2.13.2015

LEUCEMIA É O CÂNCER QUE MAIS MATA CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Leucemia é o câncer que mais mata crianças e adolescentes
De acordo com hematologista, a leucemia afeta as células brancas do sangue e se desenvolve na medula óssea. 
Um dos cânceres mais comuns na infância, a leucemia, é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos (leucócitos) e não tem origem definida. Apesar de a leucemia linfóide aguda ser o câncer mais curável em crianças, ainda é o tipo que mais mata pacientes entre 0 e 18 anos, de acordo com o INCA. Foram estimados cerca de 350 mil casos novos e 265 mil óbitos por leucemia no mundo no ano de 2012.

De acordo com o hematologista, Dr. Luiz Cláudio de Carvalho Duarte, a leucemia afeta as células brancas do sangue e se desenvolve na medula óssea. “Na leucemia há a alteração na produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas), causando anemia, deixando a imunidade baixa, provocando sangramento nas gengivas, pelo nariz e aparecendo manchas roxas ou pontos vermelhos na pele”, explica o médico.

Além dos sintomas citados pelo especialista, a leucemia também pode provocar inchaço nos gânglios linfáticos (ínguas), principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações pela infiltração das células doentes na membrana que reveste os ossos, além de dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e confusão mental quando sangramento ou infiltração no cérebro.

Segundo Dr. Luiz Cláudio, as causas da leucemia não são bem definidas, porém, alguns fatores de risco podem interferir em sua incidência, como: tabagismo, exposição à radiação, síndrome de Down e outras doenças hereditárias, exposição ao benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e na indústria química), quimioterapia, síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas.

Tipos e classificações
As leucemias são dividias em dois grupos: crônicas e agudas. A forma crônica acontece quando há um aumento no número de células maduras anormais, progredindo lentamente. Já a fase aguda acontece com o aumento rápido no número de células jovens do sangue (chamadas blastos), o que faz com que a medula óssea seja incapaz de produzir células sanguíneas saudáveis. Dentre estes dois grupos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, a leucemia se classifica em:

- Leucemia linfóide crônica: afeta as células linfóides e se desenvolve lentamente. É mais comum em pessoas acima de 55 anos e raramente afeta crianças.
- Leucemia mielóide crônica: afeta as células mielóides e se desenvolve lentamente. Acomete principalmente adultos.
- Leucemia linfóide aguda: afeta as células linfóides e se agrava rapidamente. É mais comum em crianças, mas também pode atingir adultos.
- Leucemia mielóide aguda (LMA): afeta as células mielóides e se agrava rapidamente. É mais comum em adultos, mas também pode atingir crianças. Existem alguns subtipos de LMA e o tipo chamado promielocítica aguda se caracteriza por um aumento do risco de sangramento. 

Tratamento
O tratamento da leucemia vai depender do tipo e dos marcadores prognósticos (alterações cromossômicas e moleculares), por isso, cada caso é avaliado separadamente. Inclui no tratamento a quimioterapia, a terapia alvo (a pessoa toma medicamentos que agem diretamente na fonte da doença) e em alguns casos transplante de medula. “Geralmente o transplante de medula óssea é realizado em casos de prognóstico ruim ou na recidiva da doença, dependendo da idade do paciente”, finaliza o especialista.

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