Medidas propostas não tiram direitos da população, diz Joaquim Levy
As
medidas de ajuste fiscal propostas para o Orçamento de 2016 não
retirarão direitos da população, disse na terça-feira (15) o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy. Em entrevista à NBR, ele declarou que os
cortes de gastos e os aumentos de tributos têm como objetivo restaurar o
equilíbrio da economia, com o mínimo de sacrifício. Segundo Levy,
os cortes procuraram preservar os principais programas sociais do
governo, com o foco nos aumentos de tributos afetando as grandes
empresas. “Os objetivos são colocar a economia em reequilíbrio, de
maneira que possa superar esse momento, voltar a crescer e gerar mais
empregos. Elas foram desenhadas de tal maneira que o governo possa
alcançar objetivos sem alterar em nada os direitos das pessoas, sem
mexer em salário mínimoou em programa social”, declarou. >> Levy pede que Congresso assuma responsabilidade em relação a ajuste fiscal Em entrevista à NBR, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que as medidas não tirarão direitos da populaçãoSobre
a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), o ministro insistiu que o tributo é provisório, de
fácil recolhimento e sem impacto na inflação, diferentemente de impostos
cobrados sobre o consumo, que são repassados para os preços. “[A
CPMF] é um imposto que não causa grandes problemas na economia, um
imposto que todo mundo paga. É um imposto provisório para enfrentar um
momento especial. Fácil de recolher e que não bate na inflação”,
acrescentou Levy. Em relação aos cortes de despesas, o ministro
destacou que os gastos do governo não cresceram neste ano em termos
reais, se for considerada a inflação. Ele disse que qualquer medida de
contenção de despesa é válida, citando limites até para o uso de
telefones celulares no Poder Executivo. “É pouquinho, mas tudo é
importante. Tem de ter disciplina. Estamos gastando menos e cortando do
próprio governo”, afirmou. O ministro reiterou que as principais
dificuldades para a economia brasileira foram provocadas pela crise
internacional, que tem afetado duramente países emergentes como o
Brasil. Entretanto, ele informou que a economia brasileira começou
a dar sinais de recuperação, como o crescimento das exportações e o
desempenho da agricultura, com safras recordes. “Há dez anos que as
exportações não ajudavam o crescimento de forma líquida. Isso é bom para
a indústria porque ajuda a criar empregos na indústria”, concluiu.
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