Laboratório
Roche
Referência
Clonazepam
Apresentação de Rivotril
Composição
Princípio ativo: 5 - (o-clorofenil) - 1,3 - diidro - 7 - nitro - 2H - 1,4 - benzodiazepina - 2 - ona
(clonazepam).
Excipientes: Comprimidos de 0,5 mg: lactose, amido de milho, amido pré-gelatinizado, óxido de ferro
amarelo, óxido de ferro vermelho, talco, estearato de magnésio.
Comprimidos de 2,0 mg: lactose, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio, celulose
microcristalina.
Comprimidos sublinguais de 0,25 mg: celulose microcristalina, manitol, amido glicolato de sódio e
estearil fumarato de sódio.
Gotas de 2,5 mg: sacarina sódica, ácido acético glacial, propilenoglicol, essência de pêssego.
Rivotril - Indicações
Distúrbio epiléptico
Rivotril® está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das crises epilépticas
mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (pequeno mal), ausências atípicas (síndrome de
Lennox-Gastaut).
Rivotril® está indicado como medicação de segunda linha em espasmos infantis
(síndrome de West).
Em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, parciais complexas e tônico-clônicas
generalizadas secundárias,
Rivotril® está indicado como tratamento de terceira linha.
Transtornos de ansiedade
Como ansiolítico em geral.
Distúrbio do pânico com ou sem agorafobia.
Fobia social.
Transtornos do humor
Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania.
Depressão maior: como adjuvante de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase inicial de
tratamento).
Emprego em síndromes psicóticas
Tratamento da acatisia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas,
vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons,
hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva, diplacusia.
Contra-indicações de Rivotril
Rivotril® não deve ser usado por pacientes com história de sensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer dos componentes da fórmula, por pacientes com
insuficiência respiratória grave ou com insuficiência hepática grave. Pode ser usado por
pacientes com glaucoma de ângulo aberto, quando estão recebendo terapia apropriada,
mas é contraindicado para glaucoma agudo de ângulo fechado.
Advertências
Considerando que
Rivotril® causa depressão do SNC, os pacientes que estão recebendo
esta droga devem ser advertidos quanto a realizar ocupações perigosas que requerem
agilidade mental, como operar máquinas ou dirigir veículos. Também devem ser advertidos
sobre o uso concomitante de álcool ou outras drogas depressoras do SNC durante a
terapia com
Rivotril® (vide item Interações medicamentosas).
Em alguns estudos, até 30% dos pacientes apresentaram perda da atividade
anticonvulsivante, frequentemente, dentro de três meses iniciais da administração. Em
alguns casos, o ajuste de dose pode restabelecer a eficácia.
Quando usado em pacientes nos quais coexistem vários tipos de distúrbios epilépticos,
Rivotril® pode aumentar a incidência ou precipitar o aparecimento de crises tônico-clônicas
generalizadas (grande mal). Isso pode requerer a adição de anticonvulsivantes adequados
ou aumento de suas dosagens. O uso concomitante de ácido valpróico e
Rivotril® pode
causar estado epiléptico de pequeno mal.
Recomenda-se realizar exames de sangue periódicos e testes da função hepática durante a
terapia a longo prazo com
Rivotril®.
Rivotril® pode ser utilizado apenas com especial cautela em pacientes com ataxia cerebelar
ou espinal, na eventualidade de intoxicação aguda com álcool ou drogas e em pacientes
com hepatopatias graves (por exemplo, cirrose hepática).
Rivotril® deve ser utilizado com
extrema cautela em pacientes com antecedentes de alcoolismo ou abuso de drogas.
Uso concomitante de álcool / depressores SNC: o uso concomitante de
Rivotril® com álcool
e/ou depressores do SNC deve ser evitado. Essa utilização concomitante tem potencial
para aumentar os efeitos clínicos de
Rivotril®, incluindo, possivelmente, sedação grave,
depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes (vide item Interações
medicamentosas).
A interrupção abrupta de
Rivotril®, particularmente naqueles pacientes recebendo terapia a
longo prazo e em doses altas, pode precipitar o estado de mal epiléptico. Portanto, ao
descontinuar
Rivotril®, é essencial a descontinuação gradual. Enquanto
Rivotril® estiver
sendo descontinuado gradualmente, a substituição concomitante por outro
anticonvulsivante deve ser indicada. Os metabólitos de
Rivotril® são excretados pelos rins.
Para evitar seu acúmulo excessivo, cuidados especiais devem ser tomados na
administração da droga para pacientes com insuficiência renal.
Rivotril® pode causar
aumento da salivação e das secreções brônquicas em lactentes e crianças pequenas. Por
isso, recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas livres. Isso deve ser
considerado antes da administração do medicamento para pacientes que têm dificuldade
para manipular as secreções. Por essa razão e pela possibilidade de depressão
respiratória,
Rivotril® deve ser usado com precaução em pacientes com doenças
respiratórias crônicas.
A dose de
Rivotril® deve ser cuidadosamente ajustada às necessidades individuais em
pacientes com doenças preexistentes do sistema respiratório (por exemplo, doença pulmonar
obstrutiva crônica) ou hepáticas e em pacientes submetidos a tratamento com outros
medicamentos de ação central ou agentes anticonvulsivantes (antiepilépticos) (vide item
Interações medicamentosas).
Intolerância à lactose: pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose,
de deficiência de Lapp lactase ou de má absorção glicose/galactose não devem tomar este
medicamento.
Porfiria: nos pacientes com porfiria, clonazepam tem que ser usado com cuidado, porque pode
ter um efeito porfirogênico.
Uso em pacientes deprimidos:
Rivotril® deve ser administrado com precaução a pacientes
que apresentam sinais ou sintomas de depressão, de maneira similar a outros
benzodiazepínicos. Pacientes com histórico de depressão e/ou tentativa de suicídio devem
ser mantidos sob rigorosa supervisão.
Distúrbio epiléptico
Relatórios recentes sugerem uma associação entre o uso de drogas anticonvulsivantes por
mulheres com epilepsia e a incidência elevada de deficiência congênita nas crianças
nascidas dessas mulheres. Os dados são mais abrangentes em relação à difenil-hidantoína
e ao fenobarbital, mas esses também são os anticonvulsivantes prescritos mais
comumente. Relatórios menos sistemáticos ou históricos sugerem uma possível
associação similar com o uso de todas as drogas anticonvulsivantes conhecidas.
Os relatórios que sugerem uma elevada incidência de deficiências congênitas em crianças
nascidas de mulheres epilépticas tratadas com drogas anticonvulsivantes não podem ser
considerados adequados para provar uma relação causa/efeito definitiva. Existem
problemas metodológicos intrínsecos para a obtenção de dados adequados sobre
teratogenicidade em humanos; também existe a possibilidade de outros fatores, por
exemplo, fatores genéticos ou a própria condição epiléptica, que podem ser mais
importantes que a terapia com medicamentos, em relação à causa de defeitos congênitos.
A grande maioria das gestantes que recebem medicação anticonvulsivante gera crianças
normais. É importante notar que as drogas anticonvulsivantes não devem ser
descontinuadas em pacientes para os quais a droga é administrada para prevenir ataques
epilépticos por causa da forte possibilidade de precipitar estados epilépticos, com hipóxia
e risco de morte. Em casos individuais, em que a gravidade e frequência da disfunção
epiléptica permitem a interrupção do medicamento sem que isso represente sério risco
para a paciente, a descontinuação da droga pode ser considerada antes e durante a
gravidez, embora não se possa dizer com confiança que mesmo ataques epilépticos
moderados não possam representar perigo para o desenvolvimento do embrião ou do feto.
