Festival de Cannes
A escolha da Fipresci tem a tradição de antecipar a Palma de Ouro
Cannes -- A Fipresci acaba de eleger seus filmes
preferidos e foi para Abedllatif Kechiche e seu La Vie d'Adèle o prêmio
principal. A entidade é a federação de críticos que representa
profissionais de todo o mundo e a cada edição dos principais festivais
internacionais seleciona um grupo para eleger os melhores filmes. Uma
das importâncias do prêmio é apontar preferidos para o júri principal, e
no caso aqui a Palmarés, ou seja, as Palmas. Kechiche, como já disse
aqui no blog, tem sido eleito pelos jornalistas que participam de
rankings em publicações especializadas. O diretor já voltou a Paris, e
foi representado por um produtor na cerimônia. Como a capital é próxima,
não é o caso de pensar que ele está descartado da premiação oficial.
Mas é difícil crer que Spielberg e seus colegas de júri concedam a Palma
de Ouro ao filme. Será feio se não conceder ao menos um prêmio
importante, e me parece que eleger as garotas que vão ao limite em um
relacionamento homossexual possa ser a saída. Saberemos amanhã a partir
das 7 da noite no horário local, duas da tarde aí no Brasil.
A Fipresci também elege os melhores das seções paralelas. Da paralela Un Certain Regard, ou Um Certo Olhar, o escolhido foi o filme iraniano Manuscripts Don't Burn, uma decisão também política, na medida em que a obra é uma crítica aberta e assumida ao regime do país a partir de um drama de escritores que são censurados e perseguidos pela máquina repressora do governo. No início um tanto novelesco, o filme ganha força na metade de suas duas horas e vinte minutos quando entra em cena a ação propriamente física dos agentes da censura. Uma boa escolha, mas o contexto seguramente pesa mais que a obra. Já a Quinzena dos Realizadores e a Semana da Crítica são unidas num só prêmio e saiu da primeira o vencedor, Blue Ruin, de Jeremy Saulnier.
Junto com a Fipresci, o Júri Ecumênico também apresenta seus melhores, e Ashgar Farhadi com seu Le Passé compreensivelmente se encaixa no perfil do prêmio como o escolhido. Houve ainda duas menções, a Valeria Golino, com Mel, e Tal Pai, Tal Filho, de Kore-eda, esta da competição oficial. O diretor japonês também já se foi de Cannes e fica mais difícil imaginar ele retornando amanhã, o que descartaria um prêmio maior. Mas enfim...
A Fipresci também elege os melhores das seções paralelas. Da paralela Un Certain Regard, ou Um Certo Olhar, o escolhido foi o filme iraniano Manuscripts Don't Burn, uma decisão também política, na medida em que a obra é uma crítica aberta e assumida ao regime do país a partir de um drama de escritores que são censurados e perseguidos pela máquina repressora do governo. No início um tanto novelesco, o filme ganha força na metade de suas duas horas e vinte minutos quando entra em cena a ação propriamente física dos agentes da censura. Uma boa escolha, mas o contexto seguramente pesa mais que a obra. Já a Quinzena dos Realizadores e a Semana da Crítica são unidas num só prêmio e saiu da primeira o vencedor, Blue Ruin, de Jeremy Saulnier.
Junto com a Fipresci, o Júri Ecumênico também apresenta seus melhores, e Ashgar Farhadi com seu Le Passé compreensivelmente se encaixa no perfil do prêmio como o escolhido. Houve ainda duas menções, a Valeria Golino, com Mel, e Tal Pai, Tal Filho, de Kore-eda, esta da competição oficial. O diretor japonês também já se foi de Cannes e fica mais difícil imaginar ele retornando amanhã, o que descartaria um prêmio maior. Mas enfim...
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