A
ciência derruba mais um mito do mundo esportivo: o de que vítimas da
osteoartrite, a popular artrose, não devem realizar atividades de
impacto
A
ciência derruba mais um mito do mundo esportivo: o de que vítimas da
osteoartrite, a popular artrose, não devem realizar atividades de
impacto
iStock
Uma
prescrição mais conservadora para o pessoal que sofre com essa encrenca
no joelho envolve práticas na água ou outras que basicamente tiram a
gravidade de jogo – a ideia é não sobrecarregar uma cartilagem já
baleada. Só que cientistas da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia,
saíram da zona de conforto e testaram, ao longo de um ano, um treino de
impacto progressivo em 40 mulheres com osteoartrite. De maneira
simplificada, elas começavam subindo uma plataforma e, conforme
evoluíam, passavam a dar alguns saltos (tudo supervisionado por
profissionais).
Aí veio a novidade: em relação a participantes com o mesmo problema,
mas que não frequentavam as aulas, as primeiras apresentaram uma
articulação mais preservada. “Esse tipo de treinamento, quando bem
orientado, parece inclusive melhorar a integridade da cartilagem”,
explica Marco Aurélio Vaz, educador físico da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Mas tem um porém. Os próprios pesquisadores ressaltam
no artigo que o treino em questão ainda não está liberado para os
indivíduos com osteoartrite moderada ou severa. “Até porque, nos casos
mais graves, os pacientes mal conseguem caminhar direito”, afirma Vaz.Como era o treino
+ Agilidade: além de impacto, o método contemplava mudanças de direção a todo momento. Tudo pra reforçar as juntas.
+ Intensidade progressiva: É talvez o ponto mais crucial. As sessões se tornavam intensas aos poucos. Isso para dar tempo de o corpo se adaptar.
+ Acompanhamento: Nada de sair pulando por aí sozinho. Gente com artrose precisa seguir um programa de malhação criado por um educador físico.
+ Regularidade: As integrantes do estudo suavam a camisa três vezes por semana. Contudo, tal ritmo pode variar de caso para caso.
+ Impacto: Subir plataformas e, com o passar do tempo, experimentar uns saltos são o diferencial desse programa de reabilitação.
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