7.26.2012

Mallu Magalhães

Livre de 'medos e tabus', Mallu Magalhães comenta clipe sensual

No vídeo de 'Sambinha bom', ela aparece suada e com pernas à mostra.
'Não passo de poeirinha mínima cósmica que pra nada serve', diz ao G1.

Lívia Machado Do G1, em São Paulo
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A beleza de Mallu Magalhães é a grande protagonista do clipe da música 'Sambinha bom' (Foto: Divulgação)A beleza de Mallu Magalhães é a grande protagonista do clipe da música 'Sambinha bom' (Foto: Divulgação)
A malemolência em cima dos palcos, o rosto decorado pela franjinha retrô e o visual despojado mostram que Mallu Magalhães cresceu. Deixou para trás aquela menina que a internet pariu em 2007. Mais madura – não à toa, ela agora tem 20 anos – a cantora revela que se desprendeu de "medos e tabus". Veja o clipe.
“Acho que o próprio tempo me deu certa noção de que eu não passo de uma poeirinha mínima cósmica que pra nada serve, nada controla nem modifica. Ao mesmo tempo, eu sou uma imensa integridade de mim mesma e eu construo a minha realidade. Esse maravilhoso descontrole absoluto me faz desprender dos medos e tabus. Talvez tudo isso inconscientemente.”
Em seu novo clipe, Mallu aparece com os cabelos sensualmente desgrenhados, corpo semimolhado e propaga os versos de “Sambinha bom” sentada na beira da cama, com as pernas à mostra. Em entrevista ao G1 por e-mail, a cantora explica que o clipe traduz "a essência de sua personalidade".
G1 - Em alguns shows, e agora nesse clipe, você parece mais disposta mostrar sua sensualidade, mesmo que de forma sutil. Gosta de se sentir uma mulher bonita, atraente em cima dos palcos? Foi um movimento natural, ou a experiência, ao longo do tempo, te deixou mais solta, livre?
Mallu Magalhães - Acho que o próprio tempo me deu uma certa noção de que eu não passo de uma poeirinha mínima cósmica que pra nada serve, nada controla nem modifica. Ao mesmo tempo, eu sou uma imensa integridade de mim mesma e eu construo a minha realidade. Esse maravilhoso descontrole absoluto me faz desprender dos medos e tabus. Talvez tudo isso inconscientemente...
G1 - De que forma você participou da criação do clipe? Deu alguma sugestão nas escolhas de cenário, figurino etc?
Mallu Magalhães -  Acho que, assim como é visível neste disco "Pitanga", meu recente trabalho, pude amadurecer e me aprofundar em questões estéticas e influências. Tendo o tempo me dado essa oportunidade de experimentar a vida e criar meu gosto próprio, sinto que consegui, com este clipe, atingir o máximo, o extrato, a essência de minha personalidade com meus movimentos, maquiagem, e contribuição. Pensei e palpitei sobre tudo, pensei no ambiente quente, no corpo suado, pensei no frio e no cabelo maluco. Mas todo esse processo criativo tinha a segurança e o corpo desses tantos parceiros da Zeppelin e também de fora da produtora. Guiávamos juntos o carro e sinto que contribui bastante mas o resultante é um trabalho de equipe. Muita coisa ali eu não acho nada, não penso nada. Apenas escuto o que algum colega que conhece a linguagem fotográfica/videográfica tem a dizer, assim como o colega me escuta quando canto.
O contraste entre as temperaturas é mote do clipe da cantora  (Foto: Divulgação)O contraste entre as temperaturas é mote do clipe da cantora (Foto: Divulgação)
G1 - Como foi o processo de produção: onde foram gravadas as imagens, quanto tempo durou?
Mallu Magalhães - O processo todo deve ter tomado cerca de um mês e pouco, pois tínhamos um prazo a cumprir. A equipe foi de eficiência tremenda e, apesar de ambas agendas animadíssimas, conseguimos parar para três reuniões e um dia todo de gravação.
Gravamos em Porto Alegrex, cidade natal da Zeppelin e de Helen Rodel (estilista que, por sugestao de Pesavento, fez os figurinos), numa casa perfeita pra morar, mas sem morador algum. Estava frio e encoberto pela manhã, e o sol foi abrindo para entrar pela janela nas cenas quentes. Perfeito, exatamente como precisávamos!
G1- As imagens são muito bonitas, mas não há uma história, um conto. Qual a proposta do clipe?
Mallu Magalhães - Isso é mesmo uma questão que sempre me cutuca na hora de pensar em fazer um clipe. Acho que desde que bonito, tudo é possível. Para mim, arte é pra enfeitar, acrescentar, transcender, expandir a noção de belo, sabe? Desta vez mesmo não trabalhamos com nada linear, nada que se assemelhe a uma narrativa. Porém há, sim, começo, meio e fim. Isso é muito bonito. Quem assiste experimenta distintas situações e é possível perceber o desenvolvimento de uma ideia de opostos numa mesma canção: dois sentimentos no mesmo estado de espírito. Era o quente X frio, cortes bruscos X dança macia do casal...

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