A oxidação é uma reação química básica encontrada na natureza. Embora a maior parte da oxidação e da produção de radicais livres seja inerente à biologia humana, ocorrendo durante o processo metabólico natural, o elevado nível de estresse oxidativo e radicais livres (RLs) pode se tornar um grande problema quando foge do controle.
Infelizmente, na sociedade moderna, ingerimos uma grande quantidade de alimentos ricos em calorias, mas pobres em antioxidantes e nutrientes, as chamadas "calorias vazias" - uma das causas fundamentais da prevalência crescente do estresse oxidativo. "Porém, nem tudo é uma questão somente de alimentação", adverte a médica nutróloga Giane Galvão.
Ela explica que, apesar da alimentação ser essencial, precisamos considerar outros fatores além da dieta e do estilo de vida saudável. É importante também a dinâmica eficaz do sistema gastrintestinal, tanto na absorção de nutrientes quanto na desintoxicação, representada por uma flora intestinal equilibrada.
"A flora intestinal está intimamente relacionada com a resposta imunológica, principalmente pela capacidade de promover anticorpos, bem como facilitar a absorção dos nutrientes essenciais para a manutenção da dinâmica metabólica", elucida a médica.
"Hoje devemos buscar todas as formas de estímulo para desenvolver as melhores defesas imunológicas possíveis, já que a imunidade é um dos parâmetros primordiais de saúde", acentua.
Os antioxidantes são substâncias que o organismo produz para se proteger dos efeitos danosos dos radicais livres, pois eles os detêm no meio do caminho e interrompem
a cascata de formação de outros RL s. Fazem parte da nossa primeira linha de defesa: as enzimas superóxido dismutase, a glutationa e a catalase, que são produzidas e promovidas por um organismobem nutrido, num processo chamado redução.
Sabe-se, através de pesquisas, que uma infinidade de nutrientes, chamados de vitanutrientes antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno, selênio, zinco, N-acetil cisteína, L-carnitina, L-glutamina, coenzima Q10, picnogenol, ácido lipoico bioflavonoides, gingko biloba, lactobacyllus, FOS-frutooligosacarídeos), e alguns
hormônios são poderosos no combate aos radicais livres e estresse oxidativo e na promoção da imunidade.
SegundoDra. Giane, nos últimos anos, até os periódicos mais tradicionais de medicina, como The New England Journal of Medicine e o Journal of The American Medical Association, publicaram artigos importantes sobre os benefícios das vitaminas antioxidantes. "Mas o que o ciclo de antioxidantes mostra é que nenhum antioxidante oferece por si uma cura milagrosa. Para mantermos a boa saúde, precisamos de todos eles", conclui a médica.
Entendendo o processo de oxidação
Quando algo oxida, é danificado pelo oxigênio. Mas não pelo tipo de oxigênio que respiramos (O2), com o qual estamos familiarizados. A oxidação é causada por
átomos únicos de oxigênio, chamados apenas de O.
As moléculas de oxigênio O2, gostam de ficar aos pares, de ter dois elétrons. Os radicais livres, porém, são um
tipo de "oxigênio reativo" que apresenta somente uma molécula. Por isso, eles saem em busca de um elétron para roubar de outra molécula.
A molécula da qual eles retiraram o elétron fica danificada (sofre oxidação); essa, por sua vez, percorre o organismo em busca de um outro elétron para roubar. Enfim, é pela ação dos radicais livres, uma espécie reativa de oxigênio, que ocorre o estado chamado estresse oxidativo, ou oxidação.
Os radicais livres originam-se primordialmente nas fábricas de energia das células, as mitocôndrias. A função das mitocôndrias é promover a combustão das fontes energéticas (carboidratos e gorduras) que, junto ao
oxigênio, são transformadas em energia a ser usada pelo organismo: o trifosfato de adenosina, ou ATP.
O superóxido e a hidroxila constituem os principais subprodutos desse processo chamado combustão, como, por exemplo, o gás que sai do cano de descarga do carro. "O
fato é que o estresse oxidativo e os radicais livres, quando fogem do controle, deixam um rastro de destruição",
alerta a médica nutróloga Giane Galvão.
Os radicais livres não se restringem somente ao "oxigênio reativo", mas a todas as intoxicações por metais pesados que se comportam de modo semelhante.
Nesta categoria estão incluídos o chumbo, mercúrio, cádmio, arsênico, níquel, alumínio, tálio e ferro, quando em excesso. Conforme Dra. Giane, estudos indicam que o excesso de ferro no sangue pode sinalizar intoxicação por outros metais pesados e, por isso, é importante uma investigação.
