6.24.2012

Uma em cada oito pessoas que sofre um ataque cardíaco apresenta stress pós-traumático

Coração

Estudo mostra que condição psicológica dobra o risco de outro evento cardíaco ou morte em um período de três anos

Infarto Pessoas que sofreram algum evento cardíaco e apresentam stress pós-traumático são duas vezes mais prováveis de voltarem a ter doenças cardíacas (Thinkstock)
Uma em cada oito pessoas que sofre um infarto ou outro evento cardíaco apresenta sintomas de stress pós-traumático. Estudo feito na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, mostra ainda que o distúrbio psicológico pode dobrar o risco de esse indivíduo voltar a ter um problema do coração ou de morrer em um período de três anos. O trabalho, publicado nesta quarta-feira no periódico PLoS One, indica que o distúrbio, além de acometer pessoas que passaram por episódios de violência ou lesões graves, também pode ser comum entre pacientes cardíacos.

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STRESS PÓS-TRAUMÁTICO
É um distúrbio de ansiedade causado em pessoas que passam por uma situação traumática, de risco de vida ou lesões graves, como guerras. O medo intenso acarretado por esses episódios faz com que as pessoas voltem a sentir esse medo mais tarde, em forma de pesadelos ou flashbacks, por exemplo. Angústia, ansiedade, sintomas depressivos, sentimento de culpa e menos interesse por certas atividades são alguns dos efeitos.
Nessa pesquisa, os autores usaram dados de outros estudos e, a partir deles, chegaram a novos resultados. A equipe, coordenada pelo professor de medicina comportamental da Universidade Columbia Donald Edmondson, se baseou em 24 pesquisas que, ao todo, envolveram 2.383 pacientesde algum evento cardíaco.
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Stress pós-traumático está ligado a doenças cardíacas
“Há evidências de que os transtornos psicológicos em pacientes com problemas cardíacos são subestimados e pouco tratados. Esse é um problema sério tanto para os indivíduos com doenças do coração quanto para o sistema de saúde”, diz Edmondson. “Felizmente, há bons tratamentos para pessoas com stress pós-traumático. O próximo passo da nossa equipe será avaliar os impactos do tratamento do problema psicológico na diminuição de risco de eventos cardíacos”.
 

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