4.01.2010

Alergia e intolerância alimentar



De vez em quando uma alergia nos acomete e nem temos noção de sua origem. Geralmente acusamos um pó, pêlo ou perfume como os causadores, porém, muitas vezes trata-se simplesmente de alergia alimentar. Por isso, é sempre muito bom observar as nossas reações alérgicas e o cardápio do dia para identificarmos possíveis alergias ou intolerâncias alimentares.

Em geral, alergias são reações do organismo a qualquer substância, natural ou não, a qual o corpo rejeita por algum motivo diverso. Ou seja, só diagnóstico médico para decifrar cada reação.

Por outro lado, as intolerâncias surgem sempre com a saturação do consumo de determinado elemento, quando o corpo reage às substâncias químicas ou ainda por carência de determinadas enzimas. Isso leva muitas vezes a pessoa a cortar 100% o alimento em questão, o que pode gerar deficiências nutricionais, caso não se faça as substituições adequadas.

Por exemplo, o leite de vaca pode ser substituído tranquilamente por leites vegetais, para quem quer continuar a consumir o líquido em suas diferentes versões como café com leite, sorvetes, doces, bolos, gratinados, leite com chocolate, etc.

Para obter cálcio, basta comer mais folhas verde-escuras e gergelim. O aproveitamento do nutriente é até maior nestas versões, por não terem os complicantes da gordura saturada e das químicas da industrialização, como conservantes, entre outros.

Afinal, como já me disseram uma vez, seria muito estranho pensar que um mineral tão importante para o nosso corpo só fosse obtido do leite de um animal que não pertence a nossa espécie.

Já para quem não podem consumir glúten (proteína de trigo), existem diversas receitas com farinhas que o substituem sem prejuízo do sabor. Para saber mais sobre ambos, clique aqui e aqui.

Mesmo que você observe com cuidado e faça as devidas substituições, sempre procure a orientação de especialistas, principalmente os mais modernos e antenados, pois nesta área de nutrição, têm muita gente pregando conceitos que já foram superados nas mais recentes pesquisas científicas.

Abaixo uma pequena lista que eu peguei do Blog Gororobas do Brasil, para ajudar a diferenciar alergia de intolerância:

Lactose

Sintomas de alergia: urticária, vermelhidão, inchaço labial, respiração ofegante, coceira crônica, ânsias de vômito, diarreia e dores de estômago agudas.
Sintomas de intolerância: diarreia e inchaço.

Trigo

Sintomas de alergia: urticária, inchaço facial, respiração ofegante, coceira crônica, vômitos, diarreia e dores de estômago agudas.
Sintomas de intolerância: juntas doloridas, dores de estômago, inchaço e depressão.

Álcool

Sintomas de alergia: palpitações cardíacas, sensação de calor intenso e dores de cabeça lancinantes, cuja origem está na falta de uma enzima que metaboliza o álcool.
Sintomas de intolerância: Rubor nas faces, espirros e congestão.

Frutos do mar

Sintomas de alergia: Choque, obstrução das vias respiratórias e perda de consciência. Segundo os médicos, neste caso, as alergias tendem a ser bem específicas, como ao atum cru, mas não ao alimento enlatado, ou ao salmão, por exemplo.
Não existe intolerância aos frutos do mar, segundo a medicina. Muitas vezes há confusão com intoxicação devido ao consumo de alimentos crus ou mal conservados, o que pode causar vermelhidão, erupções na pele e diarreia.


A alergia alimentar é uma reação anormal ao componente protéico do alimento, que envolve mecanismos imunológicos. Resulta em uma extensa variedade de manifestações clínicas: manchas na pele, coceira, problemas gastrintestinais e respiratórios.

"Freqüentemente, a intolerância e a alergia alimentar são confundidas, pois têm manifestações semelhantes. Em ambas é necessário um diagnóstico preciso e acompanhamento por especialista", orienta a nutricionista Denise Marco.

