1.11.2010

Doenças e agravos de interesse para os Viajantes


Cólera

O que é?
Quais os sinais e sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como se prevenir?
Situação da Cólera no Mundo
Distribuição da Cólera no Mundo
Situação da Cólera no Brasil


O que é?
Doença diarréica infecciosa aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae O1 e O139.

Quais os sinais e sintomas?
Se tiver viajado para uma área afetada por cólera e apresentar os sinais e sintomas abaixo procure o serviço de saúde e informe as áreas ao médico. Diarréia e vômito são as manifestações clínicas mais freqüentes. Os principais sinais e sintomas são variados que vão desde infecções inaparentes até casos graves, com diarréia abundante e incontrolável que pode levar a um estado de desidratação grave e choque.

Na forma leve (mais de 90% dos casos), o quadro costuma iniciar de maneira insidiosa, com diarréia discreta, sem distinção das diarréias comuns. Também pode apresentar vômitos. Em crianças, pode acompanhar-se de febre. No início, em alguns casos, pode haver a presença de muco. Nas formas mais graves, menos freqüentes (menos de 10% do total), o início é súbito, com diarréia aquosa, abundante e incoercível, com inúmeras dejeções diárias.

Nos casos graves, devido ao desequilíbrio hidroeletrolítico e metabólico, outras manifestações clínicas podem ocorrer: sede, rápida perda de peso, perda do turgor da pele, principalmente nas mãos ("mãos de lavadeira"), prostração, olhos fundos com olhar parado e vago, voz sumidiça e cãibras. O pulso torna-se rápido e débil, surge hipotensão e a ausculta cardíaca revela bulhas abafadas. Há cianose e esfriamento de extremidades, colapso periférico, anúria e coma.


Como se transmite?
Principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. Peixes, crustáceos e bivalves, marinhos ou dulcícolas, provenientes de águas contaminadas, comidos crus ou mal cozidos, têm sido responsabilizados por epidemias e surtos isolados. Também pode ocorrer a propagação pessoa a pessoa, por contato direto.

A contaminação de mananciais e reservatórios com menor volume de água, e/ou do lençol freático, e a intermitência de distribuição de água na rede de abastecimento, possibilita a passagem de águas contaminadas para dentro das tubulações, sendo responsáveis por epidemias explosivas com ocorrência de grande número de casos.


Como tratar?
A terapêutica se fundamenta na reposição rápida e completa de água e dos eletrólitos perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser ministrados por via oral ou parenteral, conforme o estado do paciente.

Formas leves e moderadas: hidratação oral com soro de reidratação oral (SRO).

Formas graves: hidratação venosa + antibioticoterapia.

O paciente suspeito, ou com cólera confirmada, deverá obrigatoriamente iniciar seu tratamento no local onde receber o primeiro atendimento.

O início do tratamento independe dos resultados de exames laboratoriais.


Como se prevenir?
As principais medidas de controle da cólera são:

Beber somente água potável ou, se não dispõe desta, ferver ou utilizar hipoclorito de sódio em toda a água para o consumo;
Consumir todos os alimento cozidos, especialmente verduras e mariscos;
Depois da cocção (cozimento), protegê-los contra a contaminação;
Destino e tratamento adequado dos dejetos humanos;
Destino adequado do lixo;
Lavar as mãos antes de manipular os alimentos, antes de comer e depois de ir ao banheiro;
Situação da Cólera no Mundo
De 2002 a 2005 ocorreram surtos de cólera no Congo, Malawi, Moçambique, Burundi, Cote D’Ivoir, Niger, Libéria, Iraque, África do Sul, Uganda, Benin, Mali, Zâmbia, Camarões, Chad, Senegal e Nigéria. Em 2006 também foram registrados surtos em Angola.

Distribuição da Cólera no Mundo



Fonte:OMS

Para o viajante que desloca-se para os países acima, recomenda-se:

Consumir somente água e gelo tratados.
Evitar o consumo de alimentos:
­ Vendidos por ambulantes (principalmente os não industrializados, ou que estejam expostos ao sol e à poeira);
­ Crus ou mal cozidos;
Deve-se observar se os alimentos lácteos (queijos frescos, coalhadas, iogurtes, manteiga) e os embutidos (presuntos, salaminhos) são mantidos em balcão de refrigeração, sob gelo ou caixa térmica.

Situação da Cólera no Brasil
Embora os últimos casos notificados no Brasil tenham sido em 2001, ocorreu um surto na cidade de São Bento do Una, no estado de Pernambuco, nos anos de 2004 e 2005, totalizando 26 casos.

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Dengue

O que é dengue?
Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?
Quais são os sintomas da dengue?
O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?
Como é feito o tratamento da dengue?
Quais os cuidados para não se pegar dengue em uma viajem?
Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?
Posso pegar dengue de uma pessoa doente?
Existe vacina contra a dengue?
Distribuição da Dengue no Mundo
Situação da Dengue no Brasil

O que é dengue?
A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?
Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?
Buscar o serviço de saúde mais próximo, informando os locais por onde viajou, com as escalas e conexões dos vôos.

