10.03.2013

Cartões de confirmação do Enem já estão disponíveis na internet


Cartões também são enviados pelos Correios; data limite é dia 18.
Provas ocorrem nos dias 26 e 27 de outubro.

Do G1, em São Paulo
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Cartão de confirmação Enem 2013 (Foto: Reprodução)Cartão de confirmação Enem 2013 (Foto: Reprodução)
Os cartões de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013 já estão disponíveis no site oficial da prova. A previsão do Ministério da Educação era de que eles entrassem no ar às 15h, mas pouco antes desse horário alguns estudantes já conseguiram acessá-los. Os candidatos devem digitar CPF e senha para visualizar o cartão que traz o endereço do local em que eles farão as provas, entre outras informações.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quinta-feira (3) que desde terça-feira (1º) os candidatos já começaram a receber o cartão de confirmação em casa, enviado pelos Correios. A data limite de entrega é o dia 18 de outubro.
Quem tiver problemas com o recebimento do cartão ou com a impressão dele pode entrar em contato com o Ministério da Educação pelo telefone 0800-616161.
Informações no cartão
O cartão de confirmação de inscrição contém informações do candidato que foram declaradas no momento do cadastro para a prova, como a língua estrangeira escolhida (inglês ou espanhol) e a necessidade ou não de atendimento especial. Principalmente, ele indica o local e horário da aplicação da prova.
Mercadante alertou aos candidatos que não cometam o erro de confundir o nome da escola onde ele deve fazer a prova com o nome de alguma cidade. Segundo ele, o campo denominado "local de prova" contém o nome da escola. O campo abaixo informa o endereço do local, e é aí que o estudante descobrirá o nome da cidade. "A pessoa olha o local que às vezes é o nome da escola, e acha que é o nome da cidade. O nome do local é o nome da escola, e embaixo tem o endereço, tem a cidade, qual é o estado, a rua, o número."

A apresentação do cartão não é obrigatória no dia da realização do Enem, basta mostrar um documento oficial com foto para entrar em sala de aula. Entretanto, o ministério aconselha que o aluno o guarde em caso de dúvidas.
Precauções antes da prova
O ministro recomendou a todos os candidatos que visitem seu local de prova com antecedência para conhecer o caminho e evitar confusões de última hora. Além disso, Mercadante enfatizou que o edital com as regras do exame será cumprido à risca e que qualquer candidato pego com equipamentos eletrônicos após a entrada na sala da prova será eliminado do exame.
Objetos eletrônicos deverão ser guardados, ao entrar na sala de provas, em uma embalagem fornecida pelo aplicador. A sacola será devolvida ao término. Quem for identificado com celulares e afins, será eliminado. Mercadante ainda declarou que o MEC estará fiscalizando redes sociais durante o Enem.
Ele lembrou das dezenas de casos ocorridos na edição de 2012 do Enem, quando candidatos publicaram em redes sociais fotos de suas provas e de seus cartões de resposta. Apesar de os fatos terem ocorridos antes do início da prova, o edital proibia que os candidatos tivessem acesso a telefones depois de receberem os documentos.
"Não pode entrar com máquina de calcular, iPhone, iPad, telefone. Vai ser eliminado do exame se isso acontecer, e já aconteceu em outras provas. Estamos advertindo mais uma vez para que não tentem, porque perde o Enem."
Também será preciso observar com cuidado o horário do início da prova, pontualmente às 13h do horário de Brasília. Como nos dias 26 e 27 diversos estados do Brasil já estarão no horário de verão, incluindo o Distrito Federal, outros estados terão horários distintos do de Brasília. Nenhum candidato poderá entrar após o fechamento dos portões. Em caso de desastres ambientais, o Inep vai levar os estudantes para um novo local de provas em um ônibus.
O candidato não deve sair de sala antes de passadas duas horas desde o início da prova. Quem se retirar vai ser eliminado, avisou o ministro.
Sobre o exame
O edição do Enem em 2013 terá 7.173.574 candidatos, ao custo de R$ 49,86 cada para o governo. O número de inscritos para a prova deste ano superou o recorde anterior, de 2012, que era de 5.971.290 pessoas.

Deste montante, cerca de 70 mil candidatos pediram atendimento especial, como ledores e transcritores da prova, por exemplo, por causa de alguma deficiência.

A correção da redação do Enem ficará mais rígida a partir deste ano. Inserção de trechos indevidos, como receitas de macarrão e hinos de times de futebol, que fogem ao tema, poderão resultar em nota zero para o candidato. A alteração, inclusive, está explícita no edital da prova, ao contrário das edições anteriores.
O Brasil nos rankings universitários
O Enem é usado por quase todas as instituições federais de ensino superior como requisito para o ingresso de novos alunos, principalmente por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As universidades estaduais não aderiram ao Sisu, mas o ministro Aloizio Mercadante também comentou o mais recente ranking internacional Times Higher Education (THE), que divulgou na quarta-feira (2) a lista das 200 melhores universidades do mundo na edição 2013-2014.
A USP tinha alcançado o 158º lugar no ano passado, mas agora figura na faixa dos 226º a 250º lugares e ficou fora do 'top 200'. Já a Unicamp caiu da faixa dos 251º a 275º lugares para a dos 301º a 350º lugares. O ranking avalia o desempenho dos estudantes e a produção acadêmica nas áreas de engenharia e tecnologia, artes e humanidades, ciências da vida, saúde, física e ciências sociais.
De acordo com Mercadante, uma das principais causas da perda de posições do Brasil é o fato de o ranking ser feito majoritariamente por países de língua inglesa, que teriam dado mais importância à oferta de cursos nesta língua. Ele defendeu que a qualidade da educação oferecida na USP e na Unicamp não foi alterada.
"É um ranking feito basicamente por países de língua inglesa e a informação que nós recebemos é que eles alteraram o critério de classificação do ranking e deram uma importância maior às universidades que fazem oferta de cursos em língua inglesa", explicou o ministro nesta quinta-feira. "Assim sendo, a USP e a Unicamp teriam perdido posições. Enfim, não é uma mudança de avaliação na qualidade da produção científica, na qualidade dos cursos, na produção acadêmica dessas universidades. É um indicador de internacionalização."

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