Os alimentos que causam alergia com mais freqüência são leite, ovo, trigo, frutos do mar e alguns vegetais. Os primeiros sinais normalmente surgem na pele, acompanhados de diarréia, constipação, náuseas e vômitos, asma, rinite e chiado no peito.

Das causas mais comuns de alergia, principalmente em crianças, está o leite. A cada 100 crianças, três são alérgicas ao leite de vaca. Em 95% dos casos os sintomas desaparecem após os quatro anos de idade.

O tratamento nutricional consiste na exclusão de leites e derivados da dieta, pois quantidades mínimas de sua proteína podem desencadear manifestações clínicas. Uma alternativa, sob orientação de nutricionista ou pediatra, é introduzir fórmulas compostas de peptídeos ou aminoácidos livres, que são menos alergênicos.

Alergias a nozes, marisco, amendoim e clara de ovo vêm em segundo lugar após o leite. As reações a esses alimentos são menos prováveis de desaparecer com o passar do tempo, prolongando-se pelo resto da vida.

Entre os tipos mais comuns de intolerância, está à lactose (açúcar do leite). O que acontece é que a falta de lactase prejudica a absorção da lactose. Pode surgir em qualquer idade, mas principalmente nos primeiros anos de vida. Em geral, crianças com o problema não toleram nenhuma quantidade do alimento.

Em derivados de leite, como iogurte ou queijo, não há perigo, pois a lactose presente é decomposta durante o processamento. "O tratamento nutricional ideal consiste em adequar as quantidades de derivados do leite na dieta para suprir as necessidades das crianças", indica Denise.

Denise Marco dá algumas dicas de como lidar com as alergias e intolerâncias:

- Saber ler um rótulo de alimento ajuda a evitar problemas causados por leite de vaca em alimentos. Alguns termos que significam que o produto contém proteína de leite de vaca são: caseína, caseinato, coalhada, creme, lactoalbumina e nata.

- Intolerantes à lactose podem tomar leite e laticínios sem lactose.

- Amamente seu bebê exclusivamente até os seis meses de vida. Caso o desmame seja necessário, faça-o sempre com orientação de pediatra ou nutricionista.

Fonte: www.editoriadesaude.com.br - por Kelly Silva


Saiba Mais

Novas alternativas para bebês com alergia e intolerância alimentar
dezembro 29, 2008
Leia na íntegra a entrevista com a engenheira de alimentos que desenvolveu um trabalho pioneiro na área de formulações especiais para bebês com alergia às proteínas do leite de vaca e intolerância à lactose.

Ao longo deste ano, recebemos dezenas de mensagens de mães e pais preocupados com seus filhos que sofriam com os sintomas da alergia ao leite e da intolerância à lactose. O diagnóstico nem sempre é simples e o tratamento ainda deixa muito a desejar uma vez que a dieta de exclusão, método bastante utilizado para detectar qual tipo de alimento está causando problemas, é um processo longo e preocupante para os pais. Foi a partir da própria experiência como mãe de um bebê com intolerância à lactose que a engenheira de alimentos Milla Rubia Carvalho direcionou seus estudos de graduação para o desenvolvimento de um trabalho pioneiro no País: o desenvolvimento de fórmulas especiais para bebês com alergia às proteínas do leite e intolerância à lactose. Em uma entrevista, Milla nos conta sobre seu trabalho inovador, os resultados e dá algumas dicas importantes aos pais.