Essas informações devem ser consideradas no tratamento ou aconselhamento de
mulheres epilépticas com potencial para engravidar.
A administração de doses elevadas no último trimestre da gestação ou durante o trabalho
de parto pode causar irregularidade nos batimentos cardíacos do feto e hipotermia,
hipotonia, depressão respiratória moderada e dificuldade de sucção no recém-nascido.
Deve-se levar em consideração que tanto a gestação quanto a descontinuação do
medicamento pode causar exacerbação da epilepsia.
Recomendações gerais
O uso de
Rivotril® em mulheres em idade fértil deve ser considerado somente quando a
situação clínica permita o risco.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas, quando for o caso
Mesmo quando administrado do modo recomendado, o clonazepam pode causar lentidão de
reações, de tal modo que a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas seja alterada.
Esse efeito é agravado pelo consumo de álcool. Portanto, deve-se evitar dirigir, operar
máquinas e exercer outras atividades que requeiram atenção, pelo menos nos primeiros dias
do tratamento. A decisão sobre essa questão depende do médico e deve ser baseada na
resposta do paciente ao tratamento e na dose recomendada ao paciente.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso na gravidez de Rivotril
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Rivotril® somente pode ser administrado durante a gestação se houver indicação absoluta.
Em diversos estudos, foi sugerida malformação congênita associada ao uso de drogas
benzodiazepínicas (diazepam e clordiazepóxido).
Rivotril® só deve ser administrado a
mulheres grávidas se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto.
Deve ser considerada a possibilidade de que uma mulher em idade fértil pode estar grávida
no início da terapia. Caso esta droga seja usada durante a gravidez, a paciente deve ser
avisada do perigo potencial ao feto. As pacientes também devem ser avisadas que se
engravidarem ou pretenderem engravidar durante a terapia devem consultar seu médico
sobre a possibilidade de descontinuar a droga.
Lactação
Embora tenha sido mostrado que o clonazepam é excretado pelo leite materno apenas em
pequenas quantidades, as mães submetidas ao tratamento com
Rivotril® não devem
amamentar. Se houver absoluta indicação para o uso do medicamento, o aleitamento deve
ser descontinuado.
Mães que recebem
Rivotril® não devem amamentar seus bebês.
Interações medicamentosas de Rivotril
Rivotril® pode ser administrado concomitantemente com um ou mais agentes antiepiléticos.
Entretanto, a inclusão de mais um medicamento ao esquema de tratamento do paciente requer
cuidadosa avaliação da resposta ao tratamento, porque há maior possibilidade de ocorrerem
eventos adversos, tais como sedação e apatia. Nesses casos, a dose de cada medicamento deve
ser ajustada, para atingir os efeitos ideais desejados.
Interações farmacocinéticas fármaco/fármaco (IFF): fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, ácido
valpróico e divalproato podem aumentar a depuração de clonazepam, assim, diminuindo as
concentrações plasmáticas do clonazepam durante o tratamento concomitante.
Clonazepam por si só não induz as enzimas responsáveis pelo seu próprio metabolismo.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, sertralina e fluoxetina não afetam a
farmacocinética de clonazepam quando administrados concomitantemente.
A literatura sugere que a ranitidina, um agente que diminui a acidez estomacal, não altera de forma
significativa a farmacocinética do clonazepam.
Interações farmacodinâmicas fármaco/fármaco (IFF): a combinação de clonazepam com ácido
valpróico pode causar crises epilépticas do tipo pequeno mal.
Efeitos aumentados sobre a sedação, respiração e hemodinâmica podem ocorrer, quando
Rivotril® é coadministrado com qualquer agente depressor de ação central, incluindo álcool.
O álcool deve ser evitado por pacientes recebendo
Rivotril® ( vide item Advertências).
No tratamento combinado de medicamentos de ação central, a dose de cada medicamento deve
ser ajustada para obter efeito ótimo.
Interações fármaco/alimento: interações com alimentos não foram estabelecidas. Sob condições
de sono laboratorial, cafeína e clonazepam têm efeitos mutuamente antagônicos, não tendo sido
encontradas alterações sobre parâmetros relacionados ao sono (estágio de adormecimento e
tempo total do sono), quando essas duas drogas são administradas simultaneamente. O suco de
toranja diminui a atividade do citocromo P-450 3A4, que está envolvida no metabolismo de
clonazepam, e pode contribuir para o aumento das concentrações plasmáticas do fármaco.
Interações fármaco/laboratório: interações com testes laboratoriais não foram estabelecidas.
Reações adversas / Efeitos colaterais de Rivotril
Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com
Rivotril® são referentes à
depressão do SNC. Algumas das reações são transitórias e desaparecem espontaneamente
no decorrer do tratamento ou com a redução da dose. Elas podem ser prevenidas
parcialmente pelo aumento lento da dose no início do tratamento.
Dados de 3 estudos clínicos sobre distúrbio do pânico, controlados por placebo, incluindo
477 pacientes sob tratamento ativo, estão apresentados na tabela a seguir (Tabela 1). Os
eventos adversos que ocorreram em = 5% dos pacientes, em pelo menos um dos grupos de
tratamento ativo, foram incluídos.
Distúrbios endócrinos: foram relatados em crianças casos isolados, reversíveis, de
desenvolvimento de características sexuais secundárias prematuramente (puberdade
precoce incompleta). Distúrbios psiquiátricos: foram observados amnésia, alucinações,
histeria, libido aumentada ou diminuída, insônia, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos
sobre o comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história
de distúrbios psiquiátricos), ataque de ansiedade, despersonalização, disforia, labilidade
emocional, distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações,
diminuição da concentração, inquietação, estado confusional e desorientação. A amnésia
anterógrada pode ocorrer durante o uso de benzodiazepinas em doses terapêuticas, sendo
que o risco aumenta com doses mais elevadas. Os efeitos amnésicos podem estar
associados com comportamento inadequado. Pode ocorrer depressão em pacientes
tratados com
Rivotril®, a qual também pode estar associada à doença de base. Foram
observadas as seguintes reações paradoxais: excitabilidade, irritabilidade, agressividade,
agitação, nervosismo, hostilidade, ansiedade, distúrbios do sono, pesadelos e sonhos
anormais. Em casos raros, pode ocorrer perda da libido. Dependência e retirada, vide item
Abuso e dependência da droga.
Distúrbios do sistema nervoso: sonolência, lentidão de reações, hipotonia muscular,
tonturas, ataxia. Esses efeitos adversos são relativamente frequentes e geralmente são
transitórios, desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução
da dose. Eles podem ser parcialmente evitados, aumentando-se a dose lentamente no
início do tratamento. Em casos raros, observou-se cefaleia. Particularmente, no tratamento
de longo prazo ou de alta dose, podem ocorrer distúrbios reversíveis, como disartria,
diminuição de coordenação de movimentos e desordem de marcha (ataxia) e nistagmo. A
amnésia anterógrada pode ocorrer durante o uso de benzodiazepinas em doses
terapêuticas, sendo que o risco aumenta com doses mais elevadas. Os efeitos amnésicos
podem estar associados com comportamento inadequado. É possível um aumento da
frequência de crises convulsivas durante o tratamento de longo prazo com determinadas
formas de epilepsia. Também foram relatados: movimentos anormais dos olhos, afonia,
movimentos coreiformes, coma, disdiadococinesia, aparência de “olho vítreo”, enxaqueca,
hemiparesia, depressão respiratória, fala mal articulada, tremor, vertigem, perda do
equilíbrio, coordenação anormal, sensação de cabeça leve, letargia, parestesia.