Como é feito o tratamento da dengue?
Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássico. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. A SVS alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

Quais os cuidados para não se pegar dengue em uma viajem?
Em caso de viagens para áreas de risco da dengue, é importante fazer uso de repelentes contra insetos à base de DEET nas áreas expostas do corpo ou mesmo nas roupas. Além disso, deve-se procurar hospedagem em locais que disponham de ar-condicionado ou telas de proteção nas portas e janelas, além de mosquiteiros.
Durante a viagem é preciso estar atento ao surgimento de algum dos sintomas da doença. Caso ocorra, é aconselhável procurar orientação médica.

Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?
Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

Posso pegar dengue de uma pessoa doente?
Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

Quantos tipos de vírus da dengue existem?
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo que no Brasil não existe circulação do tipo 4.

Existe vacina contra a dengue?
Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.


A recomendação para o viajante é fazer uso de repelentes contra insetos à base de DE-ET nas áreas expostas do corpo ou mesmo nas roupas. Além disso, deve-se procurar hospedagem em locais que disponham de ar-condicionado ou telas de proteção nas portas e janelas, além de mosquiteiros. É importante prestar atenção para a ausência de mosquitos nos meios de transporte.

Situação da Dengue no Brasil
A Dengue apresenta distribuição em todo Brasil.

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Diarréia do viajante

O que é?

A diarréia do viajante é o problema que chega a atingir 80% dos viajantes. É classificada como uma doença diarréica aguda que se caracteriza pela diminuição da consistência das fezes e/ou aumento no número de evacuações (acima de três evacuações). Deve-se levar em consideração o hábito intestinal de cada pessoa. Pode ser acompanhada de vômitos, febre e dor abdominal e as fezes podem apresentar muco e sangue - disenteria. Em geral é auto-limitada, tende a curar espontaneamente, com duração de até 14 dias, e sua gravidade depende da presença e intensidade da desidratação. O paciente com diarréia aguda deve procurar os serviços de saúde.

Como se dá a transmissão?

A transmissão da diarréia se faz principalmente através da água e alimentos contaminados pelas mãos de doentes ou pessoas que, mesmo sem apresentarem a doença, estão eliminando microorganismos nas fezes e não têm bons hábitos de higiene. Ocorre pela via fecal-oral de forma direta (mãos contaminadas) ou indireta (alimentos, água e utensílios contaminados).

Recomendações ao Viajante/Medidas preventivas

Não fazer uso de auto-medicação (antibióticos e quimioterápicos), que deverá ser utilizada somente com a prescrição médica;
aumentar o consumo de água e outros líquidos, para evitar a desidratação;
não utilizar os refrigerantes para fins de reidratação (além de ineficazes podem piorar a diarréia);
aumentar a ingestão de alimentos líquidos como sopas, sucos, chás, soro caseiro;
utilizar água tratada/clorada (ver dosagem e tempo de contato de hipoclorito de sódio no quadro abaixo);
dar o destino adequado às fezes e ao lixo;
realizar a lavagem correta e freqüente das mãos com água e sabão:
­ após cada evacuação;
­ após limpar uma criança que acaba de evacuar;
­ antes de preparar a comida;
­ antes de comer e antes de alimentar a criança;
lavar adequadamente os utensílios domésticos/cozinha;
manter os cuidados adequados no preparo, armazenamento e conservação dos alimentos;
observar as condições higiênicas dos locais de alimentação quando fizer refeição fora do domicílio.
Dosagem e tempo de contato do hipoclorito de sódio a 2,5% segundo o volume de água para consumo humano a ser tratado no domicílio:

Volume de água Hipoclorito de sódio a 2,5% Tempo de contato
Dosagem / Medida prática
1.000 litros 100 ml / 2 copinhos de café (descartáveis)
30 minutos
200 litros 15 ml / 1 colher de sopa 30 minutos
20 litros 2 ml / 1 colher de chá 30 minutos
1 litro 0,045 ml / 2 gotas 30 minutos

Regras da Organização Mundial de Saúde para a preparação higiênica dos alimentos:

1 - Escolher alimentos tratados por métodos higiênicos;
2 - Cozinhar bem os alimentos;
3 - Consumir os alimentos cozidos quando ainda quentes;
4 - Guardar adequadamente os alimentos cozidos quando destinados ao consumo posterior;
5 - Reaquecer bem, antes de consumir, os alimentos cozidos que tenham sido refrigerados ou congelados;
6 - Evitar o contato entre os alimentos crus e os cozidos;
7 - Lavar as mãos com freqüência;
8 - Manter rigorosamente limpas todas as superfícies da cozinha;
9 - Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais
10 - Utilizar água potável.

A segurança do alimento e da bebida depende principalmente dos padrões de higiene aplicados no seu preparo e manipulação. Em países com infra-estrutura e saneamento básico precários, o risco de se contrair diarréia é maior.

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Febre Amarela

O que é?
Qual o microrganismo envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como se prevenir?


O que é?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África.

