo de fraude nos 12 meses anteriores à pesquisa.”
O balanço indica também que 53,4% dos entrevistados foi vítima de um tipo de crime ou de violência durante a vida.
BOs
O levantamento também aponta que apenas 35,3% das vítimas de roubo registraram o crime na Polícia Civil. Dos que não quiseram fazer boletim de ocorrência, 30% disseram que não o fizeram por medo de represália do assaltante e 18,9%, por considerar que seria perda de tempo.

Tal comportamento é prejudicial para a polícia, pois as estratégias de policiamento ostensivo baseiam-se em parte nos boletins de ocorrência registrados. Se a vítima não registra que foi assaltada, a polícia desconhece tal crime e deixa de aprimorar as rondas policiais na região.

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