Distúrbios oculares: distúrbios reversíveis da visão (diplopia) podem ocorrer,
particularmente no tratamento a longo prazo ou de alta dose.
Distúrbios cardiovasculares: palpitações, dor torácica. Foi relatada insuficiência cardíaca,
incluindo parada cardíaca.
Distúrbios do sistema respiratório: congestão pulmonar, rinorreia, respiração ofegante,
hipersecreção nas vias respiratórias superiores, infecções das vias respiratórias
superiores, tosse, bronquite, dispneia, rinite, congestão nasal, faringite. Pode ocorrer
depressão respiratória. Esse efeito pode ser agravado pela obstrução preexistente das vias
aéreas, danos cerebrais ou outras medicações administradas que deprimam a respiração.
Como regra geral, esse efeito pode ser evitado com um cuidadoso ajuste da dose às
necessidades individuais.
Rivotril® pode causar aumento da produção de saliva ou de
secreção brônquica em lactentes e crianças. Recomenda-se particular atenção à manutenção
das vias aéreas livres nesses pacientes.
Distúrbios gastrintestinais: anorexia, língua saburrosa, constipação, diarreia, boca seca,
encoprese, gastrite, hepatomegalia, apetite aumentado, gengivas doloridas, desconforto ou
dor abdominal, inflamação gastrintestinal, dor de dente. Em casos raros, foram relatados
náuseas e sintomas epigástricos.
Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos: urticária, prurido, erupção cutânea, perda de
cabelo transitória, hirsutismo, edema facial e do tornozelo, alterações da pigmentação
podem ocorrer em casos raros.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conectivos: fraqueza muscular. Esse efeito
adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é transitório, desaparecendo
espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose. Pode ser
parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente no início do tratamento. Podem
ocorrer dores, lombalgia, fratura traumática, mialgia, nucalgia, deslocamentos e tensões.
Distúrbios renais e urinários: disúria, enurese, noctúria, retenção urinária, cistite, infecção
do trato urinário. Em casos raros, pode ocorrer incontinência urinária.
Distúrbios do sistema reprodutivo: dismenorreia, diminuição de interesse sexual
(diminuição de libido). Em raros casos, pode ocorrer disfunção erétil.
Perturbações gerais e condições do local de administração: fadiga (cansaço, estafa). Esse
efeito adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é transitório,
desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose.
Pode ser parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente no início do tratamento.
Reações paradoxais, incluindo irritabilidade, foram observadas (vide item Distúrbios
psiquiátricos).
Lesões, envenenamento e complicações processuais: foi observado um risco aumentado
de quedas e fraturas em pacientes idosos sob uso de benzodiazepínicos.
Exames complementares: pode ocorrer diminuição da contagem de plaquetas, em casos
raros. Foram observadas anemia, leucopenia, eosinofilia, elevações temporárias das
transaminases séricas e da fosfatase alcalina.
Distúrbios do ouvido: otite, vertigem.
Diversos: desidratação, deterioração geral, cefaleia, febre, linfadenopatia, ganho ou perda
de peso, reação alérgica, fadiga, infecção viral. Raros casos de anafilaxia foram relatados
com o uso de benzodiazepínicos.
A experiência no tratamento de crises epilépticas demonstrou a ocorrência de sonolência
em aproximadamente 50% dos pacientes e ataxia em aproximadamente 30%. Em alguns
casos, esses sintomas e sinais podem diminuir com o tempo. Foram observados
problemas comportamentais em aproximadamente 25% dos pacientes.
Abuso e dependência da droga
O uso de benzodiazepínicos pode levar ao desenvolvimento de dependência física e
psíquica (vide item Reações adversas a medicamentos). O risco de dependência aumenta
com a dose e com a duração do tratamento e também é maior em pacientes com
antecedentes médicos de alcoolismo e/ou abuso de drogas.
Uma vez que a dependência se desenvolve, a descontinuação brusca do tratamento será
acompanhada pelos sintomas de abstinência. Durante tratamentos prolongados, os
sintomas de abstinência podem se desenvolver, especialmente com doses elevadas,
quando a dose diária for reduzida rapidamente ou descontinuada bruscamente. Os
sintomas incluem psicoses, distúrbio comportamental, tremor, sudorese, agitação,
distúrbios do sono e ansiedade, cefaleia, dores musculares, câimbras, extrema ansiedade,
tensão, cansaço, confusão, irritabilidade e convulsões que podem ser associadas à doença
de base. Em casos graves, podem ocorrer os seguintes sintomas: desrealização,
despersonalização, hiperacusia, parestesias, hipersensibilidade à luz, ruídos ou ao contato
físico, ou alucinações. Uma vez que o risco dos sintomas de abstinência é maior após
descontinuação brusca do tratamento, a retirada brusca do medicamento deve ser evitada,
e o tratamento – mesmo de curta duração – deve ser interrompido pela redução gradativa
da dose diária.
Os sintomas de descontinuação mais graves normalmente foram limitados àqueles
pacientes que receberam doses excessivas durante um período de tempo prolongado.
Sintomas de descontinuação geralmente moderados (por exemplo, disforia e insônia)
foram relatados após a descontinuação abrupta de benzodiazepínicos administrados
continuamente em níveis terapêuticos durante vários meses. Consequentemente, após a
terapia prolongada, a interrupção abrupta deve ser geralmente evitada e deve ser realizada
diminuição gradual e programada (vide item Posologia). Os indivíduos predispostos a
adquirir dependência (como os viciados em drogas ou álcool) devem ser vigiados com
cuidado, quando recebem clonazepam ou outros agentes psicotrópicos, por causa da
predisposição desses pacientes em adquirir hábito e dependência.
Rivotril - Posologia
Posologia padrão
A posologia depende da indicação e deve ser individualizada, de acordo com a resposta clínica,
tolerabilidade e idade do paciente. Para garantir um ajuste ideal das doses, lactentes devem ser
tratados com a forma farmacêutica em gotas. Os comprimidos de 0,5 mg facilitam a administração
de doses diárias mais baixas para adultos nas fases iniciais do tratamento. Recomenda-se, de
modo geral, que o tratamento seja iniciado com doses mais baixas, que poderão ser aumentadas,
conforme necessário. As doses insuficientes não produzem o efeito desejado; no entanto, doses
muito elevadas ou excessivas acentuam os efeitos adversos de
Rivotril®, e, por isso, a titulação
apropriada da dose deve sempre ser realizada individualmente, de acordo com a indicação.
Uma dose oral única de
Rivotril® começa a ter efeito dentro de 30 a 60 minutos e continua eficaz por
6 a 8 horas em crianças e 8 a 12 horas em adultos.
Caso você esqueça de tomar uma dose, nunca dobre a dose na próxima tomada. Em vez disso,
deve-se apenas continuar com a próxima dose no tempo determinado.
Distúrbios epilépticos: a dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5
mg/dia, dividida em três doses. A dosagem pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 a 1 mg a
cada três dias até que as crises epilépticas estejam adequadamente controladas ou até que os
efeitos colaterais tornem qualquer incremento adicional intolerável. A dosagem de manutenção
deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com a resposta. A dose diária máxima
recomendada é de 20 mg e não deve ser excedida. O uso de múltiplos anticonvulsivantes pode
resultar no aumento dos efeitos adversos depressores. Isso deve ser considerado antes de
adicionar
Rivotril® ao regime anticonvulsivante existente.