Qual o microrganismo envolvido?
O Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

Quais os sintomas?
Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

Como se transmite?
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe.

Como tratar?
Não existe nada específico. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.

Como se prevenir?
A única forma de evitar a Febre Amarela Silvestre é a vacinação contra a doença. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.

A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem para áreas nacionais de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos), e para as áreas internacionais. Para a viagens internacionais para diversos destino é necessário o registro da vacina contra Febre Amarela no Certificado Internacional de Vacinação.

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Febre do Nilo Ocidental

O que é a febre do nilo ocidental?
Como a febre do nilo ocidental é transmitida?
Existe vacina para esta doença?
Como se prevenir da febre do nilo ocidental?
Quais são os principais sintomas da infecção pelo vírus do nilo ocidental?
O que fazer em caso de suspeita da doença?






O que é a febre do nilo ocidental?
É uma doença infecciosa provocada por um vírus denominado Vírus do Nilo Ocidental (gênero Flavivirus). Este vírus pode infectar pessoas, aves, mosquitos, cavalos e alguns outros mamíferos. As manifestações clínicas são diferenciadas de acordo com a espécie animal infectada. Na sua forma mais grave, a Febre do Nilo Ocidental apresenta-se como uma doença do Sistema Nervoso Central, principalmente sob a forma clínica de encefalite ou meningite.

Atualmente, a circulação deste vírus encontra-se na América do Norte, América Central ou Caribe. Nos meses mais quentes é quando ocorre maior proliferação de mosquitos, tornando-se, consequentemente, o período de maior circulação viral.

Indivíduos com mais de 50 anos de idade que residem em áreas de circulação viral comprovada apresentam maior risco de adoecer pela Febre do Nilo Ocidental. Estima-se que 20% das pessoas que são infectadas pelo vírus do Nilo Ocidental desenvolvem a doença.

Como a febre do nilo ocidental é transmitida?
A Febre do Nilo Ocidental é uma doença transmitida ao homem por mosquito de qualquer gênero, bastando apenas que este se alimente de sangue de aves e de mamíferos infectados (ex.: Aedes e Culex). Os casos graves da doença podem resultar em meningoencefalite severa e levar a óbito.

Existe vacina para esta doença?
Ainda não desenvolveram uma vacina para a doença.

Como se prevenir da febre do nilo ocidental?
A principal recomendação é evitar a exposição aos mosquitos, conforme as orientações a seguir:

Evite ficar ao ar livre no período do amanhecer e entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos;
Use, se possível, roupas claras, de mangas compridas, calças compridas e meias quando estiver ao ar livre;
Aplique repelente de mosquitos na pele exposta (nunca use repelentes sob roupa, ou na região dos olhos e boca);
Verifique se o repelente é registrado na Anvisa observando a inscrição no rótulo do produto;
Siga atentamente as instruções de uso inscritas no rótulo do produto e sempre repita a aplicação do mesmo no período indicado pelo fabricante;
No caso de atividades físicas em que o corpo comece a suar, é necessário reaplicar o produto;
Ao usar formulações em spray, aplique-a primeiro na palma da mão e depois espalhe pelas áreas expostas;
Não permita que crianças manuseiem o produto. Um adulto deve auxiliar as crianças a espalhar o repelente na pele.
Quais são os principais sintomas da infecção pelo vírus do nilo ocidental?
A doença pode ser assintomática ou não. Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, cansaço e dores no corpo. Ocasionalmente podem surgir manchas no corpo (tipo rash) principalmente no tórax, além de edema de gânglios linfáticos. O período de incubação nos humanos é de aproximadamente de 2 a 15 dias após a picada do mosquito infectado. Clinicamente, esta doença é semelhante à outra doença viral infecciosa também encontrada no Brasil, a Dengue.

Para os casos severos da doença, a internação é obrigatória devido à necessidade de terapia intensiva, reposição intravenosa de líquidos, manejo das vias aéreas, prevenção de infecções secundárias, entre outras.

O que fazer em caso de suspeita da doença?
Caso a pessoa apresente alguns dos sintomas acima descritos e história de viagem, nos últimos 15 dias, para locais onde há circulação do vírus do Nilo Ocidental, a mesma deverá procurar assistência médica e informar às autoridades de saúde pública (Postos da Anvisa, Secretarias de Saúde do Município e/ou do Estado).

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Febre Tifóide

O que é?
Qual o agente envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como se prevenir?
Situação da Febre Tifóide no Mundo
Situação da Febre Tifóide no Brasil







O que é?
Doença de distribuição mundial associada a baixos níveis sócio-econômicos, situação precária de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Por isso, está praticamente extinta em países onde esses problemas foram superados. No Brasil, ocorre de forma endêmica, com algumas epidemias onde as condições são mais precárias.

Qual o agente envolvido?
Bactéria chamada Salmonella typhi.

Quais os sintomas?
Febre alta, dores de cabeça, mal-estar geral, falta de apetite, retardamento do ritmo cardíaco, aumento do volume do baço, manchas rosadas no tronco, prisão de ventre ou diarréia e tosse seca.

Como se transmite?
Pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina contendo a S. typhi. Algumas vezes pode ser transmitida pelo contato direto (mão-boca) com fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus de indivíduo infectado. A vítima elimina a bactéria nas fezes e na urina, independentemente de apresentar os sintomas da doença. O tempo de eliminação das bactérias pode ser de até três meses. Portadores crônicos podem transmití-la por até um ano.

Como tratar?
O paciente deve ser tratado em nível ambulatorial, basicamente com antibióticos e reidratação. Em casos excepcionais, é preciso internação para hidratação e administração venosa de antibióticos. Sem tratamento antibiótico adequado, a doença pode ser fatal em até 15% dos casos.

Como se prevenir?
Ferver ou filtrar a água antes de consumi-la, prevenir-se com higiene pessoal, saneamento básico e preparo adequado dos alimentos, evitar alimentação na rua e, se necessário, dar preferência a pratos preparados na hora, por fervura, e servidos ainda quentes.

Situação da Febre Tifóide no Mundo
Embora a doença apresente uma distribuição mundial, de 2003 a 2005 foram notificados à OMS surtos de febre tifóide no Congo e no Haiti. O risco para viajantes geralmente é pequeno e está associado às condições de higiene, saneamento e controle da água. As recomendações para o viajante são:

· Consumir somente água e gelo tratados;

· Evite o consumo de alimentos;

­ Vendidos por ambulantes (principalmente os não industrializados, ou que estejam expostos ao sol e à poeira);

­ Crus ou mal cozidos;

· Deve-se observar se os alimentos lácteos (queijos frescos, coalhadas, iogurtes, manteiga) e os embutidos (presuntos, salaminhos) são mantidos em balcão de refrigeração, sob gelo ou caixa térmica.

Situação da Febre Tifóide no Brasil
Entre 2004 e 2006 foram notificados 1.539 casos de Febre tifóide no Brasil.

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Hepatites Virais

O que são?
Qual o agente envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como se prevenir?


O que são?
Doença provocada por diferentes tipos de vírus, com características epidemiológicas, evolução clínica, imunológicas e laboratoriais distinta. A distribuição das diferentes formas de hepatite é heterogênea em todo mundo. No Brasil - na Região Norte, no Espírito Santo e no Oeste de Santa Catarina - a maior prevalência é a de hepatite B.

Qual o agente envolvido?
As características dos principais vírus hepatotrópicos (tropismo pelo fígado) são:
VHA: período de incubação curto, não cronifica, e na maioria das vezes tem evolução benigna para cura. VHB: dependendo da idade do paciente infectado - antes ou depois dos 5 anos de idade - o quadro pode evoluir para cronicidade, em percentuais que vari-am de 10% a 90% do casos. VHC: A cronificação ocorre em mais de 80% dos casos. VHDelta: se associado ao VHB, agrava o quadro clínico do paciente, com evolução mais rápida para cirrose ou câncer de fígado. VHE: pode determinar quadro grave em mulheres gestantes. Hepatite F: Hepatites French Origin (HFV), demonstrado: Inglaterra, França, USA, Índia, Itália.

Quais os sintomas?
As hepatites podem ou não apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas são os seguintes: mal-estar, cefaléia (dor de cabeça), febre baixa, anorexia (falta de apetite), astenia (cansaço), fadiga, artralgia (dor nas articulações), náuseas, vômitos, prurido (co-ceira), desconforto abdominal na região do fígado e aversão a alguns alimentos e ciga-ro. A icterícia geralmente inicia-se quando a febre desaparece e pode ser precedida por colúria (urina escura) e hipocolia fecal (descoloração das fezes). A Hepatomegalia (aumento do fígado) ou a hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço) também pode se apresentar como sintoma.

Como se transmite?
Varia de acordo com o agente etiológico. Nas hepatites A e E a transmissão é fecal-oral, ocorrida por meio de água e alimentos contaminados ou pelo contato de pessoa a pessoa (contato intrafamiliar e institucional). As hepatites B e D podem ser transmitidas pela via sexual, pelo sangue (parenteral), pelo compartilhamento de objetos de higiene pessoal (alicates de unha, lâminas de barbear, escova de dente), após confecção de tatuagens e colocação de piercings. Também é possível ocorrer contaminação durante procedimentos cirúrgicos e odontológicos sem a adequada biosegurança. A mãe infectada pode passar para o bebê (transmissão perinatal).

A principal fonte de contaminação da hepatite C na atualidade é o uso de drogas injetáveis, de forma compartilhada. Outras importantes fontes de contaminação são: a realização de transfusões de sangue sem realização de teste de detecção e o uso de instrumentos perfuro cortantes sem esterilizar (agulhas de injeção, instrumentos de manicura, pedicuro, dentista, acupuntura, tatuagens, etc).

