7.05.2014

Medicamentos para diabetes



Em idoso, medicamento para diabetes pode causar mais efeito colateral que benefício

 BBC  

Pacientes mais velhos sofrem mais com injeções diárias de insulina e medicamentos que causam indigestão e enjoos, diz estudo


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Medicamentos como a metformina são prescritos para controlar o índice glicêmico

Uma pesquisa sugere que os benefícios de tomar medicamentos para diabetes tipo 2 podem não compensar as desvantagens.
O estudo de pesquisadores da University College London (UCL), publicado na revista científica JAMA Internal Medicine, afirma que os pacientes idosos são os que mais podem ser afetados pelos efeitos colaterais de alguns medicamentos e pelas mudanças no estilo de vida devido à intensidade do tratamento.
A diabetes tipo 2 afeta a capacidade do organismo de controlar os níveis de açúcar no sangue. A doença pode estar ligada à obesidade e, no longo prazo, causar problemas cardíacos, nas funções renais, no sistema nervoso e até cegueira.
  
Efeitos colaterais
Mas o estudo adverte que os tratamentos com medicamentos podem causar mais efeitos colaterais em idosos do que benefícios.
Segundo especialistas, um diabético de 45 anos que consegue reduzir o nível de açúcar no sangue em um ponto percentual consegue, em retorno, dez meses de vida saudável. Já para um paciente de 75 anos sob as mesmas medicações, esse ganho é reduzido para apenas três semanas.
Os pacientes mais velhos também sofrem mais com outros tratamentos, como injeções diárias de insulina, exames de sangue frequentes, remédios que causam indigestão e enjoos, além de maior risco de hipoglicemia.

Precaução: Laticínios integrais podem reduzir risco de diabetes 2
Um dos autores da pesquisa disse à BBC que os portadores da doença devem ter o direito de saber quais os reais benefícios do tratamento em relação a ganhos na expectativa de vida e redução do risco de doenças cardíacas ou cegueira.
"A partir daí, você é capaz de decidir, mas a verdade é que muitos médicos não tem esses dados nas mãos".
Para o Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica da Grã-Bretanha (Nice, na sigla em inglês) o controle dos índices glicêmicos em diabéticos não deve prejudicar sua qualidade de vida. 
"Nas situações em que medicamentos não ajudam a alcançar os níveis 
(de açúcar), outras terapias, como ajustes na dieta alimentar, devem ser oferecidas."
Os resultados do estudo não se aplicam aos portadores de diabetes tipo 1.

 Você corre o risco de ter diabetes?

Veja dicas de como identificar e lidar com a doença

The New York Times | - Atualizada às

 Foto: Getty Images Diabetes: muitos portadores precisam tomar insulina para controlar o problema O diabetes é uma das principais causas de morte no mundo. Por conta disso, é importante conhecer os fatores de risco e o que pode ser feito para prevenir ou tratar a doença, informa a Divisão Americana de Médicos.
“O diabetes é uma condição crônica que pode causar complicações graves, dentre elas problemas cardíacos, derrame, pressão arterial alta, cegueira, falência renal e danos ao sistema nervoso”, diz o presidente da entidade, Fred Ralston.
Os fatores de risco do diabetes tipo 2 são: ter mais de 45 anos, histórico familiar da doença, estar acima do peso, não praticar atividades físicas, ter sofrido de diabetes gestacional; ter pressão arterial alta e ter colesterol alto.
“É importante conhecer os fatores de risco e os sinais de alerta do diabetes, e também o que pode ser feito para tratar a doença”, diz o especialista.
Os sinais de alerta do diabetes são: sede ou fome excessiva, fadiga, necessidade frequente de urinar, perda de peso (sem motivo), visão turva, formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés, infecções frequentes e recuperação lenta de ferimentos.
Um teste de sangue simples pode diagnosticar a doença. Ao ser diagnosticado com diabetes, é possível controlar a doença com educação e a adoção dos seguintes hábitos: exercícios regulares; dieta saudável rica em legumes, frutas, peixes, carnes brancas e grãos integrais, perda de peso, avaliação dos níveis de açúcar no sangue, acompanhamento médico e medicações ministradas diariamente.


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