Recém-nascidos e crianças:
Rivotril® é administrado por via oral. Para minimizar a sonolência,
a dose inicial média para recém-nascidos e crianças (até 10 anos de idade ou 30 kg de peso
corpóreo) deve estar entre 0,01 e 0,03 mg/kg/dia; porém, não deve exceder 0,05 mg/kg/dia,
dividido em duas ou três doses. A dosagem não deve ser aumentada em mais que 0,25 a 0,5 mg,
a cada três dias, até que seja alcançada a dose diária de manutenção de 0,1 a 0,2 mg/kg, a não
ser que os ataques epilépticos estejam controlados ou que os efeitos colaterais tornem
desnecessário o aumento adicional. Com base nas doses estabelecidas para crianças até 10
anos de idade (ver acima) e para os adultos (ver acima), recomenda-se para pacientes pediátricos
com idade entre 10 e 16 anos o seguinte esquema: a dose inicial é de 1 a 1,5 mg/dia, dividido em
2 a 3 doses. A dose pode ser aumentada em 0,25 a 0,5 mg, a cada três dias, até que seja atingida
a dose de manutenção individual (usualmente de 3 a 6 mg/dia).
Sempre que possível, a dose diária deve ser dividida em três doses iguais. Caso as doses não
sejam divididas de forma equitativa, a maior dose deve ser administrada antes de se deitar. O
nível da dose de manutenção é atingido após 1 a 3 semanas de tratamento. Uma vez que o nível
da dose de manutenção é atingido, a quantidade diária pode ser administrada em esquema de
dose única à noite.
Antes de adicionar
Rivotril® a um esquema anticonvulsivante preexistente, deve-se considerar que o
uso de múltiplos anticonvulsivantes pode resultar no aumento dos eventos adversos.
Tratamento dos transtornos de ansiedade
• Distúrbio do pânico: a dose inicial para adultos com distúrbio do pânico é de 0,5 mg/dia,
dividida em duas doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia, a
cada três dias, até que o distúrbio do pânico esteja controlado ou até que os efeitos colaterais
tornem qualquer acréscimo adicional intolerável. A dose de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente, de acordo com a resposta. A maioria dos pacientes pode
esperar o equilíbrio desejado entre a eficácia e os efeitos colaterais com doses de 1 a 2
mg/dia, mas alguns poderão necessitar de doses de até 4 mg/dia. A administração de uma
dose, ao se deitar, além de reduzir a inconveniência da sonolência, pode ser desejável
especialmente durante o início do tratamento. O tratamento deve ser descontinuado
gradativamente, com a diminuição de 0,25 mg/dia, a cada três dias, até que a droga seja
totalmente descontinuada.
Nas crises agudas de pânico: deve-se administrar 1 comprimido de
Rivotril® sublingual.
Recomenda-se que o tempo de permanência sob a língua seja de 3 minutos, sem deglutir ou
mastigar o comprimido.
Como ansiolítico em geral: 0,25 mg a 4,0 mg ao dia. Em geral, a dose recomendada deve
variar entre 0,5 a 1,5 mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia).
Tratamento da fobia social: 0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3 vezes ao dia). Em geral, a
dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,5 mg/dia.
Tratamento dos transtornos do humor
Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania): 1,5 mg a 8 mg ao dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0 mg/dia.
Depressão maior (como adjuvante de antidepressivos): 0,5 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0 mg/dia.
Para o emprego em síndromes psicóticas
Tratamento da acatisia: 0,5 mg a 4,5 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre
0,5 e 3,0 mg/dia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia.
Tratamento dos movimentos periódicos das pernas durante o sono: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas,
vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons,
hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva, diplacusia e outros: 0,5 mg a 1,0 mg
ao dia (2 vezes ao dia). O aumento da dose não aumenta o efeito antivertiginoso, e doses diárias
superiores a 1,0 mg não são recomendáveis, pois podem exercer efeito contrário, ou seja, piorar a
vertigem. O aumento da dose pode ser útil no tratamento de hipersensibilidade a sons intensos,
pressão nos ouvidos e zumbido.
Tratamento da síndrome da boca ardente: 0,25 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada
deve variar entre 1,0 e 2,0 mg/dia.
Com relação ao uso pediátrico do produto, considerando a documentação clínica existente, pode-se
concluir que este medicamento pode ser utilizado em pediatria com segurança. Tem sido
recomendado utilizar doses iniciais de 0,01 e 0,03 mg/kg/dia, porém, sem exceder 0,05 mg/kg/dia,
administrado em duas ou três doses.
Instruções especiais de administração
Rivotril® pode ser administrado concomitantemente com um ou mais agentes antiepilépticos, mas,
nesse caso, a dose de cada medicamento deve ser ajustada para atingir o efeito ideal.
Assim como para todos os agentes antiepilépticos, o tratamento com
Rivotril® não deve ser
interrompido bruscamente e a dose deve ser reduzida gradativamente (vide item Reações adversas).
Características farmacológicas
Farmacodinâmica
O clonazepam apresenta propriedades farmacológicas comuns a dos benzodiazepínicos que
incluem efeitos anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. Assim como
para outros benzodiazepínicos, acredita-se que esses efeitos podem ser mediados principalmente
pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA, embora os dados em animais tenham mostrado
adicionalmente um efeito do clonazepam sobre a serotonina. Os dados em animais e as
pesquisas eletroencefalográficas em humanos mostraram que o clonazepam suprime rapidamente
muitos tipos de atividade paroxística, incluindo o aparecimento de ondas pontiagudas e descarga
de ondas na ausência de convulsões (pequeno mal), ondas lentas pontiagudas, ondas
pontiagudas generalizadas, espículas temporais ou de outra localização, bem como espículas e
ondas irregulares.
As anormalidades generalizadas do eletroencefalograma são suprimidas mais regularmente que
as anormalidades focais. De acordo com esses achados, o clonazepam apresenta efeitos
benéficos nas epilepsias generalizadas e focais.
Farmacocinética
Absorção
O clonazepam é rapidamente e quase completamente absorvido após administração oral de
Rivotril® comprimidos. As concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas
dentro de 1 a 4 horas. A meia-vida de absorção é aproximadamente 25 minutos. A
biodisponibilidade absoluta é 90%. Os comprimidos de
Rivotril® são bioequivalentes à solução
oral com relação ao nível de absorção do clonazepam, enquanto a taxa de absorção é
ligeiramente mais lenta para os comprimidos.
As concentrações de clonazepam no estado de equilíbrio, para um regime de dosagem de uma
dose/dia, são 3 vezes maiores que aquelas obtidas com uma única dose oral. As taxas previstas
de acúmulo para regimes diários de 2 vezes e três vezes são 5 e 7, respectivamente. Após doses
orais múltiplas de 2 mg, três vezes ao dia, as concentrações do estado de equilíbrio pré-dose de
clonazepam atingiram uma média de 55 ng/mL. A relação entre a concentração plasmática e dose
administrada de clonazepam é linear. As concentrações plasmáticas anticonvulsivantes alvo de
clonazepam variam de 20 a 70 ng/mL. A concentração plasmática limiar de clonazepam, em
pacientes com doença do pânico, é de, aproximadamente, 17 ng/mL.
Distribuição
O clonazepam distribui-se rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação
preferencial pelas estruturas cerebrais.
O volume médio de distribuição do clonazepam é estimado em cerca de 3 L/kg. A meia-vida de
distribuição é aproximadamente 0,5 a 1 hora. A ligação às proteínas plasmáticas do clonazepam é
entre 82% e 86%.
Metabolismo
O clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de metabólitos
na urina e bile. A biotransformação ocorre principalmente pela redução do grupo 7-nitro para o
derivado 4-amino. O principal metabólito é o 7-amino-clonazepam, que tem apresentado apenas
discreta atividade anticonvulsivante. Foram também identificados quatro outros metabólitos que
estão presentes em proporção muito pequena: o produto pode ser acetilado para formar 7-
acetamido-clonazepam ou glucuronizado. O 7-acetamido-clonazepam e o 7-amino-clonazepam
podem ser adicionalmente oxidados e conjugados.
