5.20.2011

Americano vai à TV falar sobre sua suposta cura do vírus do HIV

Um morador de San Francisco, na Califórnia, que em 2005 descobriu que tinha contraído o vírus HIV, deu uma entrevista a um programa de televisão reafirmando estar totalmente curado, meses depois da publicação de um estudo que sustentava que o paciente "mostrava evidências" de sua recuperação.
"Estou curado do vírus do HIV", disse na segunda-feira (16) Timothy Ray Brown, de 45 anos, em declarações à emissora local CBS 5, reproduzidas nesta terça-feira pela imprensa.
O caso foi revelado no ano passado, quando um grupo de pesquisadores da Alemanha dizia ter evidências da cura depois de utilizar células-tronco adultas.
Grupo alemão anuncia provável cura de portador de HIV com uso de células-tronco
"Nossos resultados sugerem que o paciente se curou do vírus do HIV", disseram os autores do estudo publicado na edição de dezembro de 2010 da revista científica "Blood", que ratifica um relatório anterior sobre o tema publicado em fevereiro de 2009.
Brown teve que ser submetido a um tratamento contra leucemia mieloide e, por isso, necessitou passar por um transplante de células-tronco de um doador que possuía um gene hereditário pouco comum, associado à redução do risco de contrair o HIV.
Os médicos do Hospital Médico Universitário da Caridade, em Berlim, na Alemanha, selecionaram as células-tronco do tipo CD4, que não possuem o receptor CCR5, necessário para que o vírus se propague pelo organismo.
Antes do transplante, Brown foi submetido a quimioterapia e radioterapia.
Brown teve uma recaída da leucemia 13 meses mais tarde e foi submetido a um novo transplante de células-tronco do mesmo doador. O paciente assegura não ter tomado nenhum tipo de medicação desde então.
Em 2009, "The New England Journal of Medicine" informou que, após 20 meses sem tomar os antirretrovirais, não havia sinais de HIV em seu organismo.
Os especialistas, no entanto, lembram que se trata de um tratamento custoso e "arriscado", que não pode ser aplicado em todos os pacientes e que não se trata de uma cura definitiva para a Aids.
EFE

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