6.01.2009

TERCEIRA IDADE



Climatério: período de transição entre a vida reprodutiva e a não reprodutiva, quando a mulher pára de menstruar. Acontece alguns anos antes da menopausa. O principal sintoma – cerca de 70% a 80% das mulheres nesta fase sofrem com ele – são os fogachos (ondas de calor).

Outros sinais comuns podem ser tristeza, cansaço, depressão, ansiedade, irritabilidade, insônia, diminuição de atenção, de concentração, de memória e da libido. Porém, a característica mais marcante é a menstruação irregular. O período de fluxo vai diminuindo e os intervalos entre cada menstruação se tornam cada vez maiores, até cessar por completo. Depois de um ano sem menstruação, os médicos dizem que a mulher entrou em sua nova etapa de vida.

Menopausa: ocorre por volta dos 50 anos, quando a mulher deixa totalmente de menstruar. A atenção precisa ser redobrada, afinal, a ausência de hormônios sexuais femininos pode levar a doenças cardiovasculares, por alterar os vasos sangüíneos e os níveis de colesterol. Surge também a osteoporose, tornando os ossos fracos. E mais: a vulva e a vagina perdem os hormônios que a nutriam, deixando a pele ressecada e fácil de romper, devido à falta de lubrificação.

Por isso, a penetração durante o ato sexual, torna-se dolorosa. “Com menos hormônio, os tecidos da bacia também ficam frouxos, favorecendo a caída da bexiga e útero e levando à incontinência urinária”, diz Alexandre Megale, ginecologista do Hospital São Camilo (SP). A principal forma de tratamento é a reposição dos hormônios sexuais. Porém, só deve ser feita com rigorosa supervisão médica. Outro recurso é a administração de fitohormônios, como as isoflavonas da soja. Mas um estilo de vida saudável desde o climatério melhora os sintomas da menopausa. A atividade física constante, de aproximadamente 50 minutos diários, como caminhadas, também entra na receita de bem-estar.

O CÂNCER E A MULHER
Em geral, é a segunda causa de morte para as mulheres no Brasil. Porém, entre os tumores, os que atingem em especial o sexo feminino são:

MAMA: “os fatores de risco mais conhecidos são menarca precoce, menopausa e primeira gravidez tardias, e o uso indiscriminado de terapia de reposição hormonal”, diz o oncologista Elias Abdo Filho, do Hospital São Camilo (SP). Os fatores de proteção são atividade física, gestação e amamentação e o diagnóstico precoce com autoexame e auxílio da mamografia anual.

COLO-UTERINO: representa 10% de todos os tumores malignos nas mulheres. As causas mais freqüentes são início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros e infecção pelo vírus HPV (papiloma vírus humano). A prevenção pode ser feita com o auxílio da vacina contra o HPV (que é preventiva, ou seja, confere imunidade a pessoas que ainda não foram infectadas com o vírus), o exame colpocitológico (Papanicolau) ou, ainda, o exame de captura híbrida, cujo método de coleta é igual ao Papanicolau e serve para identificar o DNA do vírus e quantificar sua carga viral, um indicador da gravidade da doença. Diferentemente do Papanicolau, este exame consegue detectar o vírus em sua fase inicial.

OVÁRIO: também é responsável por cerca de 10% dos casos de tumores malignos das mulheres. Os fatores de risco conhecidos são hereditariedade, história pessoal de câncer de cólon, endométrio ou de mama, infertilidade ou uso de drogas para fertilização.

Fonte: Revista Viva Saúde

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