Os citocromos P-450 da família 3A desempenham um importante papel no metabolismo de
clonazepam, particularmente na nitroredução de clonazepam em metabólitos farmacologicamente
inativos.
Os metabólitos estão presentes na urina sob a forma livre e como componentes conjugados
(glucuronídeo e sulfato).
Eliminação
A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas. A depuração é 55 mL/min.
Cinquenta a 70% da dose oral de clonazepam é excretada na urina e 10% a 30% nas fezes,
quase exclusivamente sob a forma livre ou de metabólitos conjugados. Menos de 2% de
clonazepam inalterado aparece na urina.
Os dados disponíveis indicam que a farmacocinética de clonazepam é dose independente. Em
voluntários participantes de estudos com dose múltipla, as concentrações plasmáticas de
clonazepam são proporcionais à dose. A farmacocinética do clonazepam, após a administração
repetida, é previsível por estudos de dose única. Isso não representa evidência de que o
clonazepam induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outras drogas em humanos.
As cinéticas de eliminação em crianças são similares àquelas observadas em adultos.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Não foram realizados estudos controlados para examinar a influência do sexo e idade sobre a
farmacocinética do clonazepam. Não foi estudado o efeito das doenças renais e hepáticas sobre a
farmacocinética do clonazepam. Entretanto, com base nos critérios farmacocinéticos, não há
necessidade de ajuste de doses em pacientes com insuficiência renal. A meia-vida de eliminação
e os valores de depuração em recém-nascidos estão na mesma ordem de magnitude daqueles
relatados em adultos. A farmacocinética do clonazepam em pacientes idosos não foi estabelecida.
Estudos pré-clínicos
Carcinogenicidade, mutagenicidade, infertilidade: não foram realizados estudos de
carcinogenicidade com clonazepam, porém um estudo com o medicamento oral administrado
cronicamente por 18 meses em ratos não revelou nenhum tipo de tumor relacionado ao
clonazepam em doses testadas até 300 mg/kg/dia. Adicionalmente, não há evidência de potencial
mutagênico, conforme confirmado pelos três testes de reparo (rec. Pol, Uvr.) e testes de reversão
(Ames), ambos in vitro ou em ratos (in vitro/in vivo). Em estudo de fertilidade de duas gerações
com clonazepam administrado oralmente para ratos em doses de 10 ou 100 mg/kg/dia, foi
constatada diminuição do número de gravidez e diminuição da sobrevivência de crias até
desmamar. Esses efeitos não foram observados em nível de dose de 5 mg/kg/dia.
Teratogenicidade: não foram observados efeitos adversos maternos ou embriofetais em ratos e
camundongos, após administração de clonazepam oral, durante a organogênese, em doses de
até 20 ou 40 mg/kg/dia, respectivamente. Em vários estudos em coelhos, após administração de
doses de clonazepam de até 20 mg/kg/dia, foi observada baixa incidência, não relacionada à
dose, de um padrão de malformações similares [palato fendido, pálpebra aberta, alterações no
osso esterno (estérnebra) e imperfeições dos membros].
Resultados de eficácia
Distúrbio epiléptico
O clonazepam é eficaz no tratamento de crises convulsivas do tipo ausência em pacientes
refratários à terapia convencional.
É também efetivo no controle da epilepsia precipitada por estímulo sensorial, como a epilepsia
fotomioclônica ou epilepsia de “leitura”1,2.
Convulsões parciais complexas e focais respondem melhor ao clonazepam quando comparadas a
outros fármacos. Embora o clonazepam seja tão eficaz quanto o diazepam no tratamento de
status epilepticus, seu uso é limitado, por causa do efeito depressor no sistema
cardiorrespiratório.
Estudos demonstraram que a terapêutica com clonazepam permite a redução ou interrupção de
outro anticonvulsivo já em uso3,4,5.
O clonazepam não é efetivo no tratamento de mioclonia pós-anóxica, porém é eficaz na epilepsia
mioclônica e no controle de movimentos mioclônicos com disartria6,7.
Em crianças, o clonazepam é eficaz no tratamento de convulsões motoras menores e crises do
tipo “pequeno mal” refratárias nas doses de 0,05 a 0,3 mg/kg/dia, divididas em doses, reduzindo
as crises em até 70% dos pacientes8,9.
Transtornos de ansiedade
A terapêutica com clonazepam é eficaz para o tratamento em curto prazo de transtorno do pânico
com ou sem agorafobia10. O uso de clonazepam por mais de 9 semanas não foi avaliado. A
eficácia em crianças abaixo de 18 anos não foi estabelecida11.
O tratamento da fobia com o uso de clonazepam é eficaz12.
Transtornos do humor
Estudos demonstraram que o uso de clonazepam reduz os sintomas de mania nos pacientes em
surto13.
A terapêutica com clonazepam na dose de 1,5 a 6 mg/dia foi eficaz no tratamento da depressão
em 81% dos casos, com início do efeito ocorrendo a partir da primeira semana de tratamento14.
Quando adicionado à fluoxetina, o uso de clonazepam na dose de 0,5 a 1 mg, ao deitar-se,
mostrou-se superior ao uso de fluoxetina como monoterapia. Esse efeito foi observado nas
primeiras semanas de tratamento15.
Emprego em síndromes psicóticas
A eficácia do clonazepam no tratamento de acatisia tem sido demonstrada em relato de casos16.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
O uso de clonazepam na dose de 0,5 a 2 mg, ao deitar-se, mostrou-se efetivo na síndrome das
pernas inquietas, reduzindo de modo significativo os movimentos das pernas, assim como
melhorando o padrão de sono analisado por polissonografia17.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio
O clonazepam é efetivo no tratamento de vertigem e distúrbios de equilíbrio18.
Tratamento da síndrome da boca ardente
O uso de clonazepam no tratamento da síndrome da boca ardente de etiologia desconhecida
resultou em melhora dos sintomas em 70% dos pacientes19.
Modo de usar
Rivotril® comprimidos: os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de líquido não alcoólico.
Rivotril® comprimidos sublinguais: os comprimidos sublinguais devem ser colocados sob a língua
para serem dissolvidos na saliva e sofrerem absorção. Os comprimidos sublinguais devem
permanecer sob a língua por período não inferior a 3 minutos, sem serem deglutidos ou mastigados.
Rivotril® gotas: para usá-lo, deve-se gotejar com o frasco na vertical e bater levemente no fundo para
iniciar o gotejamento. Nunca administrar as gotas do frasco diretamente na boca.
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Pacientes idosos
O uso em pacientes idosos não requer adaptação da posologia, recomendando-se as mesmas
doses do adulto, a menos que outras doenças estejam concomitantemente presentes, quando as
precauções e advertências gerais do uso do clonazepam devem ser respeitadas.
Uso em crianças
Devido à possibilidade de ocorrência de efeitos adversos no desenvolvimento físico e mental
tornarem-se aparentes somente depois de muitos anos, uma avaliação de risco/benefício do uso a
longo prazo de
Rivotril® é importante para pacientes pediátricos com distúrbios epilépticos.
Rivotril® pode causar aumento da salivação e das secreções brônquicas em lactentes e crianças
pequenas. Portanto, recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas livres.
Não há experiência de estudos clínicos com
Rivotril® em pacientes com distúrbio do pânico com
idade inferior a 18 anos.
