Sob o comando de Michel Temer, o Brasil foi reduzido a um mero coadjuvante na política internacional; depois de cancelar e descancelar sua viagem, Michel Temer chegou à Alemanha para a cúpula do G20, mas sua participação deve passar despercebida; afundado na crise econômica e política de seu governo, o Brasil chega ao encontro das 20 maiores economias do mundo com uma agenda fraca, sem poder de barganha e nenhuma reunião bilateral prevista com líderes de outros países
Depois de cancelar e descancelar sua viagem, Michel Temer chegou à Alemanha na madrugada desta sexta-feira (7) para a cúpula do G20, mas sob o risco de passar despercebido.
Com o vaivém —ele só anunciou na segunda-feira que de fato viria— Temer não tem nenhuma reunião bilateral prevista com outro líder internacional. O presidente tampouco deve se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, algo que estava inicialmente planejado.
O programa oficial distribuído à imprensa ainda registra como chefe da delegação brasileira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e não Temer. Era o arranjo previsto caso o presidente não viajasse. O material na internet já foi corrigido.
A indecisão do governo está relacionada à crise política. A aterrissagem de Temer em Hamburgo às 5h15 locais (0h15 em Brasília) coincide com as negociações em Brasília para barrar na Câmara a denúncia de corrupção passiva contra ele.
Temer embarca de volta a Brasília no início da tarde de sábado (8), perdendo os últimos compromissos do dia.
"Há a sensação de que o Brasil está consumido por desafios políticos e não deve, por isso, desempenhar o papel que teve no passado", afirma à Folha Thomas Bernes, do CIGI (Centro Internacional para a Inovação na Governança). Bernes participa do T20, uma agremiação de think tanks sobre o G20.
As informações são de reportagem de Diogo Bercito na Folha de S.Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário