9.13.2009

Proteção diminui risco de câncer em até 85%




A prática da proteção solar através do uso de filtros solares e proteção física, como bonés e barracas de praia, nos primeiros 18 anos de vida, diminui em até 85% o risco de desenvolvimento do câncer da pele na idade adulta.

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), dos 402.190 novos casos previstos para o ano de 2003, o câncer de pele será responsável pelo diagnóstico de 82.155 novos casos.

O câncer da pele, por estar visível, pode ser diagnosticado precocemente e, por isso, tem baixa taxa de mortalidade. No entanto, suas lesões podem destruir os tecidos onde se desenvolvem, com resultados desfigurantes.

Além disso, um de seus tipos, o melanoma, quando não diagnosticado precocemente, tem alto poder para enviar metástases, sendo extremamente perigoso e de alta mortalidade.

Pele clara = maior risco

Crianças ou adolescentes de pele, cabelos ou olhos claros, com sardas, que se queimam mais do que se bronzeiam, ou com casos de câncer de pele na família fazem parte dos grupos de maior risco de desenvolvimento da doença.

O dano provocado na pele vai se acumulando durante a infância e a adolescência e o seu resultado só vai aparecer na idade adulta. Daí a importância da proteção solar nesta fase da vida, quando a exposição ao sol é muito maior.

Além da predisposição ao câncer da pele, a exposição ao sol sem proteção é responsável pelo envelhecimento cutâneo e pela formação da catarata. Por isso, recomenda-se que, durante o verão, além do filtro solar, utilize-se bonés, viseiras, chapéus e óculos de sol com proteção anti UV.

Cerca de 70% da população não se protege!

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em todo o país, mostrou que cerca de 70% da população frequenta a praia sem proteção solar. Durante a pesquisa, que também examinou a pele de quem participou, foram diagnosticados vários casos de câncer da pele, mostrando que, a população ainda não está consciente do risco provocado pela exposição excessiva ao sol.

A saída: educar desde cedo

Diante deste quadro, mostra-se de extrema importância que a educação comece desde cedo, com as crianças. Enquanto estão sob nosso controle, devemos ensiná-los da importância da proteção solar, para que, na adolescência, esta consciência já esteja formada.

Os adolescentes recebem grande pressão dos amigos e da mídia, que valorizam o bronzeado como sinônimo de beleza e saúde. Para se adequar a este padrão de beleza e obter a "cor do verão", os jovens se expõem em demasia ao sol, sofrendo queimaduras repetidas e colocando a saúde da sua pele em risco.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia - www.sbd.org.br .

A Pele e o Sol
Crianças: cuidados especiais

A proteção das crianças é responsabilidade dos pais!

Você ensinou seus filhos que é preciso escovar os dentes todos os dias, assim como tomar banho. Muitas vezes você brigou e perdeu a paciência, mas não desistiu. Quando temos certeza do que queremos, conseguimos fazer com que eles entendam e aprendam, pois sabemos que vale a pena "comprar a briga".

A proteção solar deve ser encarada da mesma forma. Ensinando desde pequenos a importância de se proteger do sol, esta idéia será incutida como verdade e seus filhos se habituarão a ela como hoje se habituaram a escovar os dentes todos os dias.

Prevenção e educação = saúde da pele

Proteja as crianças sempre e estimule os adolescentes a se protegerem, é um hábito que deve ser formado desde cedo. Cerca de 75% da exposição solar acumulada durante toda a vida ocorre até os 20 anos de idade, sendo muito importante a proteção solar nesta faixa etária.

Iniciando o hábito com seus filhos pequenos é muito mais fácil, eles se acostumarão rápido e vão manter o uso quando chegarem à adolescência, época de maior exposição ao sol. Para os adolescentes uma boa conversa e uma navegada conjunta pelo site podem ajudar a convencê-los. Tenha sempre filtros solares em casa e pergunte antes deles sairem se já passaram o filtro e se o estão levando para a praia. Insista, "compre mais esta briga", a saúde futura deles está em jogo.

Saúde é investimento, invista em saúde desde cedo, você não vai se arrepender.

Regra do sol para as crianças

Não use filtro solar em bebês com menos de 6 meses de idade. Mantenha-os fora do sol. Assegure-se de que há sombra total nos carrinhos e na cadeirinha do carro. Quando sair na rua, use sempre sombrinhas para o sol.
Para crianças de 6 meses ou mais:
- Evite o sol entre 10 e 16 horas, quando a radiação solar é mais intensa.
- Proteja a criança com chapéus e roupas. Um bom chapéu de sol deve proteger as orelhas, nariz e lábios. Isso também reduz o risco da criança vir a desenvolver catarata mais tarde.
- Aplique filtro solar com FPS 15 ou mais em todo o corpo de seu filho.
- Reaplique o filtro solar a cada 2 horas, principalmente quando ele for à água ou transpirar muito.
Alguns remédios fazem com que a pele fique mais sensível ao sol. Quando o pediatra prescrever alguma medicação, pergunte se o sol deve ser evitado.
Não se engane com dias nublados. Os raios solares perigosos atravessam as nuvens e a neblina.
Cuidado com a luz refletida. A luz do sol reflete na areia, no concreto e na água, atingindo a pele, mesmo na sombra.

A sombra ensina a identificar o horário proibido

Ensine suas crianças a examinar a própria sombra. Elas vão aprender desde cedo a evitar o pior horário do sol.

Próximo ao meio dia nossa sombra fica menor do que o tamanho de nosso corpo, é o horário da sombra curta. É quando devemos evitar o sol.
Quando nossa sombra está maior do que nosso corpo, podemos ficar ao sol, mas com protetores solares. É o horário da sombra longa.
As crianças gostam de aprender a identificar os diferentes horários e se acostumam a entender as diferenças entre eles e a importância de evitar o sol entre 10 e 16 horas.

Importante! As roupas também ajudam a cuidar da saúde da pele no verão.

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