Ocorreram sintomas de descontinuação do tipo barbiturato, após a descontinuação dos
benzodiazepínicos (vide item Abuso e dependência da droga).
Com relação ao uso pediátrico, considerando a documentação clínica existente, pode-se concluir que
este medicamento pode ser utilizado em pediatria com segurança. Tem sido recomendado utilizar
doses iniciais de 0,01 e 0,03 mg/kg/dia, porém, sem exceder 0,05 mg/kg/dia, administrado em duas
ou três doses.
Armazenagem
Cuidados de armazenamento
Rivotril® comprimidos 0,5 mg e 2,0 mg deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e
30 ºC).
Rivotril® comprimidos sublinguais 0,25 mg deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15
e 30 ºC).
Rivotril® gotas deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC) e protegido do
calor.
Rivotril - Informações
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações abaixo. Caso não esteja seguro a
respeito de determinado item, favor informar ao seu médico.
1. AÇÃO DO MEDICAMENTO
O clonazepam pertence a uma família de medicamentos chamados benzodiazepínicos que possuem,
como principais propriedades, inibição leve de várias funções do sistema nervoso, permitindo, com
isso, uma ação anticonvulsivante, alguma sedação, relaxamento muscular e efeito tranquilizante. Em
estudos feitos em animais, o clonazepam foi capaz de inibir crises convulsivas de diferentes tipos,
tanto por agir diretamente sobre o foco epiléptico como por impedir que esse interfira na função do
restante do sistema nervoso.
Uma dose oral única de
Rivotril® começa a ter efeito dentro de 30 a 60 minutos e continua eficaz por
6 a 8 horas em crianças e 8 a 12 horas em adultos.
2. INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO
As principais indicações de
Rivotril®, utilizado isoladamente ou como adjuvante (auxiliar), são o
tratamento de crises epilépticas, de crises de ausências típicas (pequeno mal), de ausências
atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut).
Rivotril® está indicado como medicação de segunda linha em espasmos infantis (síndrome de
West).
Em crises epilépticas do tipo grande mal, parciais simples, parciais complexas e tônico-clônicas
generalizadas secundárias,
Rivotril® está indicado como tratamento de terceira linha.
Além disso,
Rivotril® é indicado para o tratamento de:
Transtornos de Ansiedade
Como ansiolítico em geral.
Distúrbio do pânico.
Fobia social (medo de enfrentar situações como falar em público, por exemplo).
Transtornos do Humor
Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania.
Depressão maior: como adjuvante de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase inicial de
tratamento).
Emprego em algumas síndromes psicóticas
Tratamento da acatisia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas,
vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos e distúrbios auditivos.
Tratamento da síndrome da boca ardente.
3. RISCOS DO MEDICAMENTO
Contraindicações
Rivotril® não deve ser usado por pacientes com história de sensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer um dos componentes da fórmula; é contraindicado a
pacientes com insuficiência respiratória grave ou com insuficiência hepática grave. Pode
ser usado por pacientes com glaucoma de ângulo aberto, quando estão recebendo terapia
apropriada, mas é contraindicado para glaucoma agudo de ângulo fechado.
Advertências e precauções
Extrema cautela em pacientes com insuficiência renal e hepática.
Você não deverá tomar
Rivotril® se for alérgico ao clonazepam ou a qualquer substância
contida no medicamento.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou
durante o tratamento.
Você deve evitar tomar
Rivotril® juntamente com álcool e/ou depressores do SNC. Essa
utilização concomitante tem potencial para aumentar os efeitos clínicos de
Rivotril®,
incluindo possivelmente sedação grave, depressão cardiovascular e/ou respiratória
clinicamente relevantes.
Para garantir o uso seguro e eficaz dos benzodiazepínicos, uma vez que eles podem causar
dependência física e psicológica, é aconselhável consultar seu médico antes de aumentar a
dose ou interromper abruptamente esta medicação.
Caso você tenha problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp
lactase ou má absorção glicose/galactose, não deve tomar esta medicação e deverá falar com
o seu médico, pois
Rivotril® comprimidos possui lactose em sua composição.
Pacientes com histórico de depressão e/ou tentativa de suicídio devem ser mantidos sob
rigorosa supervisão.
Principais interações medicamentosas
Rivotril® pode influenciar ou sofrer influência de outros medicamentos, quando são administrados
concomitantemente.
Informe ao seu médico, se estiver tomando outros medicamentos e quais são eles.
Informe o seu médico, se estiver utilizando algum dos medicamentos ou substâncias
mencionados a seguir, pois interações entre eles e a substância que faz parte da fórmula de
Rivotril® podem ocorrer.
Medicamentos depressores do sistema nervoso central e álcool: efeitos aumentados sobre a
sedação, respiração e hemodinâmica podem ocorrer, quando
Rivotril® é coadministrado com
qualquer agente depressor de ação central, incluindo álcool.
O álcool deve ser evitado por pacientes recebendo
Rivotril® (vide item Advertências).
Medicamentos que agem sobre o sistema nervoso: antidepressivos, medicamentos para dormir,
alguns tipos de analgésicos, antipsicóticos, ansiolíticos/sedativos, anticonvulsivantes/antiepilépticos,
como o fenobarbital, fenitoína, ácido valpróico, divalproato e carbamazepina. Quando em uso
combinado com outras substâncias com efeito inibidor do sistema nervoso central, como outras
drogas antiepilépticas, os efeitos sedativos podem se tornar mais pronunciados.
Medicamentos para doenças do estômago: a literatura sugere que a ranitidina, um agente que diminui
a acidez estomacal, não altera de forma significativa a farmacocinética do clonazepam.
Interações fármaco-alimento
Interações com alimentos não foram estabelecidas. Sob condições de sono laboratorial, cafeína e
clonazepam têm efeitos mutuamente antagônicos, não tendo sido encontradas alterações sobre
parâmetros relacionados ao sono (estágio de adormecimento e tempo total do sono), quando
essas duas drogas são administradas simultaneamente. O suco de toranja diminui a atividade do
citocromo P-450 3A4, que está envolvida no metabolismo de clonazepam, e pode contribuir para o
aumento das concentrações plasmáticas do fármaco.
Interações fármaco-laboratório
Interações com testes laboratoriais não foram estabelecidas.
Uso em crianças
Devido à possibilidade de ocorrência de efeitos adversos no desenvolvimento físico e mental
tornar-se aparente somente depois de muitos anos, uma avaliação de risco/benefício do uso de
Rivotril® a longo prazo é importante para pacientes pediátricos com distúrbios epilépticos.
Rivotril® pode causar aumento da salivação e das secreções brônquicas em lactentes e crianças
pequenas. Portanto, recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas livres.
Não há experiência de estudos clínicos quanto à eficácia e à segurança de
Rivotril® em pacientes
com distúrbio do pânico com idade inferior a 18 anos.
Sintomas de descontinuação do tipo barbiturato ocorreram após a descontinuação dos
benzodiazepínicos (vide item Abuso e dependência da droga).
Gravidez e amamentação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Estudos epidemiológicos não puderam excluir a possibilidade de indução de malformações
congênitas com o uso de
Rivotril®. Também há a possibilidade de fatores genéticos ligados à
epilepsia causarem problemas ao feto.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término.
Rivotril® somente pode ser administrado durante a gestação se houver indicação absoluta.
Informe ao médico se estiver amamentando. Embora tenha sido mostrado que o clonazepam é
excretado pelo leite materno apenas em pequenas quantidades, as mães submetidas ao
tratamento com
Rivotril® não devem amamentar. Se houver absoluta indicação para o uso do
medicamento, o aleitamento deve ser descontinuado.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas. Tal efeito é agravado com o consumo de
álcool. Assim, a operação de máquinas e outras atividades perigosas devem ser evitadas, pelo
menos, nos primeiros dias de tratamento. A decisão cabe ao médico e deve ser baseada na
resposta do paciente ao tratamento e na dose de
Rivotril® administrada.
