9.14.2009

O risco das dietas da moda


Fazer jejum ou recorrer a receitas mirabolantes leva à perda de saúde, e não dos quilos indesejáveis

Rio - Maníaca por dietas, Daniele Maria Bomfim, 32 anos, já recorreu às mais variadas receitas para perder peso: dieta da lua, da sopa, da gelatina... “Eu vivia com fome, mal humorada e nenhuma delas adiantou. Até emagrecia, mas logo engordava de novo. Por fim, tomei inibidores de apetite, que me causaram hipertensão arterial”, conta Daniele, que não tinha ajuda médica. “Só consegui perder mais de 20 quilos com reeducação alimentar e malhação. Aprendi a lição”, conta.


Assim como Daniele, muitos radicalizam para conquistar um corpo esbelto, apostando em dietas extremas ou jejum prolongado. E o resultado é a saúde em risco por falta de nutrientes. “Dietas sem orientação médica deixam o organismo mais suscetível a doenças por deficiência no consumo de minerais. Num déficit vitamínico, o corpo fica em estado de fadiga”, destaca a médica ortomolecular Luciana Granja.

Algumas das consequências mais comuns dos regimes radicais são: tonturas, fraqueza, anemia, queda de cabelo, irritabilidade e desmaios. Arritmias cardíacas e lesões neurológicas, como perda de memória, também podem ocorrer, assim como transtornos alimentares (anorexia, bulimia, compulsão e ortorexia).

“Pessoas com esses transtornos buscam uma imagem de beleza inatingível, e mesmo aqueles que estão na faixa ou abaixo do peso ideal, se sentem gordos. Esses transtornos devem ser tratados por equipe multidisciplinar, incluindo médicos, psicólogos e nutricionistas”, diz o psiquiatra Ervin Cotrik, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.

Segundo a nutricionista Patrícia Bertoni, da RioGastro, o tratamento para emagrecimento deve ser de médio a longo prazo. “Um programa de reeducação alimentar, levando em conta o estilo de vida, é fundamental. Com um regime que se adapte ao organismo da pessoa, ela perderá peso sem perder a saúde”, avisa.

Para ajudar pacientes com o problema, o Frozen Spa, em Itaipava, criou o ‘personal diet’, consultoria nutricional que, além da reeducação alimentar, inclui o acompanhamento do nutricionista nas compras no supermercado.

DICAS PARA O PROCESSO DE EMAGRECIMENTO NÃO VIRAR DOENÇA

FAZ BEM

Seja numa dieta hipo ou hipercalórica, deve-se consumir fontes de vitaminas e minerais para o organismo funcionar bem: ferro, cálcio, zinco, magnésio e potássio.

Consuma frutas, verduras e legumes, grãos e cereais integrais (aveia, centeio, gérmem de trigo, granola), leite e derivados

Opte por carnes magras, peixes e frutos do mar. Prepare-os assados, grelhados e, no caso de carne de aves, retire a pele.

A alimentação diária deve ser dividida em três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e lanches leves intermediários, sempre em horários regulares. O ideal é alimentar-se a cada três horas.

Comece as refeições pela salada crua, que reduz a sensação de fome.

Alterne os legumes cozidos com os legumes crus.

Pratique exercícios físicos para acelerar a sua queima de gordura e não deixe de controlar seu peso regularmente.

EVITE

Alimentos fritos

Grande uso de sal e açúcar

Queijos amarelos (queijo prato, provolone, muzzarela). Prefira os queijos magros (ricota, queijo branco)

Consumo de bebidas alcoólicas, refrigerantes e doces. Invista em sucos naturais e opte por frutas frescas em vez de doces.

POR GISLANDIA GOVERNO , RIO DE JANEIRO
O Dia

5 comentários:

Denise Paiva disse...

Gosteei do site.
Mais gostaria de saber oque pode e o que não pode comer quando se tem erisipela?

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Para quem tem irisipela o mais recomendável é: Dieta rica em minerais fibras e pouca gordura.

ERISIPELA

Sinônimos:

Linfangite estreptocócica

O que é?

É uma infecção da pele causada geralmente pela bactéria Streptococcus pyogenes grupo A, mas também pode ser causada por outros estreptococos ou até por estafilococos. Manifesta-se principalmente em pernas e pés mas pode também aparecer em membros superiores, tronco e face.

Como se desenvolve?

A partir de lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidas por calçado, corte de calos ou cutículas, coçadura de alguma picada de inseto com as unhas, pacientes com insuficiência venosa crônica ou com diminuição do número de linfáticos têm uma predisposição maior de adquirir a doença, como é o caso de pacientes submetidas à mastectomia, portadoras de linfedema. Diabéticos e obesos também apresentam mais predisposição.

O que se sente?

No período de incubação, que é de um a oito dias, aparece mal-estar, desânimo, dor de cabeça, náusea e vômitos, seguidos de febre alta e aparecimento de manchas vermelhas com aspecto de casca de laranja, bolhas pequenas ou grandes, quase sempre nas pernas e, às vezes, na face, tronco ou braços.

As manchas na pele no início apresentam somente aumento de temperatura, mas logo se tornam bastante dolorosas.

A febre costuma permanecer de um a quatro dias e pode regredir espontaneamente, causando uma enorme prostração.

Como se faz o diagnóstico?

Exames laboratoriais são geralmente dispensáveis para se fazer o diagnóstico, mas são importantes para acompanhar a evolução do paciente.

O diagnóstico é feito basicamente através do exame clínico.

Como se trata?

A crise de erisipela deve ser tratada com antibióticos,. sempre que possível.

Usa-se uma dose do ataque e se mantém o tratamento por um período prolongado para evitar recidivas. O tratamento deve ser iniciado assim que detectada a doença para evitar complicações como abcessos, úlceras (feridas), e o linfedema ( edema duro e persistente) que pode ser o resultaado de vários surtos de erisipela.

Como se previne?

Após banho, secar bem entre os dedos dos pés.
Usar meias limpas todos os dias, dando preferência às meias de algodão.
Usar fungicidas metodicamente em pó, spray ou cremes.
Evitar traumas à pele ou calçados impróprios.

Denise Paiva disse...

Gostaria de saber se é comum a perna ficar descascando depois que a erisipela vai embora?
Obrigado desde ja

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhidão, dor e edema (inchaço) até a formação de bolhas e feridas por necrose (morte das células) da pele.A localização mais freqüente é nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas de conteúdo amarelado ou achocolatado e, por fim, a necrose da pele.

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

As informações são super importantes, mas nunca se automedique, somente um médico especialista poderá avaliar e receitar os medicamentos corretos para sua doença.