"Sabemos que níveis elevados de ferro promovem a oxidação do LDL, ou colesterol ruim, que é um fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, como as coronariopatias, infarto agudo do miocárdio, AVC e a arteriosclerose", explica a médica.
É interessante observar que o sistema imunológico utiliza os radicais livres para destruir os invasores. No entanto, qualquer doença ou infecção cria grande quantidade de RLs. Por isso, processos de infecções crônicas no corpo, como a disbiose, gastrite por H.pylori, candidíase intestinal, sinusites ou simplesmente resfriados repetitivos alimentam altos níveis de estresse oxidativo e, assim, mais danos podem causar.
Outra fonte de radical livre é a gordura poli-insaturada, sobretudo na forma de óleo vegetal parcialmente hidrogenado - as terríveis gorduras trans -, assim como todos os poluentes ambientais (agrotóxicos, pesticidas, herbicidas, ozônio, fumaça de cigarro, descarga de automóveis) e uma variedade cada vez maior de substâncias químicas industriais.
O estresse oxidativo e os radicais livres cometem seus maiores danos no nível celular, através da peroxidação lipídica. Atacam as membranas celulares, comprometendo a oferta de nutrientes e a eliminação de resíduos, danificando as mitocôndrias e prejudicando a produção de energia.
Rompem moléculas de proteína, desestabilizam sistemas enzimáticos e desestruturam o DNA, provocando mutações genéticas e divisões celulares descontroladas que podem levar ao câncer. "Em geral, observamos que o estresse oxidativo e os radicais livres estão diretamente associados à progressão de todas as doenças degenerativas crônicas, acelerando o processo de envelhecimento em todos os sistemas orgânicos, incluindo o sistema imune", explica a nutróloga.
Atualmente, é possível avaliar o estresse oxidativo e suas consequências sistêmicas através de exames de sangue. Conforme a nutróloga, os marcadores bioquímicos são ferramentas valiosas para a prevenção, diagnóstico e até prognóstico de diversas disfunções metabólicas relacionadas ao estresse oxidativo.
Orientações para um estilo de vida
saudável, prevenindo o estresse oxidativo
• Consuma predominantemente alimentos
frescos, frutas, legumes e verduras
• Consuma alimentos integrais, se possível de
origem orgânica
• Diminua o consumo de proteína animal,
que é pobre em antioxidantes.
• Consuma diariamente dois a três litros de água
de boa procedência, de preferência alcalina
• Coma regularmente, de três em três horas,
porções pequenas e variadas
• Consuma suplementos nutricionais e
fitoquímicos com ação antioxidante
• Pratique exercícios físicos regularmente e
reduza o estresse
• Durma de sete a nove horas por noite
• Trate as infecções crônicas (gastrites e
disbiose), diminuindo a exposição a
endotoxinas , bactérias e fungos
• Promova a desintoxicação do
sistema gastrointestinal e do
fígado
• Faça exames de marcadores bioquímicos no sangue periodicamente
• Faça quelação de metais pesados e vitalização
quando necessário
Sintomas comuns de pessoas
com nível alto de oxidação:
Cansaço, fadiga
Ansiedade, irritabilidade, depressão
Déficit de memória e cognição
Distúrbios do sono, roncos e apneias
Dores musculares e articulares
Diminuição da libido
Dor de cabeça, enxaquecas
Alergias e imunodepressão
Menor resistência às infecções
Distúrbios glicêmicos
Compulsões alimentares
Ganho ou perda de peso
Homens que combatem o estresse oxidativo
Todos os pacientes que alcançaram seus objetivos são os que procuram seguir um programa bem elaborado de dieta, suplementação com vitanutrientes e orientações para um estilo de vida saudável
A Nutrologia promove tratamentos que combatem o processo de oxidação celular, estimulando a imunidade, retardando o envelhecimento e preservando a qualidade de vida.
Eduardo Ribas Fontana, 40 anos, executivo "Há mais de três anos me trato com a nutrologia, estimulado por minha esposa, que já fazia o tratamento com ótimos resultados. Num período de muito estresse, resolvi buscar um tratamento que melhorasse minha qualidade de vida, que reduzisse o sobrepeso e que também fosse preventivo, para garantir saúde na velhice. Os exames revelaram um nível de estresse muito alto, indícios de diabetes, hipotiroidismo, candidíase intestinal, alguns déficits nutricionais e excesso de ferro. Com o tratamento, passei a ter mais disposição, meu nível de glicose está normal, a disbiose está controlada e me sinto muito mais tranquilo. Consegui colocar meu organismo no eixo e tenho boas perspectivas a longo prazo".
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