2.23.2011

GENOCÍDIO NA LÍBIA

Ministro italiano estima que já  são cerca de mil mortos na Líbia

Oposição toma uma Província, enquanto líbios tentam sair do país

Lionel Bonaventure/23.02.2011/AFP 
Lionel Bonaventure/23.02.2011/AFP
Líbio passa pelo posto fronteiriço de Ras Jdir com os pertences que pode carregar

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou ter a informação de que o número de mortes devido à repressão na Líbia está próximo de mil.
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- Não temos informações completas sobre o número de pessoas que morreram. Acreditamos que a estimativa de cerca de mil seja confiável.

O regime de Muammar Gaddafi já perdeu a região da Cirenaica, onde está a cidade de Benghazi, a segunda maior do país. Havia indícios nesta terça-feira da vitória dos manifestantes na região, com imagens de pessoas comemorando nas ruas e relatos a jornais como os franceses Le Monde e Le Figaro, o espanhol El País e o americano The New York Times.

Os militares se aliaram aos manifestantes na região, como mostram fotos e testemunhos. No entanto, Frattini é o primeiro representante do país europeu mais próximo diplomaticamente à Líbia, a Itália, a admitir o fim do controle de Gaddafi na região. A rede de TV CNN conseguiu até mesmo enviar um correspondente para a área.

Com isso, a repressão de Gaddafi contra mais manifestações parece ser cada vez mais sangrenta. Há muitos relatos de agentes pagos estrangeiros que foram contratados para disseminar o terror.

Medo da violência faz líbios fugirem

O medo de um banho de sangue anunciado faz com que líbios procurem sair do país. A Cruz Vermelha alertou nesta quarta-feira para um risco catastrófico de êxodo em massa de líbios para a Tunísia, país vizinho que também derrubou um ditador por uma revolta popular, ocorrida em janeiro deste ano.



Frattini disse temer também que no caso da queda do regime líbio ocorra uma onda migratória entre 200 mil e 300 mil pessoas em direção à Europa.

Ele afirmou que uma onda dessa magnitude seria dez vezes superior à crise registrada em 1997 com os refugiados chegados da Albânia ao litoral italiano. Ele disse que a preocupação também não se restringe a seu país.

- Na Líbia, um terço da população não é originária do país, mas subsaariana. Estamos falando de 2,5 milhões de pessoas que, no caso da queda do sistema do país, escaparão porque ficarão sem trabalho. Nem todos (virão) à Itália. Grécia está muito mais perto de Cirenaica e Benghazi.
O italiano disse que não tem ideia do que pode ocorrer no país após um possível fim do regime do coronel Gaddafi.

- Na Cirenaica, como se sabe, existem tribos e nós não temos ideia de quem são.

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Incidente ocorreu na região de Benghazi, que não está mais nas mãos de ditador
Uma equipe militar conseguiu se ejetar de uma aeronave antes do equipamento cair perto da cidade de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, na Província da Cirenaica, que não está mais sob o controle do general Muammar Gaddafi, informou a agência France Presse com base em informações do jornal Qurani.




Mapa da Líbia

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