8.30.2010

HIPERTENSÃO ARTERIAL: PATOLOGIA E DIAGNÓSTICO

Hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90mmHg. Trata-se de uma patologia de início silencioso com repercussões clínicas importantes para os sistemas cardiovascular e renovascular, acompanhada freqüentemente de co-morbidades de grande impacto para os
indicadores de saúde da população.
Para prevenir doenças cardiovasculares, os indivíduos com PA sistólica de 120 a 139 mm Hg ou PA diastólica de 80 a 89 mm Hg devem ser considerados pré-hipertensos e começar modificações do estilo de vida para promover saúde.
A determinação do risco cardiovascular – RCV depende da classificação do estágio da hipertensão assim como da presença de fatores de risco cardiovascular, lesões de órgãos-alvo e condições clínicas associadas.
Diagnosticada a Hipertensão, deve-se investigar os órgãos-alvo para lesões e, portanto, sujeitos a complicações:
 Coração: hipertrofia de ventrículo esquerdo, documentada ao ECG, estando fortemente
relacionada com o risco de infarto do miocárdio e morte súbita.
 Rins: desde microalbuminúria / proteinúria ou discreto aumento de creatinina à insuficiência
renal terminal.
 Cérebro: fundo de olho e exame neurológico.

Identificação dos fatores de risco cardiovascular

Fatores de risco maiores
 Tabagismo
 Dislipidemia
 Diabetes melito
 Nefropatia
 Idade acima de 60 anos
 História familiar de doença cardiovascular em


Outros fatores
 Relação cintura/quadril aumentada
 Circunferência da cintura aumentada
 Microalbuminúria
 Tolerância à glicose diminuída/glicemia de jejum alterada
 Hiperuricemia
 PCR ultra-sensível aumentada
Identificação de lesões de órgãos-alvo e doenças cardiovasculares
 Hipertrofia do ventrículo esquerdo
 Angina do peito ou infarto agudo do
miocárdio prévio
 Revascularização miocárdica prévia
 Insuficiência cardíaca
 Acidente vascular cerebral
 Isquemia cerebral transitória
 Alterações cognitivas ou demência vascular
 Nefropatia
 Doença vascular arterial de extremidades
 Retinopatia hipertensiva
O tratamento inicial é realizado por modificações do estilo de vida:
 Perder peso se ele for excessivo.
 Limitar a ingestão de álcool a, no máximo, 30 g/dia de etanol(p.ex., 720 ml de cerveja, 300 ml de vinho ou 60 ml de uísque) por dia ou 15 g/dia de etanol por dia para mulheres e pessoas de menor peso.
 Aumentar a atividade física aeróbica (acumular 30 a 45 minutos na maioria dos dias da semana).
 Reduzir a ingestão de sódio para no máximo 100 mmol/dia ( 2,4 g de sódio ou 6g de cloreto de sódio).
 Manter uma ingestão adequada de potássio dietético (aproximadamente 90 mmol/dia ou
3,5g/dia).
 Manter uma ingestão adequada de cálcio e magnésio dietéticos para ter uma boa saúde
geral.
 Parar de fumar.
 Reduzir a ingestão de gordura saturada dietética e de colesterol para ter uma boa saúde cardiovascular.

Os anti-hipertensivos usados são:
 Diuréticos
 Inibidores adrenérgicos (ação central, alfa1-bloqueadores, beta-bloqueadores)
 Vasodilatadores diretos
 Bloqueadores de canais de cálcio
 Inibidores da enzima conversora da angiotensina
 Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II

Fonte:Linha Guia do Cuidado Farmacêutico

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