8.08.2014

ASMA

A doença é responsável por cerca de 3 mil mortes prematuras ao ano no Brasil
 Foto: reprodução
Asma é a causa da morte de 250 mil pessoas ao ano em todo o mundo
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias. Em indivíduos suscetíveis, essa inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade para respirar. Cerca de 300 milhões de pessoas sofrem com a asma em todo mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a Iniciativa Global contra a Asma (Gina) encabeça um movimento com o objetivo de reduzir as internações em 50% até 2015. Hoje diversas ações fazem um alerta sobre a doença.
“É importante destacar que boa parte das hospitalizações e também das mortes poderiam ser evitadas. O que falta, ainda, é informação. A população e especialmente os portadores da doença e seus familiares devem estar cientes de que estes índices só serão reduzidos se evitarmos as crises de asma”, orienta o Dr. Álvaro Cruz, membro do Conselho Diretor Internacional da Gina.
Essas crises são caracterizadas por vários sintomas, como dispnéia, tosse e sibilos, principalmente à noite. Para evitá-las, é preciso tomar alguns cuidados especiais com a higiene e a decoração do ambiente onde vive o asmático. Quando o tempo esfria, a tendência das pessoas é de permanecer em ambientes fechados, o que faz aumentar as chances de se adquirir uma infecção respiratória. Pequenas atitudes como deixar o ambiente bem arejado e ventilado já podem ajudar no combate às alergias mais comuns.
Os fatores que causam as crises são muitos e variam em cada pessoa, mas os principais são a poeira, pólen, fungos, insetos ou animais de estimação. Produtos químicos, fumaça, poluição e ar frio também podem desencadear uma crise. A poeira de casa é uma mistura de restos de alimentos, descamações de pele humana e de animais. Estima-se que os ácaros, que se alimentam dessas descamações, sejam responsáveis por cerca de 85% das alergias respiratórias. Tapetes, cortinas, colchões, mofo e apartamentos mal ventilados criam um ambiente propício à sua proliferação. Daí a importância da higienização regular do local.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia do Rio (ASBAI-RJ), Dr. Fábio Kuschnir, as medidas mais simples são consideradas as mais eficazes.  Lavar a roupa de cama com água aquecida acima de 55º C e usar aspirador de pó para a limpeza da casa podem fazer a diferença. Ele indica também que sejam usados acaricídas e substâncias desnaturadoras de proteínas dos ácaros. Procure também substituir as vassouras por pano úmido e os produtos de limpeza com cheiro forte, por álcool. A faxina deve ser feita, preferencialmente, quando a pessoa alérgica não estiver presente. Mas quando é o próprio alérgico que faz a faxina, ele deve usar máscara ou pano úmido no rosto.
Quanto aos elementos de decoração, o projeto “Casa do Alérgico”, desenvolvido pela arquiteta Cybele Monteiro de Barros em parceria com a Sociedade Brasileira de Asmáticos, a Câmara Técnica de Alergia do Cremerj e a Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio, mostrou que é possível aliar a estética do ambiente à saúde. Segundo Cybele, móveis claros e de superfície lisa, iluminação apropriada, ambiente arejado e, principalmente, pisos e paredes laváveis são essenciais para um a criação de um ambiente saudável e bonito. “É importante usar capas impermeáveis antialérgicas e travesseiros com espumas antiácaro disponíveis no mercado”, diz, alertando sempre que os produtos devem ser lavados com freqüência. Flores e plantas podem ser lindas na decoração, mas são péssimas para a saúde do alérgico. Deixar as crianças longe de ursinhos de pelúcia que acumulam poeira também é uma dica importante para um dia a dia mais saudável.
O Dr. Kuschnir sugere atenção especial ao quarto do alérgico: travesseiros, roupas de cama, carpetes e móveis estofados são reservatórios de ácaros. “Calcula-se que devam existir de 500 mil a 2 milhões de ácaros no interior de um colchão, independentemente das condições de higiene da casa”, alerta. Para amenizar a contaminação do indivíduo alérgico, o ideal é utilizar capas especiais para colchões, feitas de fibra sintética, limpas apenas com pano úmido. Substitua também os cobertores por edredons e conserve o quarto arrumado e limpo. Evite almofadões, livros e papéis e mantenha o filtro do ar condicionado sempre higienizado.
Como já mencionamos acima, um dos fatores que podem desencadear uma crise asmática é o ar frio. Assim, é importante que os alérgicos possam usufruir de um lar com um ambiente ameno e ar mais quente do que o externo. Entretanto, sistemas de aquecimento como as lareiras ou os equipamentos a gás botija, podem ser ainda mais prejudiciais à saúde respiratória, devido à liberação de substâncias irritantes ou poluentes. Um trabalho de investigação publicado no British Medical Journal demonstrou que os sistemas de aquecimento não-poluentes, como aquecimento a gás canalizado e bombas de calor, que habitualmente são muito eficientes em termos energéticos, são os mais indicados para uma casa onde viva um asmático.
Leia também: Especialistas mostram como usar tapetes sem se preocupar com manchas ou acúmulo de pó
Com informações de Maxpress, Paraná Online, GNT, Asma sob controle, Jornal da Associação Brasileira de Asmáticos, Revista Viva Saúde, Casa do Alérgico, Para que não lhe falte o ar.com

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