3.07.2012

Comidinhas só para elas

DICAS DE ALIMENTAÇÃO PARA AS MULHERES EM CADA FASE DE SUAS VIDAS

Dicas de alimentação para as mulheres em cada fase de suas vidas
Gravidez ou menopausa. Em casa fase, a mulher precisa cuidar mais da saúde. Confira dicas de alimentação saudável.

O corpo da mulher tem um funcionamento próprio, bastante diferente do homem. Ao longo da vida, ela passa por diferentes fases que envolvem alterações hormonais, como a gravidez e a menopausa, por exemplo. Por isso, é tão importante adequar a alimentação para cada uma dessas fases. Só assim é possível viver mais e melhor.

Qualidade de vida
O bem-estar feminino acabou ficando comprometido devido às constantes mudanças no estilo de vida das mulheres. Com a participação cada vez mais ativa na sociedade, fica complicado dar a atenção necessária aos hábitos alimentares saudáveis.
Porém, em função de doenças que afetam mais as mulheres, os cuidados com a alimentação devem seguir no caminho da prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, artrite, artrose, osteoporose, TPM, acne, além da atenção às dificuldades de cada fase da mulher, como por exemplo, as deficiências da menopausa e as necessidades da gravidez.

Alimentação e faixa etária
Segundo Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do HCor - Hospital do Coração, de São Paulo, para uma alimentação equilibrada, alguns fatores devem ser considerados na hora da elaboração do cardápio: peso, altura, idade, atividade física e intelectual, fator estresse, hábitos alimentares e riscos nutricionais.
“De acordo com a faixa etária, elas precisam aumentar ou diminuir o consumo de determinados nutrientes. As meninas, no início do período menstrual, possuem necessidades diferentes das mulheres executivas e muito diferentes daquelas da terceira idade. Na adolescência, por exemplo, quando 85% das jovens têm acne com situação acentuada no período menstrual, deve-se aumentar o consumo de frutas e vegetais ricos em vitamina A (mamão, cenoura, abóbora) e C (laranja, limão, acerola, abacaxi) bem como elevar o consumo de água e diminuir o consumo de gorduras e açúcares”, explica o médico.

Doenças mais comuns em mulheres
Dados mostram que há um número crescente de mulheres jovens que morrem vítimas de doenças cardiovasculares, sendo as principais causas o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio. O AVC lidera as estatísticas de causa de morte em mulheres entre 15 e 49 anos e em seguida, está o infarto.
“Entre as jornadas de trabalho e afazeres domésticos, é importante que as mulheres organizem-se para cuidarem de si. A maioria não costuma fazer exames preventivos de problemas cardiovasculares e não consegue parar de fumar, manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, controlar o colesterol entre outras atitudes importantes” afirma Daniel Magnoni.
Além disso, o diabetes continua sendo um grande vilão para o coração feminino. A taxa de mortalidade de uma diabética que teve infarto é 20 vezes maior do que de uma mulher sem o problema.
Durante a fase adulta também é importante que as mulheres cuidem da saúde dos ossos, prevenindo a artrite, artrose e osteoporose. No Brasil, estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas são atingidas pela artrite reumatóide - doença crônica que destrói as juntas do corpo -, podendo chegar até 5% em mulheres com mais de 55 anos.

“A alimentação saudável e equilibrada é um dos fatores essenciais na prevenção desses tipos de doença. O consumo do azeite extra-virgem, que contém antioxidantes, o leite e seus derivados, alimentos ricos em cálcio, entre outros alimentos, além de caminhadas e controle do peso são algumas das tarefas necessárias para a prevenção”, conclui Daniel Magnoni.

Para cada fase, um cardápio diferente

• Adolescência (Acne,inchaço, anemia, formação dos ossos etc.) - Consumo de vitamina A (mamão, cenoura, abóbora) e C (laranja, limão, acerola, abacaxi), carnes, feijão, lentilha, cereais enriquecidos com ferro e alimentos cítricos. Evitar o consumo excessivo de sal, shoyo, caldo de carne ou frango industrializado, além dos alimentos processados. Consumir cálcio na forma de leite e derivados, associado ao consumo de vitamina D (leite, ovos, margarina e banhos de sol)

• Mulher adulta (obstipação, TPM, prevenção da saúde dos ossos etc.) - Diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas, café, sal; consumir leite e seus derivados, praticar atividade física, entre outros.

• Mulher madura (menopausa, osteoporose, artrite, artrose, câncer etc) - Consumir alimentos enriquecidos com fibra, hortaliças, frutas e legumes, cálcio, praticar atividades físicas etc.

• Idosa - Consumir alimentos como vegetais verdes e amarelos (ricos em vitamina C que ajudam a reduzir os danos às células) e ervilha e feijão (ricos em zinco que melhora o funcionamento do sistema imunológico), evitar os alimentos ricos em gordura e açúcares.

E na fase mais importante da sua vida (Gravidez):

As dez comidinhas prontas ideais para grávidas (e cinco a evitar)

Um dos luxos da vida moderna é poder comprar comida pronta e gostosa. O único problema é que muitas vezes elas estão cheias de conservantes e ingredientes que é melhor evitar durante a gravidez. Mas existem comidinhas rápidas e convenientes que são saudáveis de verdade, para aquelas ocasiões em que você precisa matar na hora aquela fome repentina e radical, que vem do nada.

