4.20.2013

Petrobras vai dobrar de tamanho até 2020 com a produção do pré-sal



A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse neste sábado que a empresa vai dobrar de tamanho até 2020 com a produção do pré-sal. Em sete anos, metade do que a estatal produzir virá do pré-sal, segundo a executiva, que participou de evento sobre energia na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.
"Mas temos que reduzir custos e produzir," afirmou. Ela destacou que hoje o custo de produção do pré-sal é de US$ 40 a US$ 44 por barril, enquanto nos Estados Unidos, segundo ela, os preços são de US$ 44 a US$ 50.
A executiva disse que a companhia trabalha com uma cobrança muito forte para reduzir custos e afirmou que "não é barato produzir petróleo". "Uma companhia de petróleo não é para qualquer executivo chegar e dizer ?vou fazer petróleo' e fazer, em dois ou três anos," afirmou Graças Foster.
A presidente da Petrobras destacou a importância das boas relações com os demais países da América Latina, como Bolívia e Argentina e enfatizou que quaisquer relações envolvendo produção energética tendem a ser duradouras, já que matrizes energéticas são rígidas e que os projetos são de longos prazos.
"As relações entre países são extremamente delicadas e precisam ser mantidas pela estabilidade econômica feita pelos lideres e pela estabilidade regulatória," afirmou. Graças Foster lembrou que 22% do PIB da Bolívia depende do gás que o país exporta ao Brasil e que o Brasil depende deste produto boliviano, por exemplo, e que há interesse do Brasil em estar muito bem com a Argentina, do ponto de vista econômico.
Projetos no exterior
Sobre as operações da companhia em Pasadena, nos Estados Unidos, Graças Foster afirmou que o negócio não dá mais retorno à empresa, mas reiterou que a operação saiu de sua carteira de desinvestimento. A executiva disse que a Petrobras pretende fazer uma "revitalização comercial" na unidade, mas não deu detalhes sobre como seria essa mudança.
A presidente da Petrobras disse que o investimento em Pasadena, em 2005, foi feito em um momento de altos preços no refino. "Em 2008 e 2009, a margem de refino chegou a bater US$ 25 por barril. Hoje está em US$ 8, US$ 9. A diferença é muito grande." Segundo ela, isso impõe dificuldades às refinarias. "Naquela momento foi um bom negócio. Hoje, você olha para trás e diz que não. Tivemos no meio do caminho, em 2008, uma grande quebra da economia mundial."
Na África, Graças Foster enfatizou o objetivo da companhia de crescer na Nigéria, onde a empresa já atua. "Temos atuação bastante expressiva na Nigéria, e vamos crescer porque temos prospectos muito bons, como o de campo de Egina. Então nossa produção na Nigéria deverá crescer."
Leia também:
Governo não está fazendo mal à Petrobras, diz Graças Foster
 Valor Online

Autossuficiência em petróleo: respostas ao Globo

18 de abril de 2013 - 13:19
Leia a reportagem “Petrobras: Brasil voltará a ser autossuficiente em petróleo em 2014″ (versão online), publicada nesta quinta-feira (18/04) no site do jornal O Globo, e confira, abaixo, as respostas encaminhadas pela Petrobras ao veículo.
Pergunta: O Brasil perdeu sua autossuficiência  em petróleo? se positivo, desde quando?
Resposta: O Brasil atingiu a autossuficiência em petróleo em 2006: a produção de petróleo no País equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época. Entre 2007 e 2012, no entanto, o crescimento da demanda por derivados cresceu 4,9% no Brasil, contra um crescimento de 3,4% na produção de petróleo. A partir de 2014, a produção de petróleo no Brasil voltará a atingir a autossuficiência volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados consumidos, contando a produção da Petrobras + Parceiros + Terceiros. (…)

Presidente Graça Foster concede entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes 15 de abril de 2013 -
A presidente Graça Foster abordou os principais temas referentes à Petrobras em entrevista exibida no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na noite do último domingo (14/04). A executiva destacou que a Companhia já extrai cerca de 300 mil barris de petróleo por dia no pré-sal e que, no futuro, esse volume vai superar 2 milhões. “A Petrobras é uma empresa que vai dobrar de tamanho até 2020″, disse.
Em relação à refinaria Abreu e Lima, Graça ressaltou que o projeto já tem 72% de construção física finalizado, mas que a PDVSA continua no empreendimento. Foram abordados ainda assuntos como contenção de custos, segurança e meio ambiente, preços dos combustíveis e valor das ações.

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