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1.05.2010
Psoríase
A psoríase é uma afecção de pele caracterizada por descamação epidérmica, provocada pela inflamação da derme, que se pode observar em todas as idades da vida.
Manifesta-se sob a forma de placas, sobretudo nas zonas expostas aos traumatismos, isto é, cotovelos, joelhos, couro cabeludo, palma das mãos e planta dos pés, embora possa ocasionalmente propagar-se a todo o corpo.
Estas placas assemelham-se a laminas acumuladas umas sobre as outras. As placas antigas mais espessas, cor branca e em contacto com o vestuário tendem a desfazer-se em pó.
Associado ao aparecimento da psoríase é muito frequente a existência de causas emocionais quer elas sejam recentes ou de longa data.
Choque psico-afectivo, acidente, susto, trauma, e outros mais, ao surgirem provocam bloqueios a nível espiritual, mental e físico, que directamente afectam a generalidade do corpo humano e em particular o sistema nervoso, imunitário e sanguíneo.
A importância do processo mental na cura:
No seu percurso de vida o ser humano depara com obstáculos, adversidades, dificuldades, todos geradores de emoções, quer sejam de pouca ou muita intensidade.
Essas emoções quando intensas ou persistentes transitam sob a forma de pensamento ou informação, da mente consciente ou objectiva para a mente subconsciente ou subjectiva, que por sua vez as retém arquivadas mas semi-activas.
Tratando-se de uma emoção negativa ou desagradável a tendência do ser humano é de rejeição para com essa emoção. Ora a mente sabedora desse facto e bastante engenhosa trata de arranjar uma forma para nos distrair e para que isso aconteça desenvolve um disfarce. Esse disfarce pode acabar por ser a psoríase.
Após a expulsão das causas da mente subconsciente, e após a remoção de toda a informação negativa e falsa, absorvida até à data, sublinho que altamente manipuladora a nível mental, o organismo sentir-se-à liberto, desimpedido e preparado para iniciar o processo de autocura, ou cura total da psoríase.
A mente sub-consciente assume assim um papel crucial na cura da psoríase.
O facto de incidir a nível mental faz com que este método seja altamente eficaz sem qualquer tipo de contra-indicação.
Psoríase é uma dermatose crônica, recorrente, com uma clara associação com predisposição genética. Um terço dos pacientes referem outro caso familiar, existindo uma maior prevalência entre gêmeos monozigóticos (55% a 70%) .
A psoríase é caracterizada por anormalidades no ciclo de desenvolvimento da epiderme, levando a hiperproliferação da mesma, alteração na maturação das células cutâneas, alterações vasculares e inflamação. O ciclo normal da epiderme é de 21 dias e no caso da área com psoríase o ciclo chega a ser de apenas 7 dias.
Aspectos clínicos
A morfologia das lesões cutâneas é bastante variável. O aspecto clínico característico consiste de placas eritemato-infiltrativas-escamosas, bem delimitadas, muitas vezes confluentes, assintomáticas. As escamas são normalmente espessas, de aspecto prateado (veja imagem da lesão no cotovelo). À curetagem das lesões é observado o sinal da vela (branqueamento da lesão pelo descolamento das escamas) e, em seguida, o sinal de Auspitz, ou “orvalho sangrante” (gotículas hemorrágicas) correspondentes à proliferação da papila dérmica e dilatação dos vasos sangüíneos. Pode haver grande variedade na expressão clínica da doença, com predomínio de um dos aspectos já referidos (eritema, infiltração ou descamação). Variam ainda de tamanho desde pequenas dimensões (psoríase gutata) até grandes placas (formas vulgar, numular, girata).
As manifestações articulares podem ocorrer na forma de artralgias; mono, oligo ou poliatrites ou espondiloartrites (rara). O início costuma ser agudo ou subagudo, com acometimento assimétrico de interfalangianas distais de mãos e pés, ocasionalmente associado com uma grande articulação (joelho, cotovelo).
Veja artrite psoriática.
