REINALDO AZEVEDO: “A Lava Jato não pode limpar o Brasil, por que sua água é podre.”
O jornalista Reinaldo Azevedo foi um dos mais ferrenhos críticos do ex-presidente Lula, chegando a ser estúpido em alguns momentos, porém, desde a prisão de ex-presidente, viu na Lava Jato uma ação coordenada que viria destruir o tecido político do país, nos levando à iminência da morte completa da democracia moribunda do Brasil escolheu o lado certo da história. Então, passou a defender a inocência de Lula, visto que não reconheceu provas suficientes para sua condenação em nenhum dos processos.
A mudança de posição do jornalista foi realmente admirável, não por uma questão oportunista, ao contrário, Azevedo manteve em seu discurso a afirmativa de que é liberal e antagônico a Lula. O jornalista simplesmente passou a defender o que achou justo, mesmo sendo totalmente contra ao público cheio de ódio que cultivou. O reconhecimento de sua posição vem agora, com o surgimento de provas cabais da ilegalidade e da perseguição política no estado de exceção jurídico que se instalou e por isso, escreveu:
“Não há como a Lava Jato limpar o Brasil porque sua água está contaminada, e o que nasce no solo por ela regado está envenenado. Desde os primeiros meses da operação, apontei seu desprezo pelo Estado de Direito; sua parceria indevida com setores da imprensa no vazamento seletivo de informações; a atuação com claro viés político de procuradores e do então juiz Sérgio Moro; a vocação para o espetáculo; a determinação de demonizar a política; a constituição do que me parecia, de maneira inequívoca, um projeto de poder, consubstanciado no que apelidei de “Papol” — Partido da Polícia —, integrado por membros do MPF, da Polícia Federal e do Judiciário. E, como não é segredo para ninguém, afirmei mais de uma vez que lava-jatismo estava na raiz da ascensão de Jair Bolsonaro como candidato viável. Eis aí o ex-juiz como ministro da Justiça daquele que não precisou concorrer com Lula porque o petista estava preso, já condenado em segunda instância.”
Portanto, conclui de forma admirável para uma pessoa liberal, que Lula tinha o direito de ter concorrido às eleições que, então, foram fraudada.
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