11.06.2009

REJEIÇÃO




















Como Lidar com a Rejeição

Normalmente as pessoas que conseguem lidar melhor com a rejeição são muito seguras e possuem uma boa estrutura familiar, trabalho e amizades. Quando mais frágis, mais difícil é lidar com o sentimento de rejeição. E para esclarecer
nossas dúvidas e bater um papo com a gente convidamos...

O Medo de Rejeição, a ansiedade e a timidez "travam" a nossa naturalidade na vida social, impedindo-nos de usufruir alguns dos melhores momentos da vida e de conhecer ótimas pessoas.

Diante da insegurança generalizada na paquera, qual a melhor maneira para minimizarmos os riscos de "levar um fora" e a ansiedade nessas oportunidades?

Quando se termina uma relação afetiva, é mais do que normal se sentir triste, principalmente quando foi o parceiro ou
parceira que encerrou o relacionamento. Levar um fora machuca. Mas isto pode ser superado, cada um em seu tempo.
O problema existe quando a pessoa se sente rejeitada e incapaz de ter outras relações, e aparece o medo de ficar
sozinha para o resto da vida. A rejeição está diretamente ligada à baixa auto-estima. Sem segurança, a pessoa se sente
rejeitada constantemente e isso afeta como ela vai se relacionar durante a sua vida.


As pessoas conseguem lidar melhor com a rejeição quando são muito seguras e possuem diversos pilares de sustentação,
como uma boa estrutura familiar e o trabalho. Quanto mais frágil, mais dificilmente a pessoa saberá lidar com a
rejeição.

Tudo isto está ligado com a história do indivíduo, especialmente na infância. A estrutura da personalidade humana é formada neste período. As pessoas fazem estes questionamentos na vida adulta, mas isto tem uma história. Quando
chega na fase adulta, as pessoas chegam a estes comportamentos repetitivos, sem ter noção disso. Vai para a fase adulta com uma criança ferida em seu interior. É essencial uma base bem elaborada. Os pais precisam valorizar e aceitar
seus filhos. No entanto, muitos apenas criticam e castigam. Isto mexe com a auto-estima da criança, que acaba se sentindo culpada. Fica aquela sensação de que não consegue fazer com que o outro a ame. Quando adulto, já existe uma preocupação com as relações afetivas, já vai com o sentimento de culpa. Já vem com o pensamento de que está sendo abandonado novamente. Inconscientemente, pode provocar um novo abandono.

A professora do curso de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e autora de oito livros sobre interações,
Lídia Weber, declara que as pessoas inseguras provavelmente tiveram uma história de rejeição com os pais ou durante a
vida. Estas relações podem trazer conseqüências para outros relacionamentos, classifica. Muitas mulheres, por exemplo,
depois de casos de abandono ou fim de relacionamentos, dizem uma frase bem conhecida: Não posso mais confiar nos
homens. Mas a rejeição também afeta os homens. Não é problema exclusivo de ninguém.

Os rejeitados não procuram relacionamentos que podem ser melhores ou com maior duração. Uma pessoa que se sente rejeitada pode adotar dois tipos de comportamento. Uma das opções é ficar com o pé atrás, mais distante do parceiro.
Existem pessoas que têm tanto medo de serem abandonadas que acabam se fechando. Ou ainda procuram a troca constante de parceiros porque têm receio de se sentirem rejeitadas. Não criam vínculos, não têm intimidade com
ninguém, porque acham que serão abandonadas. Acabam quando o relacionamento começa a ficar bom. A segunda opção é grudar demais no companheiro. Com medo de perder a pessoa, o parceiro gruda na outra, o que sufoca e
também pode trazer problemas.

Lídia comenta que a pessoa que namora mais consegue selecionar melhor os seus companheiros. Além disso, aprende
a lidar com a rejeição. A pessoa acaba aprendendo o jogo social, de dar ou levar um fora. Não tem jeito de não sofrer com
o fim de um relacionamento. A não ser que seja o primeiro namorado e fique com ele para sempre. Como tudo, é
preciso equilíbrio, indica. Ela lembra que o amor é característica básica do ser humano, que precisa de afeto e atenção.

Entendimento é o caminho para superar má-fase

O ciclo da rejeição pode ser quebrado quando a pessoa entende que também tem seu valor, que suas qualidades são
extremamente importantes. Quando se começa este processo de entendimento, a pessoa busca melhores
relacionamentos. A pessoa deixa de se sentir rejeitada quando aumenta a sua auto-estima. No lugar de projetar a culpa
nos companheiros, ela passa a enxergar que o vazio é dela. Assim, busca comportamentos sadios.

A pessoa que tem uma auto- estima alta encara o fim de um relacionamento de uma maneira bem diferente daquela
com uma baixa auto-estima. Quem tem uma boa auto - estima, quando termina a relação, fala que vai partir para outra,
que não deu certo, mas que vai seguir com a vida. Isto não acontece com a pessoa com baixa auto-estima. Lógico que é
doído e a dor emocional nem sempre é respeitada. Mas não se pode paralisar a vida por causa disso.

Quem se sente rejeitado com o fim de relacionamentos pode perder a vontade de trabalhar e de se relacionar, além de
enfrentar o sentimento de culpa. Começa também a se descuidar física e emocionalmente. Fica com aquele pensamento:
Nada dá certo comigo. E acaba fazendo isso com ela mesma. Se é insegura quanto à aparência, precisa lembrar que
também tem qualidades físicas. E deve explorá-las. Quem se sente segura sobre si mesma, passa a ser atraente para
o outro, mesmo que não se encaixe no dito padrão de beleza. O interno reflete no externo.
Antenados

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