Nova reportagem do The Intercept, desta vez em parceria com a Veja, revela que o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, marcou a data para a prisão do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, então presidente da Eletronuclear, responsável pelo programa nuclear brasileiro; Othon foi preso por determinação do juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 2015
No diálogo mantido por meio do aplicativo Telegram, datado de 7 de julho de 2015, um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, identificado como sendo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, diz ao delegado da Polícia Federal Igor Romário que Moro teria sugerido que a operação para prender o almirante Othon, que tinha sob sua responsabilidade a construção do submarino nuclear brasileiro que iria patrulhar as águas territoriais do país para proteger o petróleo do pré-sal, fosse deflagrada no dia 20.
“Igor. O Russo [como Sérgio Moro é chamado pelos procuradores] sugeriu a operação do professor para a semana do dia 20”. O delegado Igor Romário responde em seguida: “Opa… beleza… Vou começar a me organizar”. De acordo com a reportagem, o “professor” era o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva; Othon foi preso no dia 28 mediante um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz federal do Rio de Janeiro, Sérgio Bretas, pela suspeita de receber R$ 4,5 milhões em propinas da empreiteira Andrade Gutierrez.
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