Fast food saudável

1. Salada de fruta e porções individuais de fruta prontas para o consumo, vendidas em supermercados. Prefira saladas de frutas sem açúcar.

2. Leite de soja ou suco com soja em caixinha. Carregue uma embalagem do seu sabor preferido na bolsa. Dependendo do tipo, uma embalagem já supre até um terço das suas necessidades diárias de vitamina D e cálcio durante a gravidez. Confira os dados nutricionais na embalagem para ter certeza de que o produto contém cálcio. Leites com chocolate de caixinha também valem, mas não abuse, porque eles podem ter açúcar demais.

3. Uva passa. Um punhado de 30 gramas fornece 2 gramas de fibra, 4 por cento da quantidade diária recomendada de ferro e até 1 grama de proteína.

4. Iogurte natural. Esse alimento clássico e conveniente pode fornecer até 25 por cento da sua necessidade diária de cálcio, além de proteína, fibra e várias outras vitaminas e sais minerais. Vale tomar com colher ou de beber. Você também pode bater com frutas, para variar o gosto.

5. Misturinha de cereal, amêndoas e frutas secas. Misture algum tipo de cereal com amêndoas ou castanhas de caju e passas ou a fruta seca de que mais gostar, e mantenha um saquinho no carro, por exemplo, ou na bolsa, para um lanchinho crocante e nutritivo que pode ser feito em qualquer lugar.

6. Bufê de saladas. Aproveite ao máximo essa opção nos restaurantes, em especial nos "quilos", e sirva-se de verduras, legumes e até frutas. Boas opções são espinafre, cenoura, tomate, erva-doce, pepino, abobrinha. O grão-de-bico é uma ótima fonte de proteína.

7. Palitinhos de cenoura. A cenoura contém bastante vitamina A e fibras. Você pode preparar seus palitinhos de cenoura em casa e carregá-los durante o dia, ou então comprar saquinhos de cenouras baby no supermercado. Outra opção é refogá-las no jantar com outras verduras, como brócolis, couve-flor e espinafre (que podem ser encontrados em alguns supermercados já lavados e congelados, para economizar seu tempo).

8. Queijo. Tenha sempre na geladeira mussarela em nozinhos ou palitinhos, bolinhas de mussarela de búfala ou potinhos de queijo cottage, o que preferir. Se achar versões light, com menos gordura, melhor. O queijo é rico em cálcio e possui alguma proteína. E, desde que você não vá passar o dia inteiro fora num clima muito quente, dá para carregar um pouco na bolsa para o lanchinho da manhã, por exemplo. Só tome cuidado com queijos tipo frescal e queijo coalho, que podem ser feitos com leite não-pasteurizado. Queijos com fungos, como gorgonzola, brie e roquefort, também não são aconselháveis.

9. Sucos naturais. Em qualquer esquina você consegue encontrar um suco de laranja fresquinho, feito na hora. Varie os sabores pedindo para acrescentar acerola, mamão ou cenoura, ou o que você gostar mais. Sucos feitos com a própria fruta são mais nutritivos que os feitos com polpa congelada, portanto não deixe de perguntar como eles são feitos e prefira os frescos.

10. Cereal matinal. Prefira os que não são doces. Às vezes eles são vendidos em embalagens individuais. Senão, compre um pacote grande, abra, ponha uma porção num potinho bem fechado e leve para o trabalho. Vai ser ótimo encontrar alguma coisa para comer na hora da fila do banco ou na sala de espera do médico. Quase todos os cereais matinais são enriquecidos com ferro e vitaminas.

Comidas pouco nutritivas

1. Macarrão instantâneo tipo lámen. Esse tipo de macarrão é prático, mas tem muito sal e muita gordura, e praticamente mais nada.

2. Refrigerante. Rico nas chamadas "calorias vazias". Prefira tomar sucos, água com gás com limão ou até um copo de leite.

3. Sopas de saquinho. Apesar de serem rápidas de preparar, elas possuem quantidades astronômicas de sal. Experimente um dia fazer um caldo de frango cozinhando a carcaça de um frango assado, por exemplo, com pedaços de cenoura, cebola e salsão. Congele em pequenas porções e depois é só esquentar, misturar arroz, macarrãozinho ou legumes para uma sopa mais nutritiva e quase tão prática quanto a instantânea.

4. Comidas congeladas industrializadas. Elas costumam ter muitos conservantes, gordura e sal. Procure rotisserias com produtos mais caseiros congelados, ou então leia com atenção a embalagem em busca das opções com menos sal e gordura.

5. Alface americana. Não é que ela faça mal, mas, já que é para comer salada, escolha folhas mais verdes. Até outros tipos de alface, como a romana, têm muito mais fibra, vitaminas, ácido fólico, cálcio e potássio. A alface americana é feita praticamente só de água.

As recomendações deste artigo são de Heidi Reichenberger, representante da American Dietetic Association, e de Elizabeth Somer, nutricionista e autora dos livros Nutrition for a healthy pregnancy: The complete guide to eating before, during and after your pregnancy, e de 10 armadilhas que detonam a dieta de uma mulher (editora Gente)
 Escrito para o BabyCenter Brasil

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