247 - O deputado estadual e dirigente do PT Emídio de Souza (SP) esteve com o ex-presidente Lula na prisão nesta terça-feira 23 e relatou a ele o resultado do julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reduziu, por unanimidade, a pena do petista de 12 anos e 1 mês de prisão, que havia sido impetrada pelo TRF-4, para 8 anos e 10 meses no caso do triplex do Guarujá (SP).
Segundo Emídio, Lula já "não esperava nada de positivo" deste julgamento. "O julgamento de hoje é mais um capítulo de um processo totalmente político, onde não vale provas, as provas da defesa são desconsideradas e a palavra do delator vale mais do que qualquer outra coisa", observou.
"O presidente Lula não esperava nada de positivo desse julgamento. Aqui dentro desse prédio há um homem que quer sair, mas não de cabeça baixa, ele quer sua inocência provada. Quer mostrar ao país que todas as acusações apontadas contra ele são rigorosamente falsas, não tem um pingo de verdade", acrescentou.
De acordo com o deputado, Lula afirmou que "não é o problema de ter reduzido a pena, o problema é que a pena tinha que ser zero, ela não tinha que existir". "A luta tem que continuar. Esse processo, da mesma forma que fui julgado politicamente, eu vou ser libertado politicamente pela luta do povo brasileiro. A resistência, a começar desse local, onde se encontra a vigília o tempo todo", disse ainda o ex-presidente.
Para Emídio, "Lula é refém de um sistema criado dentro do Judiciário, que julga não baseado em provas, mas baseado em quem ele é, quem ele representa para a história do Brasil". O deputado paulista lembrou tam'bem que, "apesar da redução [da pena], eles podem apressar outros julgamentos que já estão na fila para serem julgados", como o caso do sítio de Atibaia.
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