1.12.2017

Odebrecht entrega o Maurício Macri presidente da Argentina.

'Clarín': Operador da Odebrecht teria transferido fundos para assessor da Argentina

Artigo analisa caso revelado pelo jornal La Nación 

Clarín publicou nesta quinta-feira (12) um artigo sobre o caso revelado pelo jornal La Nación, onde se fala de cinco pagamentos de mais de meio milhão de dólares, mas Arribas - amigo pessoal do presidente Mauricio Macri- reconhece apenas uma operação por uma suposta venda de um imóvel, por um valor muito menor.
Segundo o La Nación, o doleiro brasileiro Leonardo Meirelles entrou no regime de delação premiada e entregou à Justiça do Brasil informação sobre milhares de transferências bancárias, todas ligadas ao caso da Lava Jato.
De acordo com as provas apontadas por Meirelles, a reportagem do La Nación conclui que o doleiro teria repassado um total de US$ 594.518 mediante cinco transferências a uma conta de Arribas na Suíça. Arribas nega essa versão, mas reconhece que houve uma transação de US$ 70.000, relacionada a um negócio imobiliário.
> > Clarín Arribas y La Rosadita brasileña
Clarín informa que de acordo com o texto do La Nación os dólares teriam sido transferidos de uma conta bancária de Hong Kong que o doleiro brasileiro controlava através da empresa RFY Import & Export Limited.
Segundo o La Nación, o doleiro brasileiro Leonardo Meirelles entrou no regime de delação premiada e entregou à Justiça do Brasil informação sobre milhares de transferências bancárias
Segundo o La Nación, o doleiro brasileiro Leonardo Meirelles entrou no regime de delação premiada e entregou à Justiça do Brasil informação sobre milhares de transferências bancárias
A Justiça brasileira qualificou a companhia como "empresa de fachada", destinada ao pagamento de propinas, lavagem de dinheiro e sonegação, acrescentou o jornal.
A Odebrecht, construtora brasileira com diversos negócios na Argentina, entrou na mira da imprensa internacional quando foi descoberto que a companhia havia pago propinas milionárias em vários países para conseguir contratos, lembra o Clarín. O escândalo, que incluiu outras companhias, é investigado na Operação Lava Jato e alcançou o kirchnerismo (2003-2015) através do ex-secretário de Transporte, Ricardo Jaime, entre outros.
Como na Argentina a Odebrecht participa em obras da ferrovia Sarmiento, em parceria com a IECSA - firma cuja cara visível é Angelo Calcaterra, primo de Macri -, a reportagem do La Nación especula com a possibilidade de que o dinheiro que Arribas recebeu possa estar vinculado a uma propina para destravar essa licitação. O governo nega essa vinculação.
Outras fontes lembram a profissão pela qual Arribas se tornou conhecido: a compra-venda de jogadores de futebol, é onde costumam ser movimentados milhões e milhões em dinheiro não declarado, acrescenta o Clarín.
A deputada argentina Elisa Carrió, termômetro ético da aliança Cambiemos, de Macri, já pediu que a Justiça argentina investigue essa transação do chefe da AFI, que foi divulgada nesta quarta-feira (11.
De acordo com a reportagem publicada no La Nación, após negar conhecer os implicados na Lava Jato, Arribas, através de seus advogados, admitiu ter recebido pouco mais de US$ 70.000 por uma transferência de Meirelles, supostamente relacionada à venda de um imóvel na cidade de São Paulo, conta o Clarín em seu editorial. Mas negou ter sido beneficiário de outras transferências.
"Ele jamais teve alguma vinculação comercial ou prestou serviços para algum ente público na Argentina ou no Brasil durante sua atividade empresarial privada, e todas as suas contas no país e no exterior estão devidamente declaradas", disseram os advogados do chefe da ex-SIDE (Secretaria de Inteligência).

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