11.10.2017

Ressaca além de ruim, pode ser fatal



Especialista explica os efeitos pós-bebida e o que pode gerar no organismo


Os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 30% dos homens e 10% das mulheres no Brasil consomem álcool em excesso pelo menos uma vez por semana. Além disso, quase 80% dos jovens referem consumir bebidas alcoólicas regularmente, ressaltando que o álcool é uma das drogas mais consumidas em todo o mundo.
Segundo Máximo Asinelli, nutrólogo e proprietário da Clínica Asinelli em Curitiba - PR, “depois de um ataque de bebedeira, o desconforto e pesar ocorrem quando o conteúdo alcoólico no sangue começa a cair. Os sintomas atingem o pico quando o álcool no sangue volta a zero”, explica. Em pequena quantidade, o álcool eleva a produção de dopamina, neurotransmissor que proporciona uma sensação de bem-estar. Muitas pessoas continuam bebendo para prolongar essa sensação, o que leva a intoxicação aguda por álcool: a ressaca.
À medida que a quantidade de álcool no organismo vai aumentando, outro neurotransmissor, chamado gaba, que induz ao sono, começa a ser liberado no cérebro. “Atingindo esse estágio, provavelmente a ressaca no dia seguinte será inevitável, o que pode ser mortal, sobretudo para aqueles cujos trabalhos envolvem a segurança dos outros, como pilotos, salva-vidas, motoristas etc”, ressalta Asinelli.
Ao entrar no sistema circulatório, o álcool dá origem a um processo químico que libera energia. Cada grama de álcool produz 7,1 Kcal, valor expressivo diante de 4 Kcal por grama de açúcar e de 8 Kcal por grama de gordura. Por esse motivo é recomendável evitar bebidas alcoólicas para quem deseja emagrecer. “O usuário crônico frequentemente desenvolve deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B, tornando-se um obeso desnutrido”, finaliza o especialista.
Serviço: Clínica Asinelli
Dr. Máximo Asinelli

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