O ex-presidente Lula voltou a defender diretas já e alfinetou seus adversários; "É importante a gente não ter vergonha de dizer que quer eleição direta. O (Michel) Temer (PMDB) quer ser presidente? O (José) Serra (PSDB) quer ser presidente? O (juiz de 1ª instância Sérgio) Moro quer ser presidente? Ótimo. Todo mundo que quer ser presidente tem o direito de se candidatar. O que não pode é querer ser presidente dando um Golpe, na base da canetada", afirmou
"Se eu for, não é só para disputar, é para ganhar as eleições e fazer o país voltar a acreditar na reforma agrária, no financiamento para pequenos produtores", disse Lula em discurso no 29º Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Parque de Exposições de Salvador nesta quarta-feira (11).
Mas o ex-presidente ponderou que espera que o PT também tenha outras opões além dele.
"Fico pedindo a Deus que apareçam outras pessoas para serem candidatas. Eu tenho 71 anos de idade, mas não parece. Estou me sentindo um menino, me sinto como um moleque de 35 anos. Temos um ano e pouco pela frente, este ano vou andar o país. Primeiro para recuperar a imagem do meu partido, e para recuperar a minha imagem".
Lula afirmou que programas sociais criados pelo PT como o Bolsa Família e o Luz Para Todos não são gastos, mas investimentos.
"Pessoas são a verdadeira razão da construção de uma nação. Uma nação onde as decisões das coisas boas e das cosias ruins serão coletivas. Em que as pessoas mais humildes possam participar dizer: 'eu quero assim ou eu quero assado'. Esse país aprendeu em pouco tempo que é possível a gente levar benefício para as pessoas mais humildes. E um programa como o 'Luz para Todos' só pode ser feito se o estado assumir a responsabilidade dos custos. Levar energia para uma pessoa tratar o leite, ferver água dar um banho numa criança lá no fim do mundo é tão importante quanto levar água quente para uma madame tomar banho na Avenida Paulista ou Copacabana", afirmou o ex-presidente.
Leia, ainda, conteúdo do site Lula pelo Brasil:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira, em encontro do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) na Bahia, que sejam realizadas eleições diretas o quanto antes no país, para que o Brasil saia da condição de ilegalidade institucional que vive atualmente.
Em discurso proferido durante o 29º Encontro Estadual do MST, Lula disse: "É importante a gente não ter vergonha de dizer que quer eleição direta. O (Michel) Temer (PMDB) quer ser presidente? O (José) Serra (PSDB) quer ser presidente? O (juiz de 1ª instância Sérgio) Moro quer ser presidente? Ótimo. Todo mundo que quer ser presidente tem o direito de se candidatar. O que não pode é querer ser presidente dando um Golpe, na base da canetada."
Além de Lula, outras lideranças do PT estiveram no evento, como o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli.
O ex-presidente Lula também falou a respeito da atual crise econômica por que passa o país, bem como sobre as medidas que o governo em exercício de Michel Temer tem tomado sob a justificativa de tentar solucionar os problemas. "A solução da crise não passa por penalizar as classes mais pobres da população, mas inclui-las no Orçamento", defendeu Lula.
Segundo ele, programas sociais realizados durante os governos do PT, de 2003 a 2016, como o Luz para Todos e o Bolsa Família, são uma prova de que investir na qualidade de vida e na capacidade de consumo da população mais pobre são a maneira mais justa e correta de se enfrentar uma crise econômica. "Levar luz para que uma mãe do sertão seja capaz de dar banho quente no seu filho é tão importante como garantir energia para encher a banheira de uma madame da avenida Paulista", comparou o ex-presidente.
Falando a uma plateia de agricultores, Lula lembrou que a agricultura familiar é responsável "pela produção de 70% de tudo que se mastiga nesse país", e que durante seu governo o crédito rural chegou às famílias produtoras tanto quanto chegava antes apenas aos grandes latifundiários.
"É por essas e outras que querem criminalizar a mim e ao meu governo. Somos perseguidos pelos nossos acertos. O que está acontecendo no Brasil é algo anormal. Não se pode sair da esperança que estávamos para a desgraça que estamos hoje. Deus tinha virado brasileiro. Será que desvirou? Eu não acredito."
Lula encerrou sua intervenção falando a respeito da perseguição jurídica de que é vítima atualmente. "Eu achei que tinha encerrado minha carreira pollítica. Mas diante dessas acusações, na hora que ficar claro que não há nada contra mim, só quero que peçam desculpas. Eu aprendi a andar de cabeça erguida nesse país e não vou baixar a cabeça para ninguém."
Clique aqui para ver mais imagens de Lula no 29º Econtro Estadual do MST na Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário