1.22.2011

Medicamentos contra o mal de Parkinson, usados para tratar os danos na função motora dos pacientes, afetam também a parte cognitiva do cérebro.


  Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Queen’s, no Canadá.

Segundo Douglas Munoz, da Universidade de Queen’s (Canadá) e um dos autores do estudo, o objetivo da pesquisa é identificar a influência do mal de Parkinson na parte cognitiva do cérebro. Essa região é responsável por questões como memória, aprendizado, conhecimento, dentre outras.

- Geralmente nós pensamos que o mal de Parkinson é uma doença da função motora. Mas o problema é que o mesmo circuito pode afetar funções cognitivas, como o planejamento e a tomada de decisão.


Os pesquisadores canadenses descobriram ainda que os pacientes respondem melhor a tarefas automáticas simples do que as pessoas que não têm a doença. Apesar disso, as pessoas com mal de Parkinson enfrentam mais dificuldades quando a tarefa deixa de ser fácil e se torna difícil.

Os cientistas avaliaram dois grupos de pessoas: um composto por pacientes que têm a doença, e outro pelo grupo de controle (pessoas saudáveis). Quando os pesquisadores pediram para que os avaliados observassem um ponto de luz, os pacientes com o mal de Parkinson deram respostas mais precisas do que os demais.

No entanto, quando os cientistas pediram para que os dois grupos mudassem de comportamento e deixassem de olhar para a luz por um instante, os pacientes tiveram dificuldades para executar a tarefa – também não conseguiram descobrir uma outra forma de se comportar na situação.

De acordo com Ian Cameron, outro autor do estudo, é preciso agora estudar imagens do funcionamento do cérebro para descobrir quais são as áreas afetadas pelos remédios contra Parkinson.

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