O que é e como surgiu o Processo Alimentar Terapêutico?
O processo Alimentar Terapêutico é um estudo aprofundado de todas as condições ambientais que norteiam a criança que possui alergia ou intolerância ao leite de vaca. Leva-se em conta o fato de que todo e qualquer problema surge por um conjunto de fatores e estes devem ser analisados para traçar as coordenadas específicas para determinada criança.
Cada criança possui sua função específica (individualidade bioquímica) onde há variáveis (dependentes ou não) e constantes. É conhecendo a criança que se pode perceber o seu particular universo. O ato de se alimentar está profundamente ligado ao emocional, pois, a ação sensorial do organismo responde mediante estímulos, então, antes mesmo de chegar à boca, o som, o cheiro, o tato, tudo prepara a criança para o ato de alimentar-se. É um estudo das características extrínsecas e intrínsecas da criança e traz consigo a possibilidade do desenvolvimento de uma formulação feita de forma personalizada, para a criança portadora de algum distúrbio metabólico.
Ele surgiu de uma necessidade particular (meus filhos) que estava ligada tanto à intolerância a lactose como a uma gastrenterite de repetição. Nasceu de uma necessidade pessoal e da observação de centenas de mães em consultório, à espera de atendimento pediátrico e de suas reclamações. Essas observações fizeram com que o curso de Engenharia de Alimentos, no qual eu me encontrava no 2º semestre, tomasse um novo direcionamento, totalmente voltado a trabalhos que envolviam esse universo: alimentos para fins especiais no desenvolvimento de novos produtos.

Como este serviço é realizado?
Ele é exercido sobre um diagnóstico de pediatra ou nutricionista, com um contato direto com a mãe ou responsável e com o bebê. Durante uma hora a profissional faz perguntas com o intuito de se aprofundar naquele universo particular e de promover na mãe a segurança necessária para que ela se torne pró-ativa na terapia escolhida para seu filho.
Juntas, elas percebem características alimentares, sociais, emocionais e de segurança alimentar que afetam negativamente o ambiente daquele bebê. Também são levadas à mãe, conhecimentos de mercado e de produtos oferecidos para que as escolhas, no momento da compra, se tornem mais fáceis e estimulantes.
O desenvolvimento de uma formulação personalizada também é oferecido, com uma explanação dos critérios abordados, que são todos OFICIAIS. Normas, PORTARIAS e RDC´S emitidas pela ANVISA e padrões de execução de acordo com BPF e HACCP. As matérias-primas indicadas possuem registro no M.A ou M.S e a suplementação é feita por farmácia de manipulação que tenha certificação mínima de ISO 9001. Quem realiza o mini-processo (preparo) é a própria mãe, uma vez ao dia.

Quais as vantagens entre o leite hidrolisado de formulação industrial (Pregomin, Alfaré, Prosobee) e a fórmula que você desenvolveu?
Os leites industrializados possuem alta concentração de proteínas, são isentos de enzimas e a concentração de lipídeos (gorduras) não são as ideais, preconizadas pelo CODEX ALIMENTARIUS – FAO/WHO com base nas características físico-químicas do leite materno.
Para secar um leite reconstituído rico em gorduras, é necessário o microencapsulamento e ele é feito com o uso das ciclodextrinas, que são carboidratos (açúcares), com isso, ao se elevar o teor lipídico, também eleva-se o teor dos açúcares presentes. Quando isso não acontece, o resultado é um pó com alta propensão a se aglomerar e com características reológicas desfavoráveis a uma boa dissolução, por isso, não se consegue uma proporção adequada de gorduras no leite seco.
O leite personalizado é fluido, com as proporções dosadas de acordo com o leite humano, inclusive a distribuição de aminoácidos, por isso é possível aplicar a porcentagem de gorduras adequadas (um Blend = uma mistura delas). Ademais, possui a concentração ideal de proteínas, dosadas de acordo com a IDR de cada faixa etária, sobre a sua ingesta diária, o que não acarreta sobrecarga renal ou hepática. O uso de enzima natural também é utilizado, duas vezes ao dia, no que provoca a otimização da hidrólise protéica a partir do estômago.
É um trabalho personalizado, com garantia de 90 dias para qualquer troca de formulação e que possui um custo bem mais acessível às mães, com 45% de economia sobre leites parcialmente hidrolisados oferecidos no mercado. É a mãe quem irá preparar o leite, uma vez ao dia, treinada para minimizar ao máximo, todas as possíveis fontes de contaminação que comprometam a inocuidade do alimento.