Considerando-se a importância desta doença que pode ficar muito intensa nas formas vulgar, numular, girata, levando a preconceitos e isolamento, é muito importante o papel dos médicos em diagnosticar precocemente, e sobretudo das esteticistas, fisioterapêutas, enfermeiras em encaminhar ao dermatologista todo paciente com lesões suspeitas. Os podólogos e as manicures podem levantar suspeita nos casos de lesões ungeais (psoríase ungeal).
Tratamento
As lesões podem desaparecer espontaneamente ou como resultado da terapia, mas certamente haverá recorrências. Há ainda tendência das medicações perderem sua efetividade gradualmente. O método de tratamento varia de acordo com a topografia das lesões, severidade, duração, tratamento prévio e a idade do paciente.
Tem sido concenso atual que o uso de corticosteróide, sistêmico ou tópico não deve ser indicado, pois apesar de melhora as lesões nas fases iniciais, promove exacerbações futuras.
Luz solar – Na maioria das vezes a luz do sol leva a uma melhora da psoríase. No entanto, a queimadura da pele pode causar a exacerbação da lesão. A luz ultravioleta artificial (UVB) é freqüentemente usada como seu substituto.
Farmacoterapia
Ácido salicílico – usualmente incorporados no cold cream ou pomadas hidrofílicas em concentrações de 3% a 5%. Auxilia na remoção das escamas e promove a eficácia de outros agentes tópicos. Se aplicado em áreas mais extensas, poderá levar à intoxicação por salicilato (tinitus, confusão aguda, hipoglicemia refratária – especialmente em pacientes diabéticos e com comprometimento da função renal. As esteticísta tem papel de destaque na remoção das peles doentes, porém esta remoção deve ser feita com muito cuidado, pois se ocorrer um lesão da pele sadia, e sobre esta lesão que costuma aperecer nova área de psoríase.
Acitretina – retinóide derivado da vitamina A (retinol), ativo em alterações da queratinização e na psoríase. Os efeitos colaterais são queilite, conjuntivite sêca, dermatite, xerose, rinite sêca com sangramento nasal, fragilidade cutânea, perda do extrato córneo das palmas e solas e prurido generalizado.
Ciclosporina A – imunossupressor que atua inibindo os linfócitos T auxiliadores (CD4) ativados, impedindo a produção de IL-2 e outras linfoquinas. Os efeitos adversos são dose-dependente, como diminuição da função renal, hipertensão, elevação sérica do colesterol e triglicérides, hipertricose, hipertrofia gengival, tremor, fadiga, náuseas, sensações parestésicas.
Metotrexato (ametopterina) – antagonista do ácido fólico teria ação na hiperproliferação celular. As indicações para o seu uso são psoríase eritrodérmica, artrite psoriática moderada a severa, psoríase pustular aguda generalizada, nas psoríases com mais de 20% de superfície corpórea total acometida, psoríase pustular localizada, psoríase afetando certas áreas do corpo como aquelas em que seu emprego e função normais estão prejudicados (como mãos) e a falta de resposta à fototerapia, PUVA ou retinóides. É necessário selecionar os doentes, excluindo aqueles com hepatopatias, doenças hematológicas e outras doenças sistêmicas.
PSORÍASE
O que é?
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, benigna, crônica, relacionada à transmissão genética e que necessita de fatores desencadeantes para o seu aparecimento ou piora (principalmente no inverno). Afeta 1 a 2% da população mundial. Acomete igualmente homens e mulheres, embora o início seja mais precoce nas mulheres. Existem dois picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após os 50 anos. E, em 15% dos casos, surge antes dos dez anos de idade.
Como se desenvolve?
É uma doença não contagiosa, multigênica (muitos genes envolvidos), e em parte dependente de fatores externos. Pode aparecer sob diferentes formas clínicas e diferentes graus da doença. É descrito 30% de incidência familiar.
O desencadeamento pode ocorrer em qualquer idade, motivado por influência do meio, alguns medicamentos ou estresse.
Em pessoas com história familiar, o início parece ser mais precoce.
O que se sente?
