11.03.2013

Aumenta número de meninas com menos de 15 anos que não usam camisinha no Reino Unido

Segundo pesquisa britânica, garotas acreditam que apenas as pílulas anticoncepcionais são suficientes

Especialistas alertam que os preservativos são essenciais na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis 

RIO - Pela primeira vez na história, a pílula anticoncepcional se tornou tão popular quanto a camisinha entre as adolescentes britânicas menores de 15 anos, de acordo com números apresentados pelo jornal “Daily Mail” nesta sexta-feira.
Cada vez um número maior de meninas adolescentes do Reinio Unido tem optado por se proteger contra a gravidez utilizando um método contraceptivo oral. Porém, os especialistas alertam que é essencial que se continue a usar preservativos, para a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis.
No ano passado, cerca de 6.600 meninas com menos de 15 anos, ou 39% das que foram às clínicas femininas do Serviço Nacional de Saúde britânico, listaram a pílula como o método contraceptivo de escolha — contra 6.900 garotas que optaram pela camisinha (40%).
O relatório, compilado pelo Health and Social Care Information Centre, revelou uma variação grande entre as decisões tomadas pelas adolescentes na hora de escolher o método contraceptivo.
O uso de contraceptivos orais tem aumentado nos últimos anos e já era mais popular entre as adolescentes mais velhas e adultos. Mas os números da pesquisa recente marcam a primeira vez em que a escolha da pílula alcançou a do preservativo no grupo de menores de 15 anos.
Em 2011 e 2012, os preservativos foram registrados como o principal método de contracepção utilizado por 46% das adolescentes, contra 36% que usavam a pílula.
Jason Warriner, diretor clínico da casa de saúde sexual Terrence Higgins Trust, no Reino Unido, alerta sobre os perigos dessa mudança de comportamento dos jovens.
“É vital garantir que, quando eles comecem com uma forma de contracepção, ao mesmo tempo sejam dados conselhos sobre o uso de preservativos”, diz Warriner ao “Daily Mail”. “Só o uso de preservativos reduz o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis e HIV”.

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