Que resultados já foram observados com o uso desta formulação especial para bebês?
A melhoria na qualidade de vida TOTAL de bebês e de sua família. A mãe aprende muito e isso se reflete diretamente no seu nível de estresse. Uma mãe segura de suas ações e com maior autonomia sobre as decisões e manejo das situações que envolvem seu filho, provoca no bebê um bem-estar significativo.
Aliado a isso, tem-se a oferta adequada de nutrientes para um aporte calórico-proteico balanceado o que permite o organismo construir suas defesas e atingir um estado de homeostase. Já assisti bebês que, com apenas 5%(do total protéico) de aminoácidos livres, conseguiram uma boa digestão. Há uma melhora sensível da imunidade e do desenvolvimento geral do bebê, além da melhora do convívio social com as escolhas conscientes da mãe, que se encontra mais tranqüila e descansada.

Qualquer bebê, em idade de amamentação, pode ser alimentado com esta formulação especial?
É fundamental ressaltar que o melhor leite para bebês em fase de amamentação é o leite materno, produzido pela mãe. Nenhum processo industrial conseguirá imitá-lo, pois, é um leite que muda ao longo da mamada e ao longo do dia, bem como de uma mama para a outra.
Contudo, a inserção da mulher no mercado de trabalho é crescente e com isso, surge à necessidade do leite substituto. Há também casos especiais de ausência da lactação e até mesmo de intolerâncias do próprio leite humano, devido a distúrbios metabólicos bastante específicos do bebê e levam a privações na alimentação da mãe. Fator este, que pode levá-la a perder muito peso ou privar-se socialmente de se alimentar.
Cabe à mãe, juntamente com o médico responsável, decidir pelo leite substituto. As formulações que desenvolvo são funcionais e nutritivas e levam ingredientes como o ácido láurico, presente na gordura do coco, um poderoso agente nutracêutico que previne a translocação bacteriana nos intestinos, além de triglicerídeos de cadeia média (TGCM) que potencializam a absorção dos nutrientes. Trabalho o uso da fração protéica de acordo com o histórico de diagnósticos do bebê e portanto, as formulações podem conter proteínas+aminoácidos ou até mesmo 100% de aminoácidos livres.

O que você sugere para os pais de bebês que estão com sintomas típicos de Alergia às Proteínas do Leite (ALV) ou Intolerância à Lactose?
Observem seu filho. Questionem. Sejam pró-ativos nas decisões terapêuticas. Já passamos pela era do capitalismo comercial, do industrial, do financeiro e agora vivemos dentro da era da informação. Investiguem todos os métodos de diagnósticos que estão disponíveis no mercado e certifiquem-se do REAL problema de seu bebê. Consultem um médico para orientar e medicar e estejam atentos para todas as possibilidades dentro do caminho escolhido.

Vantagens da formulação personalizada
Ajuste de aroma, textura e concentração;
Economia mensal de 45% sobre leites parcialmente hidrolisados e de 87% para leites com aminoácidos livres, pois, o cliente não paga o custo de processo (CUP), o custo de logística e o custo de divulgação;
A formulação é feita com base na ingesta diária da criança visando à prevenção de hipervitaminose e de hipovitaminose;
Permite a interação com o pediatra e/ou nutricionista;
Uso de lipídeo (gordura) funcional, que otimiza o sistema imunológico, por agir sobre microrganismos patológicos;
Permite o acesso a origem das matérias-primas, bem como informações de boas práticas de manipulação e armazenagem garantindo a segurança e inocuidade;
Garantia de 90 dias para qualquer mudança de fórmula;
Acompanhamento feito pela profissional in loco (Goiânia, Brasília, Uberlândia, Uberaba, São Paulo Capital, Campinas (SP) e via MSN ou Gmail (on line) para demais regiões.
Para entrar em contato e obter mais informações:

Milla Rúbia Carvalho

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