7.01.2014

Aproveitar a Copa para perder todo e qualquer complexo de inferioridade

O ex-presidente Lula já inflou o ego nacional várias vezes nesse sentido, a presidenta Dilma Rousseff, então, nem se fala, o ex-ministro José Dirceu cobrou isto aqui no seu blog várias vezes quando o escrevia…Pois hoje é a vez do megaempresário Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional e presidente em exercício da FIESP.
Em artigo na Folha publicado sob o título “Sim, nós podemos”, ele conclama os brasileiros a aproveitarem o sucesso da Copa do Mundo do Mundo aqui para abandonarem o que Nelson Rodrigues denominou de “complexo de vira latas’ e deixarem para trás, de vez, qualquer complexo de inferioridade.
“O Brasil deveria aproveitar esse efeito Copa para abandonar de vez o complexo de inferioridade”, escreve Steinbruch. No artigo a que ele recorre no título ao feliz slogan do presidente Barack Obama na primeira campanha presidencial em que se elegeu, em 2008 (“Yes, we can” – Sim, nós podemos), Steinbruch fala do sucesso da Copa – sucesso internacional, da qualidade do futebol, da organização e da amabilidade do país anfitrião.
“Não sabemos se o Brasil vai ganhar a Copa do Mundo. Torcemos por isso, mas há outras excelentes seleções de vários países, e o futebol sempre pode apresentar surpresas. É importante, porém, observar que até agora –três batidinhas na madeira– a Copa é, de fato, um sucesso, com grande repercussão internacional pela qualidade do futebol e também pela organização da competição e amabilidade do povo anfitrião”, diz ele.
Brasil pode ser economia competitiva e disputar no cenário mundial
Em outro trecho, acentua: “O Brasil deveria aproveitar esse efeito Copa para abandonar de vez o complexo de inferioridade que nos persegue há décadas. Assim como consegue realizar com méritos uma emocionante Copa do Mundo, o maior evento do planeta, pode também ser uma economia competitiva e disputar de igual para igual um posto relevante no cenário mundial.”
“Abandonar o complexo de inferioridade – completa ele – implica admitir que o país, com todos os seus defeitos, pode adotar práticas semelhantes às de outros países, sem tentar reinventar a roda. Significa, por exemplo, deixar essa história de ser sempre o pior em matéria de juros extorsivos, sob o duvidoso argumento de que aqui as coisas são diferentes e precisamos impor taxas inacreditavelmente elevadas, que emperram a economia, desestimulam os investimentos produtivos e, na prática, nem sempre colaboram para frear a inflação.”
Leiam, aqui, a íntegra do texto de Benjamin Steinbruch publicada na Folha.

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