Não há contraindicação relativa às faixas etárias.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista, se você estiver fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.
4. MODO DE USO
Aspecto físico
Rivotril® gotas é um líquido claro a quase claro, incolor a levemente amarelado.
Rivotril® 0,25 mg comprimidos sublinguais apresenta formato cilíndrico de cor branca.
Rivotril® 0,5 mg comprimidos apresenta formato cilíndrico biplano e cor laranja pálida.
Rivotril® 2,0 mg comprimidos apresenta formato cilíndrico biplano e cor branca a quase branca.
Características organolépticas
Rivotril® gotas apresenta aroma de pêssego.
Rivotril® comprimidos e comprimidos sublinguais não apresentam características organolépticas
marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros comprimidos.
A solução oral deve ser administrada em gotas, utilizando-se o conta-gotas presente no frasco,
contando-se o número de gotas receitado pelo médico dissolvidas em um pouco de líquido não
alcoólico.
Os comprimidos sublinguais devem ser colocados sob a língua para serem dissolvidos na saliva e
sofrerem absorção. Os comprimidos sublinguais devem permanecer sob a língua por período não
inferior a 3 minutos, sem serem deglutidos ou mastigados.
Os comprimidos devem ser tomados com pequena quantidade de líquido não alcoólico.
A dose de
Rivotril® depende da indicação e deve ser individualizada de acordo com a resposta do
paciente. Recomenda-se, de modo geral, que o tratamento seja iniciado com doses mais baixas,
que poderão ser aumentadas conforme necessário. O seu médico saberá recomendar a dose
adequada ao seu caso.
Caso você esqueça de tomar uma dose, nunca dobre a dose na próxima tomada. Em vez disso,
deve-se apenas continuar com a próxima dose no tempo determinado.
Doses em adultos para distúrbios epilépticos
Usualmente a dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5 mg/dia
dividida em três doses. A dosagem pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 a 1 mg a cada
três dias até que as crises epilépticas estejam adequadamente controladas ou até que os efeitos
colaterais tornem qualquer incremento adicional indesejável. A dosagem de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente, de acordo com a resposta.
A dose diária máxima recomendada é de 20 mg e não deve ser excedida. O uso de múltiplos
anticonvulsivantes pode resultar no aumento dos efeitos adversos depressores. Isso deve ser
considerado antes de adicionar
Rivotril® ao regime anticonvulsivo existente.
Doses em recém-nascidos e crianças
Rivotril® é administrado por via oral. Para minimizar a sonolência, a dose inicial para
recém-nascidos e crianças (até 10 anos de idade ou 30 kg de peso corpóreo) deve estar entre
0,01 e 0,03 mg/kg/dia; porém, não deve exceder 0,05 mg/kg/dia, dividido em duas ou três doses.
A dosagem não deve ser aumentada em mais que 0,25 a 0,5 mg, a cada três dias, até que seja
alcançada a dose diária de manutenção de 0,1 a 0,2 mg/kg, a não ser que os ataques epilépticos
estejam controlados ou que os efeitos colaterais tornem desnecessário o aumento adicional.
Sempre que possível, a dose diária deve ser dividida em três doses iguais. Caso as doses não
sejam divididas de forma equitativa, a maior dose deve ser administrada antes de se deitar.
Tratamento dos transtornos de ansiedade
• Distúrbio do pânico: a dose inicial para adultos com distúrbio do pânico é de 0,5 mg/dia,
dividida em duas doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia, a
cada três dias, até que o distúrbio do pânico esteja controlado ou até que os efeitos colaterais
tornem qualquer acréscimo adicional indesejável. A dose de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente de acordo com a resposta. A maioria dos pacientes pode
esperar o equilíbrio desejado entre a eficácia e os efeitos colaterais com doses de 1 a 2
mg/dia, mas alguns poderão necessitar de doses de até 4 mg/dia. A administração de uma
dose, ao se deitar, além de reduzir a inconveniência da sonolência, pode ser desejável
especialmente durante o início do tratamento. O tratamento deve ser descontinuado
gradativamente, com a diminuição de 0,25 mg/dia, a cada três dias, até que a droga seja
totalmente descontinuada.
Nas crises agudas de pânico: deve-se administrar 1 comprimido de
Rivotril® sublingual.
Recomenda-se que o tempo de permanência sob a língua seja de 3 minutos, sem deglutir ou
mastigar o comprimido.
Como ansiolítico em geral: 0,25 mg a 4,0 mg ao dia. Em geral, a dose recomendada deve
variar entre 0,5 a 1,5 mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia).
Tratamento da fobia social: 0,25 mg/dia até 6,0 mg/dia (2,0 mg, 3 vezes ao dia). Em geral, a
dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,5 mg/dia.
Tratamento dos transtornos do humor
Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania): 1,5 mg a 8 mg ao dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0 mg/dia.
Depressão maior (como adjuvante de antidepressivos): 0,5 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0 mg/dia.
Para o emprego em síndromes psicóticas
• Tratamento da acatisia: 0,5 mg a 4,5 mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar entre
0,5 e 3,0 mg/dia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia.
Tratamento dos movimentos periódicos das pernas durante o sono: 0,5 mg a 2,0 mg ao dia.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como náuseas,
vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia, hipersensibilidade a sons,
hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva, diplacusia e outros: 0,5 mg a 1,0 mg
ao dia (2 vezes ao dia). O aumento da dose não aumenta o efeito antivertiginoso e doses diárias
superiores a 1,0 mg não são recomendáveis, pois podem exercer efeito contrário, ou seja, piorar a
vertigem. O aumento da dose pode ser útil no tratamento de hipersensibilidade a sons intensos,
pressão nos ouvidos e zumbido.
Tratamento da síndrome da boca ardente: 0,25 a 6,0 mg/dia. Em geral, a dose recomendada
deve variar entre 1,0 e 2,0 mg/dia.
Uso pediátrico
Com relação ao uso pediátrico do produto, considerando a documentação clínica existente, pode-se
concluir que este medicamento pode ser utilizado em pediatria com segurança. Tem sido
recomendado utilizar doses iniciais de 0,01 e 0,03 mg/kg/dia; porém, sem exceder 0,05 mg/kg/dia,
administrados em duas ou três doses.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A interrupção abrupta deste medicamento em pacientes com epilepsia pode precipitar crises
recorrentes; portanto, somente seu médico poderá orientar a interrupção do tratamento com redução
gradual da dose utilizada.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o
aspecto do medicamento.
5. REAÇÕES ADVERSAS
Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com
Rivotril® são referentes à
depressão do sistema nervoso central.
Foram relatadas, entre outras, as seguintes reações adversas: sonolência, movimentos
anormais dos olhos, perda da voz, movimentos dos braços e pernas, coma, visão dupla,
dificuldade para falar, aparência de “olho vítreo”, dor de cabeça, fraqueza muscular,
depressão respiratória, fala mal articulada, tremor, vertigem, perda do equilíbrio,
coordenação anormal, sensação de cabeça leve, letargia, formigamento, alteração da
sensibilidade nas extremidades.
Distúrbios do sistema imunológico: foram relatados reações alérgicas e muito poucos
casos de anafilaxia com o uso de benzodiazepínicos.
Distúrbios endócrinos: foram relatados em crianças casos isolados, reversíveis, de
desenvolvimento de características sexuais secundárias prematuramente (puberdade
precoce incompleta).
