O novo autódromo do Rio de Janeiro, com capacidade para 130 mil pessoas, será construído em Deodoro, numa área de propriedade do Exército
© Paulo Whitaker / Reuters
ESPORTE MUDANÇA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro
assinou nesta quarta-feira (8) um termo de cooperação com o objetivo de levar as
provas de F-1 para o Rio de Janeiro.O novo autódromo do Rio de Janeiro,
com capacidade para 130 mil pessoas, será construído em Deodoro, numa área
de propriedade do Exército.
Segundo o presidente, a expectativa é que as provas do ano que vem já sejam
realizadas na cidade.
O contrato da Prefeitura de São Paulo para o GP de Interlagos, porém,
vai até 2020. Tanto o prefeito Bruno Covas quanto o governador João Doria
já haviam anunciado a intenção de renová-lo. A reportagem procurou a
prefeitura e aguarda um posicionamento sobre essa questão.
"A direção da F-1 resolveu, após a eleição do ano passado, tendo em vista
quem foi eleito na região que interessava para eles, resolveram manter a
possibilidade de termos a F-1 no Brasil. São Paulo, como havia participação
pública, uma dívida enorme, tornou-se inviável a permanência
da F-1 lá. Vieram para o Rio de Janeiro. O autódromo será construído em seis,
sete meses após o início das obras. De modo que, por ocasião da F-1
do ano que vem, ela será no RJ", afirmou ele.
O edital da PPP para a construção do autódromo, contudo, permanece
sob análise do Tribunal de Contas do Município, sem previsão para a
liberação da disputa. O certame já foi adiado duas vezes em razão de
pendências apontadas pela corte.
Alguns vereadores planejam criar outro empecilho para o projeto.
A Câmara Municipal já aprovou em primeira votação da criação
da APA (Área de Preservação Ambiental) da Floresta do Camboatá na
área prevista para instalação do autódromo.
O projeto foi aprovado por 30 a 0 no primeiro turno. Uma audiência
pública sobre o tema será realizada nesta quarta, exigência para o
reconhecimento da APA pelo Sistema Nacional de Unidade de Conservação.
"Importante os cariocas perceberem que não é meia dúzia de árvores
que a prefeitura quer cortar para fazer o autódromo. Eles querem destruir
uma floresta em pleno processo de regeneração que precisa ser preservada",
disse o vereador Renato Cinco (PSOL), autor da proposta.
Bolsonaro minimizou a intenção dos vereadores. "Se o Exército não
estivesse naquela área, com toda certeza ela já estaria invadida e com
toda certeza depredada. O Exército preservou a região e, por ocasião
desse projeto, a região será preservada", disse ele.
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