7.03.2012

ANEL CONTRACEPTIVO


Anel contraceptivo: conheça melhor este método

Anel vaginal equivale a uma cartela de pílula anticoncepcional. Saiba mais!
Seguro, fácil de usar e com menos efeito colateral que os demais métodos contraceptivos, o anel vaginal ainda deixa dúvidas, até mesmo, nas mulheres mais antenadas. Segundo o presidente da Comissão de Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações em Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rogério Bonassi Machado, “o anel é fácil de usar, evita esquecimentos e oferece excelente controle de ciclo com pouca exposição hormonal”.
Para tirar dúvidas com relação ao anel contraceptivo, o especialista responde a algumas perguntas frequentes. São elas:
O que é o anel vaginal contraceptivo?
É um anel flexível, transparente e praticamente incolor que contém dois hormônios sexuais femininos (estrogênio e progestagênio), que são liberados lentamente dentro da vagina para impedir a gravidez.

Como deve ser usado?
Deve ser inserido na vagina pela própria mulher uma vez ao mês, conforme orientação médica, e tem duração de três semanas, com uma de intervalo, quando a menstruação ocorre. É um método confiável, seguro e conveniente, sem a necessidade de ingerir a pílula diariamente. O anel equivale a uma cartela de pílula anticoncepcional.

Quem pode usar?
Com exceção do grupo que tem contraindicação ao uso de métodos hormonais combinados, todas as mulheres podem utilizar o anel sem problema.
Quais são os benefícios da administração vaginal?
O órgão genital feminino é uma excelente via de absorção. Permite a recepção de níveis constantes de hormônios e a utilização de doses pequenas, quando comparadas às habituais. É, ainda, uma alternativa para reduzir a metabolização pelo fígado, pois, quando se usa o anel vaginal contraceptivo, o hormônio sintético entra no sistema venoso e é absorvido como o natural, que é produzido pelo ovário. Sua assimilação também não interfere nas condições gastrointestinais, evitando possibilidades de diarreia e/ou vômito em organismos mais sensíveis.

Como ocorre a absorção de hormônios no caso do anel vaginal?
A paciente que toma a pílula, depois de meia hora, começa a absorvê-la. Os hormônios se elevam no sangue e depois de três a seis horas o pico hormonal cai. Já o anel vaginal libera pequenas quantidades de hormônios de maneira constante, sendo absorvidas continuamente. É essa forma de administração que permite o método apresentar baixa quantidade de hormônio com controle de ciclo superior às pílulas anticoncepcionais com o dobro da dose.

A remoção é simples?
Sim. A remoção, após três semanas de uso, poderá ser feita enganchando o dedo indicador sob o anel ou segurando o anel entre os dedos indicador e médio e puxando-o para fora.
O parceiro vai sentir o anel vaginal contraceptivo?
Há muitos homens que não o sentem. Estudos apontaram que 80% não chegaram a notar qualquer diferença durante o ato sexual. Para os que perceberam a sua presença, a maioria disse que notou algo, mas não soube o que era e outros disseram ter sentido algo mais prazeroso do que sem o anel, uma sensação semelhante à de uma pequena rugosidade na vagina.
Pode sair durante a relação sexual?
Sim, às vezes pode sair, mas basta colocá-lo novamente, após lavá-lo em água fia ou morna, nunca quente. Isso não ocasiona problema algum desde que a mulher tome o cuidado de não ficar sem o anel por mais de três horas. Já no dia a dia, o anel pode sair acidentalmente, por exemplo, se não tiver sido adequadamente colocado.
O anel contraceptivo vaginal pode causar infecção?
Não. O estrogênio presente no anel, ao ser liberado, aumenta em 2,6 vezes a quantidade de lactobacilos que povoam a vagina e esses micro-organismos cumprem o papel de equilibrar a saúde do órgão genital. Pode ocorrer um aumento da secreção vaginal, o que, para algumas mulheres, é muito benéfico, principalmente àquelas que estão na perimenopausa ou que utilizam pílula há muito tempo.

Pode ser usado com absorventes internos?
Sim, é possível utilizar ambos ao mesmo tempo. Basta colocar o anel vaginal contraceptivo antes do absorvente interno e prestar atenção ao retirá-lo para ter certeza de que o anel não foi removido acidentalmente. Se isso ocorrer, é necessário lavar o anel em água fria ou morna, nunca quente, e recolocá-lo imediatamente.

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