Como tratar?
Não existe tratamento específico para a forma aguda. Se necessário, o tratamento pode ser apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é popularmente utilizada, porém seu maior benefício é ser mais palatável para o paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis meses, no mínimo, e preferencialmente por um ano. Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica para que não agravem o dano hepático. As drogas consideradas "hepatoprotetoras", associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. As hepatites B e C têm rotinas terapêuticas específicas, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Como se prevenir?
O conhecimento das formas de transmissão e prevenção das Hepatites virais, por meio de uma ampla e maciça divulgação, pode interromper a cadeia de propagação destes vírus. Existem diferentes formas de prevenção e elas variam de acordo com o tipo de vírus. A hepatite A tem como medidas de prevenção os cuidados com a higiene pessoal - como lavar as mãos após ir ao banheiro, ao preparar alimentos e antes das refeições, além beber água tratada, lavar e desinfetar alimentos, como frutas e verduras, antes de serem consumidos crus. A melhoria do saneamento básico é importante para o controle da infecção. A hepatite B tem como medidas de prevenção à vacinação, que confere imunidade efetiva em até 95% dos indivíduos jovens que recebem corretamente as três doses necessárias; o uso de preservativos nas relações sexuais; o uso das normas adequadas de biossegurança para procedimentos cirúrgicos e odontológicos; o não compartilhamento de objetos de uso pessoal (escovas de dente, lâminas de barbear, alicates de unha) e dos materiais utilizados para uso de drogas injetáveis e inaladas (canudinho, cachimbo, seringas etc). Para a prevenção da hepatite C, utilizam-se os mesmos cuidados da hepatite B, com a diferença de não existir vacina contra esse vírus. As medidas de prevenção da hepatite D são as mesmas da B, já que esse vírus é adquirido apenas por pessoas que tiveram a B, vindo para agravá-la.

Situação das Hepatites Virais no Mundo

A distribuição das diferentes formas de hepatite é heterogênea em todo mundo.
Recomenda-se a revisão da situação vacinal contra hepatite B para todos os viajantes e como orientações em geral:

Intensificar os cuidados com a higiene pessoal - como lavar as mãos após ir ao banheiro, ao preparar alimentos e antes das refeições,
Beber água tratada e lavar e desinfetar alimentos, como frutas e verduras, antes de serem consumidos crus.
Uso de preservativos nas relações sexuais;
Não compartilhamento de objetos de uso pessoal (escovas de dente, lâminas de barbear, alicates de unha) e dos materiais utilizados para uso de drogas injetáveis e inaladas (canudinho, cachimbo, seringas etc).
Distribuição da Hepatite A no Mundo

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Influenza Humana

O que é influenza?
Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?
Qual o agente causador da influenza humana?
Como a influenza humana é transmitida?
Quais são os sintomas da influenza humana?
Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?
Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?
Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?
Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?

Influenza Aviária






O que é influenza?
Também conhecida como gripe, à influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.
É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no esfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Entero-vírus e o Adenovírus.

Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?
Sim, além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.

Qual o agente causador da influenza humana?
Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.

Como a influenza humana é transmitida?
A influenza humana pode ser transmitida:

de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir;
de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.
A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.
O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.

Quais são os sintomas da influenza humana?
Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:

febre geralmente (>38ºC);
dor de cabeça;
dor nos músculos;
calafrios;
prostração (fraqueza);
tosse seca;
dor de garganta;
espirros e coriza
podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes.
As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.

Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?
Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul.

Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?
A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.

Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?
Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.

Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?
Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas duas classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.
OBS: devido ao risco do aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.

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Malária

O que é Malária?
Qual o microrganismo envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
O que é quimioprofilaxia da malária?
Como se prevenir?
Situação da Malária no Mundo
Situação da Malária no Brasil







O que é Malária?
É uma doença infecciosa, transmitida ao homem por meio de picadas de insetos, transfusão de sangue e compartilhamento de seringas e agulhas infectadas.

Qual o microrganismo envolvido?
È causada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies de plasmódios se destacam: vivax, falciparum e malariae.

Quais os sintomas?
Febre alta, calafrios, suor excessivo e dor de cabeça, intermitentes.

Como se transmite?
Por meio da picada da fêmea dos mosquitos do gênero Anopheles, popularmente conhecidos como carapaña, muriçoca, sovela, mosquito-prego ou bicuda. Ou, ainda, por meio de transfusão de sangue infectado e compartilhamento de seringas ou agulhas com a presença do agente causador.

Como tratar?
É uma doença de tratamento bastante simples, quando detectada precocemente. Cada espécie do plasmódio deve ser tratada com medicamento ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação particular de cada doente.

O que é quimioprofilaxia da malária?
A quimioprofilaxia é medida adotada por diferentes países para o controle e prevenção da malária, conforme anexo do International Travel and Health da OMS disponível no site World Health Organization (em inglês). No Brasil a quimioprofilaxia para malária não deve ser medida adotada indiscriminadamente nem é exigida de viajantes e tripulantes de áreas endêmicas da doença, conforme nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde de 15/12/2003 disponível no endereço: http://dtr2001.saude.gov.br/svs/not/not_16.htm.

