11.09.2017

Viagra faz mal à saúde? Conheça os benefícios e riscos do comprimido



O viagra é tudo o que os homens com disfunção erétil e suas parceiras sempre precisaram. Além de melhorar a vida sexual de muitos casais, o remédio consequentemente tem melhorado a saúde de muitos relacionamentos por aí.
Uma vez que os casais voltam a se dar bem na cama, é esperado que eles voltem a se dar bem fora dela com o tempo também. Mas será que esses são os únicos benefícios do viagra para a saúde? Mais do que isso, existe sempre a preocupação de que há algum risco em tomar viagra. O “azulzinho” oferece algum malefício para a nossa saúde?
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Foto: Pixabay/CCBY

Benefícios do viagra

O melhoramento da vida sexual dos homens está longe de ser o único benefício do viagra para as nossas vidas. Além disso, o “azulzinho” ainda oferece resultados promissores para quem batalha contra o câncer e doenças cardiovasculares. Veja a seguir:

Benefícios do viagra para o coração

É claro que o viagra é um risco para quem sofre de problemas do coração, uma vez que ele aumenta o bombeamento de sangue pelo corpo. Mas, para aqueles que sofrem de insuficiência cardíaca, quando o coração não dá conta de fazer circular o sangue pelo corpo todo, o viagra pode ser um grande aliado.
Ele irá aumentar a força do seu coração para bombear o sangue pelo seu corpo, suprindo as necessidades geradas pelo agravamento dessa condição médica.

O viagra no combate ao câncer

O viagra pode ser uma boa alternativa para os pacientes passando por quimioterapia. Isso acontece porque, atualmente, um dos medicamentos utilizados nesse processo se chama doxorrubicina. Esse remédio, porém, apresenta graves riscos à saúde do coração dos pacientes.
Enquanto isso, o viagra diminui os danos ao sistema cardiovascular e, por isso, pode ser mais eficiente do que a doxorrubicina. Alguns médicos estão apostando fortemente no “azulzinho” para ser implementado nos processos de combate ao câncer em seus pacientes.

Viagra faz mal à saúde?

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Foto: Wikimedia Commons
Bem, então quais são os riscos de tomar o “azulzinho”? Existem sérias contraindicações do viagra e alertas importantíssimos sobre o perigo da sua superdosagem:

Pode ser perigoso para o coração

Apesar de ser bom para aqueles que sofrem de insuficiência cardíaca, aqueles que sofrem de outros problemas cardiovasculares e têm esse sistema mais frágil podem ser prejudicados pelo remédio. O viagra irá aumentar o bombeamento de sangue no seu organismo, podendo ser muito perigoso para um coração já fragilizado.

Faz mal jovem tomar viagra?

Muitos homens mais jovens acabam experimentando viagra para ter ereções mais rápido ou para vencer a ansiedade. O “azulzinho” fica perigoso quando o jovem passa a fazer isso muitas vezes e, então, seu corpo pode viciar no remédio e só se tornar capaz de ter uma ereção completa quando o menino tomar uma dose de viagra.
Na juventude, você está no pico da sua saúde sexual, então é melhor deixar para ter ereções naturalmente e evitar possíveis complicações assim tão cedo.

Perigos do excesso

A primeira coisa a saber é que tomar mais de uma pílula de viagra não irá intensificar o efeito do remédio. Além disso, o excesso do estimulante sexual pode ser muito perigoso para a saúde. Esses excessos são perigosos justamente porque o viagra aumenta o número de batimentos cardíacos e a superdosagem pode causar sérios problemas cardiovasculares.
A impotência sexual é um problema que atinge muitos homens mais velhos. O Viagra, um dos mais populares medicamentos utilizados no tratamento da disfunção erétil em todo o mundo, entretanto, é alvo de diversas pesquisas.Mas afinal, será que o viagra faz mal à saúde?

Viagra Faz Mal à Saúde?