As lesões são muito típicas, com períodos de exacerbações e remissões, localizados principalmente em superfícies de extensão como joelhos e cotovelos, couro cabeludo, palmas das mãos, sola dos pés (áreas de maior traumatismo).
Os quadros de psoríase recebem sua denominação conforme sua localização e aspecto:
Psoríase Vulgar:
Placas de tamanhos variados, bem delimitadas, avermelhadas, com escamas secas e aderentes prateadas ou acinzentadas nos locais mais comuns (couro cabeludo, cotovelos, joelhos, por exemplo).
Psoríase invertida:
Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras (embaixo das mamas, área genital, entre nádegas).
Psoríase Gutata:
Lesões em forma de gotas associadas a processos infecciosos. As lesões são pequenas, localizadas no tronco e parte proximal dos braços e coxas (mais perto dos ombros e quadril), poupando mãos e pés. São numerosas e aparecem abruptamente mais em crianças e adultos jovens.
Psoríase Eritrodérmica:
Lesões generalizadas (75% ou mais da área corporal).
Psoríase Ungueal:
Pode ser comprometimento isolado na psoríase, acometendo mais unhas da mãos que dos pés. São características da doença, mas não específicas. Podem ser mais freqüentemente depressões puntiformes ou manchas amareladas cor de óleo, mas existem outras alterações menos comuns nas unhas.
Psoríase Artropática:
Por volta de 8% dos casos pode haver o comprometimento articular. Na artropatia periférica as manifestações freqüentes são: início agudo (abrupto) ou sub-abrupto, com comprometimento assimétrico de várias articulações nas pontas dos dedos das mãos e pés e, ocasionalmente, associação com alguma articulação grande como joelho ou cotovelo. Quando o quadro articular é prolongado e mais grave, aparecem deformidades nos dedos que adquirem a "forma de salsicha". Na artropatia central, a coluna lombar superior e torácica inferior são as mais acometidas.
Na artrite psoriásica juvenil (menores de 16 anos), as meninas são mais acometidas e o início do quadro de artrite pode preceder o quadro cutâneo.
Psoríase Pustulosa:
Aparecimento e lesões com pus (mas estáveis). Há uma forma localizada em mãos e pés e uma generalizada.
Psoríase Palmo-Plantar:
Pode haver envolvimento de palmas das mãos e sola dos pés em 12% dos casos. As lesões típicas podem apresentar fissuras (rachaduras), e são de difícil manejo.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico, em geral, é fácil, e baseia-se na história clínica e achado de lesões típicas com dados característicos na raspagem das lesões ao exame pelo médico.
Em casos mais graves ou formas não usuais pode-se lançar mão de biópsia de pele (exame de pele com diagnóstico característico ou indicativo).
Alguns exames laboratoriais podem colaborar na investigação de desencadeantes da doença (como diabete e infecção estreptocócica).
Como se trata?
É importante fornecer orientações gerais quando à doença, individualizando o tratamento conforme as características de cada paciente. Lembrar do aspecto não contagioso da doença, dos fatores desencadeantes, tais como estresse, frio, exposição excessiva ao sol, algumas doenças (diabetes não controlada, surtos infecciosos), e uso de alguns medicamentos.
Casos leves a moderados (75% a 80% dos casos) podem ser controlados com medicação de uso local na pele, devendo sempre ser indicados e controlados pelo médico.
Os casos mais severos e extensos requerem uma abordagem mais controlada e agressiva, com medicações de uso oral em esquema rotativo, visando o mínimo de efeitos colaterais de cada medicação e uma tolerabilidade maior do paciente com o esquema proposto.
A exposição moderada ao sol e a hidratação contínua da pele são importantes para a maioria dos pacientes.
Como se previne?
É muito importante esclarecer o paciente sobre a doença: sua evolução, desencadeantes, tratamentos disponíveis e envolvimento emocional. Não se tem ainda como prevenir a psoríase.
Cada vez se estuda mais a doença, já com muitos avanços no tratamento, mas ainda é um desafio manter o paciente sem lesões com segurança por muito tempo.
Fontes Variadas
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