Perda de massa óssea, alertam os pesquisadores, atinge níveis preocupantes
Osteoporose: uma em cada três mulheres terá a doença
(Getty Images/VEJA)
A perda de massa óssea, alertam os pesquisadores, está atingindo níveis preocupantes, na medida em que a pessoas fazem menos exercícios, locomovem-se de carro, passam o dia sentadas e vivem mais. A osteoporose é uma das doenças que ameaçam a longevidade, principalmente o sexo feminino. De acordo com dados da Fundação Internacional de Osteoporose, uma em cada três mulheres com mais de 50 anos terá a enfermidade.
Um time internacional de cientistas analisou por meio de tomografia de alta resolução e microtomografia a cabeça do fêmur de caçadores-coletores e de agricultores, a partir de amostras coletadas em uma região onde é hoje o Estado americano do Illinois. Eles compararam essas estruturas com ossos de primatas modernos de tamanho semelhante ao humano, como chimpanzés, gorilas e orangotangos. Ao todo, 59 adultos humanos e 229 símios foram estudados.
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Sedentarismo — A causa mais provável da perda óssea, para os cientistas, é o declínio de exercício físico constante. “Outras coisas poderiam explicar as diferenças entre os humanos, como a quantidade de grãos ingerida pelos agricultores, no caso milho, assim como possíveis deficiências no consumo de cálcio”, afirmou Timothy M. Ryan, professor associado de antropologia e informação de ciência e tecnologia da Universidade Penn, nos Estados Unidos, coautor do estudo. “No entanto, parece que o fator biomecânico é o principal. A atividade física e a mobilidade desde os primeiros anos é o que faz os ossos dos primatas não humanos e o dos caçadores-coletores mais fortes.”
Para os cientistas, anatomicamente falando, não há motivo para uma pessoa nascida hoje não ter massa óssea igual à de símio ou de um caçador-coletor. Ainda assim, é pouco provável que mesmo os indivíduos mais ativos fisicamente desenvolvam ossos tão fortes quanto dos nossos parentes símios ou ancestrais.
“Nós somos humanos, não há motivo para não sermos fortes como um orangotango. Se não somos, é porque não estamos desafiando nossos ossos com a carga suficiente, o que torna nosso esqueleto mais fraco e, conforme envelhecemos, sofremos fraturas que, no passado, não sofreríamos”, afirma Colin Shaw, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
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