Como se prevenir?
Ainda não existe vacina contra a malária, por isso, a melhor forma de prevenção é evitar o contato com o mosquito transmissor. Utilizar repelentes, mosquiteiros sobre as camas ou redes de dormir, telas nas janelas e portas e não permanecer ao ar livre nos horários de maior concentração dos insetos (o amanhecer e o anoitecer), são algumas das medidas indicadas para se evitar a doença.

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Meningite Meningocócica

O que é?
Qual o microrganismo envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como prevenir?
Situação da Meningite Meningocócica no Mundo
Situação da Meningite Meningocócica no Brasil







O que é?
Inflamação das meninges (membranas que revestem o cérebro).

Qual o microrganismo envolvido?
Pode ser causada por agentes infecciosos (ex: bactérias, vírus, fungos e outros) e não infecciosos (ex: traumatismo).
Para a saúde pública, os principais agentes infecciosos são as bactérias e os vírus.

Quais os sintomas?
Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente; dor de cabeça intensa e contínua; vômitos em jato; náuseas; rigidez dos músculos da nuca, ombros e das costas; falta de apetite; dores musculares e agitação física e mental. Podem surgir manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de um ano, os sintomas mais comuns são: moleira tensa ou elevada, irritabilidade; inquietação com choro agudo; rigidez cor-poral com ou sem convulsões.

Como se transmite?
Contato de pessoa a pessoa, por via respiratória, através de gotículas e secreções do na-riz e garganta.

Como tratar?
Na suspeita de meningite, o paciente deve imediatamente procurar assistência médica. Após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente, caso seja confirmada a suspeita diagnóstica o paciente ficará internado e o tratamento será reali-zado com antibióticos específicos.

Como prevenir?
Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite. Dentre estas, estão disponíveis no calendário de vacinação da criança as seguintes vacinas: BCG (previne meningite tuberculosa) e Tetravalente que protege contra a meningite por Haemophilus influenzae tipo b além de doenças como a Coqueluche, a Difteria e o Tétano. As vacinas contra a meningite meningocócica estão disponíveis para controle de surtos.
Para alguns tipos de meningite (doença meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae) existe a possibilidade de prevenir novos casos da doença entre pessoas que tiveram contato prolongado com indivíduo doente até duas semanas antes do adoeci-mento ou por mais de oito horas em meio de transporte através da administração de an-tibiótico profilático específico.O diagnóstico e o tratamento precoces são formas de pre-venir complicações da doença.
Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes venti-lados e a higiene ambiental e corporal.

Situação da Meningite Meningocócica no Mundo
A meningite meningocócica apresenta uma distribuição mundial, com destaque para o continente africano, que apresenta uma grande concentração de casos. A recomendação para o viajante é a manutenção de seu calendário vacinal em dia.

Situação da Meningite Meningocócica no Brasil
Até novembro de 2005 foram internados 1.291pacientes com infecção meningocócica no Brasil.
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Poliomielite

O que é?
Qual o agente envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar ?
Como se prevenir?
Situação da Poliomielite no Mundo
Distribuição da Poliomielite no Mundo
Situação da Poliomielite no Brasil







O que é?
Doença infecto-contagiosa de origem viral que causa paralisia, principalmente nos membros inferiores.

Qual o agente envolvido?
O agente da infecção é o poliovírus do gênero Enterovírus, família Picornaviridae, com sorotipos I, II e III.

Quais os sintomas?
Aparecimento repentino de dificuldades motoras acompanhadas de febre; diferenças no tamanho dos membros, principalmente das pernas; flacidez muscular, com diminuição ou ausência de reflexos na área paralisada; e persistência de alguma paralisia residual (seqüela) após 60 dias do início da doença.

Como se transmite?
A principal forma de transmissão é através do contato direto com pessoas infectadas, pela via fecal-oral ou, secundariamente, por meio de gotas de secreção expelidas pelo doente ao falar, tossir ou espirrar. Más condições de saneamento, higiene pessoal defici-ente e o elevado número de crianças numa mesma casa favorecem a disseminação da doença.

Como tratar?
Não existe tratamento específico e todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas para tratamento suporte.

Como se prevenir?
A melhor maneira de prevenção é a vacinação. As crianças menores de cinco anos de-vem receber três ou mais dose da vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose. O esquema vacinal de rotina deve ser iniciado aos 2 meses de idade.

Situação da Poliomielite no Mundo
De 2005 a agosto de 2007 ocorreram surtos ou foram detectados casos de poliomielite nos seguintes países: Chad, Yemen, Indonésia, Angola, Etiópia, Somália, Bangladesh, Namíbia, Quênia e República Democrática do Congo. Por isso, recomenda-se a revisão da situação vacinal contra poliomielite para todos os viajantes que estão se deslocando para estas áreas.

Distribuição da Poliomielite no Mundo



Situação da Poliomielite no Brasil
O Brasil notificou o último caso em 1989 e em 1994 recebeu o certificado de erradica-ção da transmissão autóctone pela Organização Mundial de Saúde.