Nos últimos anos os cientistas têm afirmado que a pílula para a disfunção erétil não somente é boa para a vida sexual, como também para a saúde do coração.
No quarto, o Viagra permite um maior fluxo de sangue para o pênis. Mas no coração, a “pequena pílula azul” pode prevenir espessamento do músculo cardíaco e insuficiência cardíaca em estágio inicial.
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Segundo o Dr. Andrea M. Isidori, autor principal de uma pesquisa publicada na revista BMC Medicine e professor associado de endocrinologia da Universidade de Roma “La Sapienza”, grandes ensaios clínicos se fazem urgentemente necessários a partir de tais resultados encorajadores.
As dosagens usadas para doenças cardíacas são mais baixas do que aquelas usadas para a disfunção erétil, e os pacientes no estudo mostraram poucos efeitos colaterais. Surpreendentemente, em mais de 1600 indivíduos tratados, nenhum aumento do risco de perturbação visual foi identificado, bem como fotossensibilidade e névoa azul.
O ingrediente ativo do Viagra é o citrato de sildenafil, que é um inibidor da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5i). O inibidor bloqueia a enzima PDE5, que previne o relaxamento do tecido do músculo liso.
Os pesquisadores analisaram ensaios clínicos randomizados que foram publicados entre janeiro de 2004 e maio de 2014, escolhendo 24 populações mistas de pacientes tratados com PDE5i ou placebo. PDE5i foi dado a homens que tinham distúrbios cardiovasculares, mas que não necessariamente sofrem de impotência sexual, de acordo com Isidori.
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O estudo descobriu que o inibidor impediu o coração de mudar a forma em pacientes que sofrem de hipertrofia ventricular esquerda, uma condição que causa espessamento e ampliação do músculo cardíaco. A droga também melhorou o funcionamento do coração em pacientes com uma variedade de condições cardíacas, sem efeito sobre a pressão arterial.
De fato, os pesquisadores descobriram que a droga melhorou a eficiência quando o coração bombeava o sangue para os vasos, juntamente com o relaxamento entre batimentos. Muito poucas drogas usadas na cardiologia podem realmente afetar estes parâmetros. Por esta razão, suas implicações no tratamento e prevenção da insuficiência cardíaca são enormes.
No entanto, Isidori observa que, por tais estudos terem sido realizados exclusivamente com os homens, o próximo passo deve ser um maior ensaio sobre as mulheres.
O Dr. Robert A. Kloner , professor de medicina na divisão cardiovascular no Keck School of Medicine da USC, na Califórnia, afirma que se os resultados forem positivos, não serão surpreendentes a ele, afirmando que sempre podemos usar um novo medicamento para a insuficiência cardíaca. “Podemos sempre usar um novo medicamento para a insuficiência cardíaca.”
Kloner, co-autor do livro “Viagra: Como a droga milagrosa aconteceu e o que pode fazer por você”, afirma que esta não é a primeira vez que os cientistas pesquisam sobre o Viagra a fim de descobrirem possíveis e potenciais benefícios à saúde do coração.
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Em 1989, cientistas britânicos testaram citrato de sildenafil como uma medicação para tratar a pressão arterial elevada e angina. Na década de 1990 em ensaios iniciais da droga, os pesquisadores perceberam um efeito colateral interessante – um aumento nas ereções.
Em 1996, a empresa farmacêutica Pfizer patenteou-o como Viagra, e em apenas dois anos, os médicos tinham encomendado mais de 40.000 prescrições da nova droga maravilhosa. Quando o Viagra foi lançado, houve um grande susto, pois pensava-se que a droga poderia matar as pessoas, diz o Dr Robb D. Kociol, diretor do programa de insuficiência cardíaca no Instituto Cardiovascular do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston.
Entretanto, em todos os estudos, segundo Kociol, não foi apontado qualquer aumento nos eventos cardíacos em pacientes que fazem uso do Viagra.
Estudos anteriores sugeriram que Viagra e outros inibidores da PDE5 podem ter benefícios para insuficiência cardíaca, diminuindo a resistência da artéria pulmonar e fornecendo efeitos cardioprotetores em ambientes com baixo fluxo sanguíneo, de acordo com Kociol.
Segundo o doutor, tais efeitos também melhoram a tolerância ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca, e complementa dizendo que a droga pode até mesmo reduzir o tamanho de um ataque cardíaco.
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Entretanto, Kociol disse que os cientistas têm que “temperar” seu entusiasmo pois mais estudos são necessários. Por mais interessante que este artigo seja, houve resultados conflitantes, segundo o doutor.
Kociol acrescentou que os pesquisadores também precisam prestar mais atenção às diferenças entre homens e mulheres e entre grupos raciais. Algumas pesquisas anteriores sugerem que drogas como o Viagra podem interagir de forma diferente com o estrogênio, que é conhecido por ter propriedades naturalmente protetoras para o coração.
O uso de drogas de tratamento de disfunção erétil para beneficiar a saúde do o coração pode levar algumas pessoas a levantarem suas sobrancelhas, especialmente quando falamos sobre o Viagra, fazendo com que muitas delas riam e fiquem sem jeito. E por essa razão, hoje os médicos prescrevem citrato de sildenafil para hipertensão arterial pulmonar e síndrome de Raynaud, mas comercializam o mesmo medicamento por um nome diferente, o Revatio.
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O autor do estudo, Isidori, também observa que sua nova pesquisa também pode ajudar a desestimular o uso de drogas sexuais como o Viagra.
Um número significativo de sujeitos que sofrem de disfunção erétil é muito mais feliz por tomar pílulas para insuficiência cardíaca ou pressão alta do que para melhorar suas ereções, disse ele. Isso pode causar depressão e agravar ainda mais o seu estado de saúde e qualidade de vida.
A psicóloga Judy Kuriansky, da Columbia University, disse que ainda há um outro efeito colateral do Viagra para o coração: um “impulso” nas vendas. Desta forma, o homem e a mulher não têm que culpar sua impotência ou ficarem envergonhados por sua incapacidade de realizar o ato sexual.

Viagra e Risco à Saúde

O Viagra faz mal à saúde dependendo da situação. Apesar do Viagra ser indicado para indivíduos que sofrem de insuficiência cardíaca, pessoas que sofrem de outros problemas cardiovasculares e têm esse sistema mais frágil podem ser prejudicados pelo uso do Viagra, pois o medicamento aumenta bombeamento de sangue no organismo, podendo ser muito perigoso para um coração que já se encontra em estado frágil.

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