Distúrbios psiquiátricos: foram observadas amnésia (perda de memória), alucinações,
histeria, libido aumentada ou diminuída, insônia, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos
sobre o comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história
de distúrbios psiquiátricos), ataque de ansiedade, despersonalização, labilidade emocional,
distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações, diminuição da
concentração, inquietação, estado confusional e desorientação. Pode ocorrer depressão
em pacientes tratados com
Rivotril®, mas essa pode estar também associada à doença de
base. Foram observadas as seguintes reações paradoxais: excitabilidade, irritabilidade,
agressividade, agitação, nervosismo, hostilidade, ansiedade, distúrbios do sono, pesadelos
e sonhos anormais. Em casos raros, pode ocorrer perda da libido. Dependência e retirada,
vide item Abuso e dependência da droga.
Distúrbios do sistema nervoso: sonolência, lentidão de reações, hipotonia muscular,
tonturas, ataxia. Esses efeitos adversos são relativamente frequentes e geralmente são
transitórios, desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução
da dose. Eles podem ser parcialmente evitados, aumentando-se a dose lentamente no
início do tratamento. Em casos raros, observou-se cefaleia. Particularmente no tratamento
de longo prazo ou de alta dose, podem ocorrer distúrbios reversíveis, como disartria,
diminuição de coordenação de movimentos e desordem de marcha (ataxia) e nistagmo. A
amnésia anterógrada pode ocorrer durante o uso de benzodiazepinas em doses
terapêuticas, sendo que o risco aumenta com as doses mais elevadas. Os efeitos
amnésicos podem estar associados com comportamento inadequado. É possível um
aumento da frequência de crises convulsivas durante o tratamento de determinadas formas
de epilepsia a longo prazo.
Distúrbios oculares: podem ocorrer distúrbios reversíveis da visão (diplopia),
particularmente no tratamento a longo prazo ou de alta dose.
Distúrbios cardiovasculares: palpitações, dor torácica. Foi relatada insuficiência cardíaca,
incluindo parada cardíaca.
Distúrbios do sistema respiratório: congestão pulmonar, secreção nasal abundante,
respiração ofegante, hipersecreção nas vias respiratórias superiores, infecções das vias
aéreas superiores, tosse, bronquite, falta de ar, rinite, congestão nasal, faringite. Pode
ocorrer depressão respiratória. Esse efeito pode ser agravado pela obstrução preexistente
das vias aéreas, danos cerebrais ou outras medicações administradas que deprimam a
respiração. Como regra geral, esse efeito pode ser evitado com um cuidadoso ajuste da
dose às necessidades individuais.
Rivotril® pode causar aumento da produção de saliva ou
de secreção brônquica em lactentes e crianças. Recomenda-se particular atenção à
manutenção das vias aéreas livres nesses pacientes.
Distúrbios gastrintestinais: foram relatados anorexia, língua saburrosa, constipação,
diarreia, boca seca, gastrite, apetite aumentado, gengivas doloridas, desconforto ou dor
abdominal, inflamação gastrintestinal, dor de dente. Náuseas e sintomas epigástricos, em
casos raros.
Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos: urticária, prurido, erupção cutânea, perda de
cabelo transitória, crescimento anormal de pelos, edema facial e do tornozelo, alterações
da pigmentação podem ocorrer em casos raros.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conectivos: fraqueza muscular. Esse efeito
adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é transitório, desaparecendo
espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose. Pode ser
parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente, no início do tratamento. Dores
musculares (mialgia), dores nas costas, fratura traumática, dor na nuca, deslocamentos e
tensões podem ocorrer.
Distúrbios renais e urinários: dificuldade para urinar, retenção urinária, cistite, infecção do
trato urinário. Em casos raros, pode ocorrer incontinência.
Distúrbios do sistema reprodutivo: dismenorreia. Em casos raros, pode ocorrer disfunção
erétil.
Perturbações gerais e condições do local de administração: fadiga (cansaço, estafa). Esse
efeito adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é transitório,
desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose.
Pode ser parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente no início do tratamento.
Reações paradoxais, incluindo irritabilidade, foram observadas (vide item Distúrbios
psiquiátricos).
Lesões, envenenamento e complicações processuais: foi observado um risco aumentado
de quedas e fraturas em pacientes idosos sob uso de benzodiazepínicos.
Exames complementares: pode ocorrer diminuição da contagem de plaquetas em casos
raros, diminuição dos glóbulos brancos e anemia. Foram observadas alterações dos
exames da função do fígado.
Distúrbios do ouvido: otite, vertigem.
Diversas: desidratação, deterioração geral, febre, ganho ou perda de peso, reação alérgica,
fadiga, infecção viral. Raros casos de anafilaxia foram relatados com o uso de
benzodiazepínicos.
Abuso e dependência da droga
Ocorreram sintomas de abstinência, com características similares àquelas notadas com
barbitúricos e álcool (por exemplo: convulsões, psicoses, alucinações, distúrbio comportamental,
tremor, câimbras musculares), após a descontinuação abrupta de clonazepam. Os sintomas de
abstinência mais graves normalmente foram limitados àqueles pacientes que receberam doses
excessivas durante um período de tempo prolongado. Sintomas de descontinuação geralmente
moderados (por exemplo, disforia e insônia) foram relatados após a descontinuação abrupta de
benzodiazepínicos administrados continuamente em níveis terapêuticos durante vários meses.
Consequentemente, após a terapia prolongada, a interrupção abrupta deve ser geralmente
evitada e deve ser realizada uma diminuição gradual e programada (vide item Posologia). Os
indivíduos predispostos a adquirir dependência (como os viciados em drogas ou álcool) devem ser
vigiados com cuidado, quando recebem clonazepam ou outros agentes psicotrópicos, devido à
predisposição desses pacientes em adquirir hábito e dependência.
6. CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE
Sintomas
A superdose de
Rivotril®, em geral, manifesta-se por depressão do sistema nervoso central, em
graus variáveis, desde sonolência, confusão mental, ataxia, excitação, lentidão de movimento,
disartria e nistagmo. A superdose de
Rivotril® está raramente associada com risco de morte,
caso o medicamento tenha sido tomado isoladamente, mas pode levar à arreflexia, apneia,
hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma. Se ocorrer coma, normalmente tem
duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em pacientes
idosos. Os efeitos de depressão respiratória por benzodiazepínicos são mais sérios em pacientes
com doença respiratória.
Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso central.
Conduta
Os sinais vitais devem ser monitorados, e medidas de suporte devem ser instituídas pelo médico.
Em particular, os pacientes podem necessitar de tratamento sintomático dos efeitos
cardiorrespiratórios ou efeitos do sistema nervoso central.
Uma absorção posterior deve ser prevenida, utilizando um método apropriado, por exemplo,
tratamento em 1 a 2 horas com carvão ativo. Se for utilizado carvão ativo, é imperativo proteger as
vias aéreas em pacientes sonolentos. Em caso de ingestão mista, deve-se considerar a lavagem
gástrica; entretanto, esse procedimento não deve ser considerado uma medida de rotina.
Em caso de superdose, procure um centro de intoxicação ou socorro médico.
7. CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO
Cuidados de armazenamento
Rivotril® comprimidos 0,5 mg e 2,0 mg deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e
30 ºC).
Rivotril® comprimidos sublinguais 0,25 mg deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15
e 30 ºC).
Rivotril® gotas deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC) e protegido do
calor.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade a partir da data de fabricação (vide embalagem externa
do produto). Não tome o medicamento após a data de validade indicada na embalagem. Pode ser
prejudicial à saúde.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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