05/09/2009
Câncer é o conjunto de centenas de doenças que têm em comum o crescimento desordenado e maligno de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo, sendo muito agressivas e incontroláveis, formando tumores.
Muitos fatores de risco são conhecidos, como o tabagismo, o alcoolismo, exposição a radiações e a substâncias químicas presentes no meio ambiente e na alimentação. Nesse grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, dentre outros. Um grande médico e professor da Universidade de Pittsburgh nos EUA e da universidade de Lyon, na França, foi surpreendido por um tumor de cérebro quando tinha 31 anos. David Servan-Schreiber, que teve sua tese de doutorado orientada pelo Prêmio Nobel Herbert Simon, passou a estudar a doença, as formas de combatê-la e impedir sua progressão. Segundo Servan os cânceres são mais frequentes no ocidente e vêm aumentando desde a década de 40, depois da guerra.
Ele sugere que três fatores crucias abalaram o nosso meio ambiente nos últimos 50 ou 60 anos - O aumento exagerado no consumo de açúcar; a transformação da agricultura, da criação de animais e, portanto, dos alimentos; e por último, a exposição a produtos químicos que não existiam antes.
AÇÚCAR - O Açúcar alimenta o câncer Segundo Servan, nossos genes se desenvolveram num contexto nutricional no qual consumíamos dois quilos de açúcar por ano, por pessoa. O consumo evoluiu para cinco quilos por ano em 1830 e hoje atingiu 70 quilos por ano.
Quando ingerimos alimentos de índice glicêmico elevado (que fazem subir rapidamente a taxa de glicose no sangue) como açúcar ou farinhas brancas, o corpo libera rapidamente uma dose de insulina para que a glicose penetre nas células. Junto com a secreção de insulina é produzida uma molécula chamada IGF (insulin-like growth factor), que tem como característica estimular o crescimento de células. Ou seja, o açúcar alimenta e faz com que os tecidos cresçam rapidamente. Essas duas substâncias impulsionam os fatores da inflamação que agem como "adubos" dos tumores. Pesquisadores descobriram que os camundongos reagem pior à quimioterapia quando o sistema insulina estava ativado pela presença de açúcar. Desta forma, pessoas com diabetes têm um risco de câncer mais elevado do que a média. A conclusão dos cientistas é que será preciso desenvolver medicamentos contra o câncer que permitam reduzir os picos de insulina e de IGF no sangue. Outro ingrediente bastante prejudicial é o xarope de frutose (uma mistura de frutose e glicose) que, extraído da sua fonte natural (frutas e vegetais), deixa de ser digerível pela insulina, tornando-se tóxica.
Um hábito que pode ajudar a prevenir os cânceres é limitar severamente o consumo de açúcar. É muito importante evitar doces, balas e outras guloseimas, assim como, estimular o consumo de fibras, que estão presentes nos legumes e frutas, e das boas gorduras como o azeite de oliva e óleo de semente de linhaça. Portanto, podemos concluir duas coisas: que o "boom" do consumo de açúcar contribui, via explosão da taxa de insulina no organismo, para a epidemia de câncer, e que a ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico reduz a progressão do câncer.
Professor Cláudio Lima -
Fonte: O Povo Online - Alerta Google
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