Aécio recebeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo, diz delator
Propina teria sido usada, em 2000, para eleger tucano na Presidência da Câmara
Brasília
- Nas mais de 400 páginas de sua delação premiada, o ex-diretor da
Transpetro Sérgio Machado fez revelações sobre a existência de um grande
esquema de corrupção para eleger o hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG) à
presidência da Câmara, em 2000, e estruturar uma ampla base de apoio
para o governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso. Na época,
Machado, hoje no PMDB, era senador pelo PSDB. Segundo ele, o próprio
Aécio teria recebido na ocasião R$ 1 milhão em dinheiro vivo.
Aos investigadores, Machado contou que ficou acertado entre ele, Aécio e Teotônio Vilela, então presidente nacional do PSDB, que levantariam recursos financeiros para ajudar cerca de 50 deputados a se elegerem, o que viabilizaria o apoio à eleição de Aécio ao comando da Câmara. Esse recurso foi solicitado à campanha nacional de Fernando Henrique Cardoso, que se reelegeu presidente em 1998.
Em nota, Aécio negou que tenha usado propinas para comprar apoio. Disse que as acusações são “falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar”. Aécio já é investigado em dois outros inquéritos.
Lista tem nome de 20 políticos
Na delação, Sérgio Machado relatou ter repassado propina a mais de 20 políticos de diferentes partidos, passando por PMDB, PT, DEM, PSDB, PC do B e PP. Na lista entregue por Machado estão o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Felipe Maia (DEM-RN).
Há ainda os caciques do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), José Sarney (AP) e Jader Barbalho (PA), e também os parlamentares e ex-parlamentares Cândido Vaccarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edison Lobão (PMDB-MA), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Walter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO).Todos negaram ter recebido propina.
Aos investigadores, Machado contou que ficou acertado entre ele, Aécio e Teotônio Vilela, então presidente nacional do PSDB, que levantariam recursos financeiros para ajudar cerca de 50 deputados a se elegerem, o que viabilizaria o apoio à eleição de Aécio ao comando da Câmara. Esse recurso foi solicitado à campanha nacional de Fernando Henrique Cardoso, que se reelegeu presidente em 1998.
Foram arrecadados cerca de R$ 7 milhões à época,
de acordo com Machado, dentre recursos que vieram de empresas e também
do exterior. Segundo ele, parte dos recursos veio da campanha de FHC,
por intermédio de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das
Comunicações do governo tucano.
“Esses recursos
ilícitos foram entregues em várias parcelas em espécie, por pessoas
indicadas por Mendonça; que os recursos foram entregues aos próprios
candidatos ou a seus interlocutores; que a maior parcela dos cerca de R$
7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado
Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão em dinheiro”, contou Machado.
De
acordo com seu relato, Aécio recebia os valores “através de um amigo de
Brasília que o ajudava nessa logística”. Mas Machado não informou o
nome da pessoa. O delator também confirmou outros depoimentos sobre
Aécio em relação ao recebimento de propina de Furnas e disse que “parte
do dinheiro para a eleição de Aécio para a Presidência da Câmara veio de
Furnas”, então comandada por Dimas Toledo.Em nota, Aécio negou que tenha usado propinas para comprar apoio. Disse que as acusações são “falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar”. Aécio já é investigado em dois outros inquéritos.
Lista tem nome de 20 políticos
Na delação, Sérgio Machado relatou ter repassado propina a mais de 20 políticos de diferentes partidos, passando por PMDB, PT, DEM, PSDB, PC do B e PP. Na lista entregue por Machado estão o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Felipe Maia (DEM-RN).
Há ainda os caciques do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), José Sarney (AP) e Jader Barbalho (PA), e também os parlamentares e ex-parlamentares Cândido Vaccarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edison Lobão (PMDB-MA), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Walter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO).Todos negaram ter recebido propina.
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