7.08.2015

Continua a marcha da insensatez

8 de julho de 2015

Continua a marcha da insensatez capitaneada por parte da mídia. Estranhamente os jornais de hoje não deram destaque à nota de apoio a presidenta e de repúdio às tentativas de impeachment divulgada pelos partidos da base de apoio ao governo. Mas deram amplo destaque às falas da oposição e continuam apostando na pressão sobre o Tribunal de Contas da união (TCU) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apostam também nas “conversas”, como diz uma articulista da Folha, de ministros de ambos os tribunais, senadores e deputados de vários partidos, advogados e empresários, sobre a maneira de “ejetá-la”, isso mesmo, da cadeira Presidencial. Certa imprensa não esconde a torcida e o apoio explícito ao golpismo travestido de decisão judicial.
Outra frente de intriga é o PMDB, com as várias versões publicadas sobre a exigência não apenas de setores do partido mas também da base aliada de que Michel Temer que deixe a articulação política do governo. O objetivo claro disso é imobilizar o governo e deter a reconstituição da base de apoio na Câmara. Como não há base legal para a rejeição das contas eleitorais da presidenta no TSE ou das contas do governo no TCU, buscam envolver o PMDB no apoio a uma das soluções TSE-TCU para “apeá-la” do poder, como diz a mesma articulista da Folha.
Esse é o jogo atual. Impedir que o governo recomponha sua base de apoio e arrastar o PMDB para a aventura golpista.
No médio prazo, contam com as mobilizações que começam dia 16 de agosto para dar ar de legitimidade ao golpe legal.
Nossa resposta deve ser a iniciada pela presidenta, que continua com a reunião e a nota dos partidos da base do governo, as notas das bancadas do PT, do PC do B e o manifesto das entidades e movimentos sociais que publicamos aqui no blog.
Mas não devemos subestimar a articulação golpista. Sem medo, devemos ir para as ruas, fazendo mobilizações  e atos públicos, denunciar o intento golpista nos foros internacionais, informar a opinião pública democrática mundial dos riscos que corre nossa democracia.
Não devemos vacilar em nosso irrenunciável direito de defender a soberania popular e a Constituição, o Estado Democrático de Direito, o mandato soberano da Presidenta Dilma
.Zé Dirceu

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