12.02.2011

O Brasil de Dilma

Brasil vai ajudar FMI com injeção de recursos para resolver crise do Euro

Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, foi recebida pela presidenta Dilma e por Guido Mantega em Brasília

Terra

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Após reunião com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o Brasil e demais países emergentes concordaram em injetar recursos no FMI para que o fundo ajude as nações da zona do Euro, principalmente, a sair da crise financeira. O aporte de dinheiro, no entanto, está condicionado ao aumento da participação de países emergentes nas decisões do fundo e à contribuição financeira também dos Estados Unidos e Europa. A reunião entre Mantega e Lagarde aconteceu após encontro da diretora do FMI com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

"Embora o FMI hoje esteja muito mais forte e preparado que em 2008, o Brasil está disposto a colaborar para um aporte adicional de recursos através de acordos bilaterais de crédito no FMI. Não há quantia definida, isso é uma discussão que faremos com os BRICs, que concordaram em fazer um aporte ao FMI, porém está condicionado à continuação das reformas de cotas que já foram acertadas em 2009 e 2010 e que nós tenhamos, também, a colaboração de outros países com mais recursos para o FMI", disse Mantega.

O ministro brasileiro criticou a atuação do Banco Central Europeu (BCE) e disse que o FMI está fazendo um papel que cabe à autoridade monetária do bloco econômico. "Mesmo que eu ache que a União Europeia possua os instrumentos para superar a crise, eles estão demorando, isso justifica a injeção extra de recursos no fundo. O banco central europeu pode resolver a situação, mas enquanto isso não acontece, a situação se deteriora. Nossa preocupação é também que a crise atinja, em maior escala, os emergentes", afirmou.

Lagarde elogiou as medidas macroeconômicas brasileiras e disse que o País é o mais imune e preparado para enfrentar a crise. "Do ponto de vista do FMI, o Brasil é um país que tem um histórico extremamente sólido, está numa situação favorável devido à políticas sólidas. Acreditamos que o Brasil está mais imune e mais bem protegido que qualquer outro país dos efeitos de contaminação das crise do euro", disse.

A diretora do FMI também elogiou os programas de estímulo ao consumo lançados pelo governo brasileiro e afirmou que o mercado interno é a "arma" do País para reduzir os impactos da crise. "Do nosso ponto de vista, o Brasil está estabelecendo os padrões para programas de desenvolvimento econômico para todos os países", disse.
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