7.30.2014

Brasil desbanca os EUA e é o país que faz mais cirurgias plásticas no mundo

Na busca pela cirurgia estética, o paciente tem que tomar cuidado para não botar em risco a saúde. E avaliar se o procedimento é realmente necessário.

A procura por uma plástica levou o Brasil para o topo do ranking internacional de cirurgias realizadas por quem quer melhorar a aparência. Só que, na busca pela cirurgia estética, o paciente tem que tomar uma série de cuidados para não botar em risco a saúde. E avaliar se o procedimento é realmente necessário.
Uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética apontou: pela primeira vez, o Brasil passou os Estados Unidos e agora é o país com o maior número de cirurgias estéticas do mundo. No ano passado foram feitos no Brasil 1.491.000 procedimentos desse tipo. Quase 13% do total mundial.
Em terceiro lugar vem o México. O Brasil também lidera as estatísticas de cirurgias plásticas de nariz e de abdómen.
Na hora de decidir pela cirurgia, além das questões estéticas, também é preciso avaliar cuidadosamente o risco do procedimento. Por isso, a escolha de um bom profissional é fundamental.
No ano passado, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro recebeu 53 denúncias de erros médicos em cirurgias plásticas.
“As estatísticas revelam que a grande maioria dos processos contra médicos que realizam cirurgias plásticas com complicações são na grande maioria médicos não especializados”, afirma Henrique Radwanski, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Marcus Fontan diz que foi vítima de uma cirurgia mal sucedida para retirada de gordura no abdômen.
“Não correspondeu às minhas expectativas. Eu fui atrás para tentar reparar o que ele havia feito, mas eu não consegui”, conta Marcus Fontan, empresário.
Amanda mora na Áustria. Problemas durante a gravidez provocaram cicatrizes e flacidez no abdômen. Quando consultou um especialista em cirurgia plástica em Viena, o médico logo perguntou por que ela não se operava no Brasil. Amanda não pensou duas vezes. “Ah, pela qualidade dos médicos brasileiros”, explica.
O país se destacou na especialização com o doutor Ivo Pitanguy. Ele criou novas técnicas e as ensinou, na Santa Casa do Rio de Janeiro, para centenas de outros médicos. Conhecimento que tornou os profissionais brasileiros reconhecidos, mundo afora.
Foram dez anos de planejamento para a cirurgia de abdômen. Escolher bem o médico, o hospital, tirar todas as dúvidas. Foram essas as providências que Amanda tomou antes de marcar a data da internação.
Fez o que todos devem fazer durante os preparos de uma cirurgia estética. Ela está bem feliz. Com cinco dias de operada ainda precisa de repouso mas se sentindo muito bem. E cheia de novos planos. “Vou querer voltar a colocar meu biquíni, pensando no meu próximo verão. Me sentir bem”, revela.
Apesar de ter perdido a liderança, o número de plásticas nos Estados Unidos não para de crescer. E o procedimento que está cada vez mais popular é o que faz as americanas ficarem mais parecidas com as brasileiras.
Segundo a Associação Americana de Cirurgiões Plásticos Estéticos, no ano passado, os implantes de bumbum dobraram em relação ao ano anterior. A Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos diz que os retoques nas partes inferiores do corpo - como o bumbum, as pernas e o quadril - cresceram mais de 3.000% desde o ano 2000. Agora, o FBI alerta: cresce assustadoramente o número de falsos médicos que implantam até cimento nos glúteos das mulheres. Isso acontece, principalmente, na Flórida, em Nova York, na Califórnia e no Texas.

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