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Sarampo

O que é?
Qual o agente envolvido?
Quais os sintomas?
Como se transmite?
Como tratar?
Como se prevenir?
Situação do Sarampo no Mundo
Situação do Sarampo no Brasil

O que é?
Doença infecciosa aguda do sistema respiratório, altamente contagiosa, usualmente de evolução benigna, cuja principal complicação é a broncopneumonia.

Qual o agente envolvido?
Vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

Quais os sintomas?
Os principais sintomas são: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo (exantema), mal-estar geral, coriza, conjuntivite e tosse com catarro. Nas fases iniciais da doença, podem ser observados pequenos pontos brancos, circulados por uma região vermelha, localiza-dos na parte interna das bochechas.

Como se transmite?
Através de secreções respiratórias expelidas pelo paciente infectado ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Devem ser evitados ambientes fechados, que favorecem a contamina-ção.

Como tratar?
O tratamento é feito com repouso, dieta líquida ou branda, medidas de higiene geral, hidratação, antitérmicos e limpeza das secreções oculares e nasais com soro fisiológico. Em populações com deficiência de vitamina A, recomenda-se a suplementação da vita-mina.

Como se prevenir?
A vacinação é a medida mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A vacinação deve ser feita com a tríplice viral aos 12 meses de vida e uma dose de reforço aplicada entre 4 a 6 anos de idade. A vacina também deve ser aplicada durante a realização de bloqueio vacinal de contatos de casos suspeitos ou confirmados da doença, em indivíduos da fai-xa etária de 6 meses a 49 anos de idade, que não comprovem vacinação anterior. Nesse caso, a vacina utilizada para os maiores de 6 anos é a dupla viral. Os profissionais de saúde e todos os profissionais da rede hoteleira, aeroportos, portos, taxistas, profissio-nais do turismo e do sexo, quartéis, corpo de bombeiros e caminhoneiros, atualmente, constituem os principais grupos de risco para a doença e por isso devem procurar o pos-to de vacinação para receberem a vacina contra sarampo. A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba e a dupla viral não contém antígenos contra a caxumba.

Situação do Sarampo no Mundo
O sarampo circula em toda Europa, Ásia e África. Por isso, recomenda-se que o via-jante sem confirmação de vacina contra sarampo e que esteja em deslocamento para estes continentes, procure uma unidade de saúde estadual ou Municipal ou um Posto de Vigilância Sanitária da Anvisa para completar seu esquema vacinal. A recomendação do PNI, em seu calendário de vacinação do adulto, é vacinar mulheres até 49 anos e ho-mens até 39.

Situação do Sarampo no Brasil
No dia 16/11/2006, o Ministério da saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde foi notificado da confirmação laboratorial de dois casos de sarampo em indivíduos das idades de 18 e nove anos, não vacinados, residentes no município de João Dourado, Bahia (http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_sarampo_ba_150107.pdf).

Desde a notificação dos dois primeiros casos de sarampo, em novembro do ano passado, no município de João Dourado, até 26/01/2007, a Secretaria de Saúde da Bahia, confirmou 47 casos da doença, nos municípios de João Dourado (18), Irecê (1), Filadélfia (26) e Senhor do Bonfim (2), e o mais recente, em Pindobaçu. Mais de 300 casos notificados como suspeitos foram descartados, e outros 65 casos ainda sendo investigados, aguardando resultado de exames laboratoriais. (http://www.saude.ba.gov.br/noticias/noticia.asp?NOTICIA=1942)

Tendo em vista esse cenário epidemiológico do Sarampo, a ANVISA está orientando os viajantes com a veiculação de informes sonoros nas áreas de Portos, aeroportos e Fronteiras. Esta estratégia tem como objetivo o cumprimento do papel institucional da ANVISA no controle sanitário de viajantes nas áreas de nossa competência.

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Tétano

O que é?
Quais os sinais e sintomas?
Como tratar?
Como se prevenir?

O que é?
O tétano é uma doença grave causada pela toxina produzida por uma bactéria, o Clos-tridium tetani. Essa bactéria é encontrada no ambiente (solo, esterco, superfície de obje-tos) sob uma forma extremamente resistente, o esporo. Quando contamina ferimentos, sob condições favoráveis (presença de tecidos mortos, corpos estranhos e sujeira), tor-na-se capaz de produzir a toxina, que atua em terminais nervosos, induzindo fortes con-trações musculares.

Quais os sinais e sintomas?
As primeiras manifestações, geralmente dificuldade de abrir a boca (trismo) e de engo-lir, surgem alguns dias após a inoculação dos esporos do Clostridium tetani nos feri-mentos e estão associadas ao acometimento dos músculos pescoço. Na maioria dos ca-sos, ocorre progressão para contraturas musculares generalizadas, que podem colocar em risco a vida do indivíduo quando comprometem a musculatura respiratória.

Como tratar?
Independentemente do esquema vacinal estar completo ou não, a limpeza do ferimento com água e sabão, e a retirada corpos estranhos (terra, fragmentos de madeira) é essen-cial, até para evitar infecção secundária com outras bactérias. Se o indivíduo não estiver com o esquema completo, dependendo do tipo de ferimento, pode ser necessário que, além da vacina, receba também imunização passiva (imunoglobulina antitetânica ou, apenas na sua falta, soro antitetânico). Para as pessoas não vacinadas, é importante completar a vacinação antitetânica no posto de saúde mais próximo da sua residência.

Como se prevenir?
O tétano é uma doença imunoprevenível. Como não é possível eliminar os esporos do Clostridium tetani do ambiente, para evitar a doença é essencial que todas as pessoas estejam adequadamente vacinadas.Grande parte da população adulta nunca recebeu, ou desconhece que tenha recebido, a vacina contra o tétano e precisa, portanto, receber o esquema vacinal completo.

Em adultos, o esquema vacinal completo é feito com três doses da dT (vacina dupla, própria para adultos), que confere proteção contra o tétano e a difteria. O esquema pa-drão de vacinação (indicado para os maiores de sete anos) preconiza um intervalo de um a dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis a doze meses entre a segun-da e a terceira dose, no intuito de assegurar elevados títulos de anticorpos protetores por tempo mais prolongado.Admite-se, entretanto, que a vacinação possa ser feita com in-tervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Para os que iniciaram o esquema e interrom-peram em qualquer época, basta completar até a terceira dose, independente do tempo decorrido desde a última aplicação. A dT pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui importante medida de prevenção do tétano neonatal. Cabe ressaltar que, para assegurar proteção permanente, além da série básica, é necessária a aplicação de uma dose de reforço a cada dez anos, uma vez que a proteção contra o tétano fica reduzida com o passar do tempo.

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Varicela
O que é?
Se pode contrair varicela mais de uma vez na vida?
Existe uma vacina para varicela?
Como se dá a transmissão da doença?
Qual o período de incubação da doença?
Quais os sintomas da doença?
Qual o tratamento para a doença?
Situação da Varicela no Mundo

O que é?
Uma doença altamente contagiosa provocada por um vírus. Com nome científico de varicela, costuma atingir principalmente as crianças. Em geral, é benigna e costuma incomodar principalmente pelas manchas vermelhas e pela coceira intensa.

Se pode contrair varicela mais de uma vez na vida?
Quem já teve varicela uma vez na vida, não corre mais o risco de desenvolvê-la. No entanto, como o vírus da catapora é o mesmo do herpes zoster, existe o risco de um in-divíduo com defesa baixa desenvolver uma nova doença depois de entrar em contato com doentes em fase de contágio. Quem tem doenças imunodepressivas, como Aids, deve manter distância do vírus.

Existe uma vacina para varicela?
Existe uma vacina que previne a doença. É indicada para todas as crianças com mais de um ano e para adolescentes e adultos que ainda não tiveram a doença.

Como se dá a transmissão da doença?
A transmissão se dá pelo ar. Se uma criança ou um adulto que nunca teve catapora en-trar em contato com alguém doente e em fase de transmissão, a contaminação é quase certa.

Qual o período de incubação da doença?
Depois de entrar em contato com o vírus da catapora, o indivíduo permanece entre 14 e 21 dias sem apresentar sintomas. É o que se conhece como tempo de incubação.

Quais os sintomas da doença?
Começam com pontinhos vermelhos espalhados pelo corpo que se parecem com picadas de inseto. Nessa fase, a doença não costuma ser detectada facilmente. Essas manchas, depois de dois ou três dias, crescem e mudam de aspecto. Tornam-se vesículas (folhas cheias de um líquido transparente). As bolhas podem aparecer em regiões delimitadas do corpo ou nele inteiro.

Muitas vezes, os sinais aparecem também nas mucosas da boca, do nariz, dos olhos, entre outras. Além da coceira intensa, o contagiado pode apre-sentar febre baixa, dor de cabeça. É uma doença que pede repouso durante os primeiros dias depois de surgirem os primeiros sintomas.

O estágio no qual o corpo fica com sinais variados – desde as manchinhas parecidas com picadas de inseto, bolhas, até as feridas e crostas ressecadas – é o mais característico da doença. Nessa fase, não há co-mo confundir a catapora com qualquer outro problema. Enquanto as feridas não cicatrizarem, é preciso manter o doente isolado, pois há risco de contaminação.

Qual o tratamento para a doença?
Antes de qualquer remédio, uma determinação: nunca coce. As bactérias são invisíveis e podem infeccionar as feridas. Normalmente, as cicatrizes escuras da catapora são decorrentes de infecções secundárias.

Cuidados locais, banhos com permanganato de potássio são sempre aconselhados para aliviar a coceira e cicatrizar rapidamente as feridas. Importante: dissolva um pacote ou um comprimido em cinco litros d'água.

Se houver início de infecção, antibióticos podem ser receitados. Procure sempre o médi-co antes de tomar qualquer remédio. Se as dores de cabeça ficarem fortes, é possível que tenha surgido alguma complicação.

Situação da Varicela no Mundo
A varicela apresenta distribuição mundial. A recomendação para o viajante é a manu-tenção de seu calendário vacinal em dia.


Informações retirada do site da ANVISA(VSPAF)

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