Pesquisa iniciada em 1940 nos Estados Unidos indica ‘segredos’ da longevidade
Rio -
O segredo da vida longa pode não estar em remédios nem na
pré-disposição genética, tão falada ultimamente. Segundo levantamento
que já dura décadas e envolveu centenas de pessoas, quem tem
relacionamentos fortes ao longo da vida — como casamento, filhos,
amizades e um cachorro — tende a possuir também mais longevidade.
Desde 1940, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard acompanham mais de 200 americanos jovens, brancos e saudáveis.
A cada dois anos, é feita uma avaliação de seu estado de saúde. De
acordo com o estudo, apenas quatro dos 31 homens do início do estudo que
ficaram solteiros estão vivos. Já dos que tiveram relacionamentos, como
o casamento, amigos ou cães, mais de um terço sobreviveu.
Angela (à direita), com a filha Thaís, a neta Júlia, o marido, Alfredo Varas, e o mascote da família, Johnnie | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
O segredo da longevidade, então, segundo o atual diretor
do estudo, George Vaillant, está nos relacionamentos. “Homens com
idades acima de 70 anos conseguem se manter mais saudáveis graças aos
hábitos que adquirem até os 50”, afirma.
Ele destaca a importância do casamento e da convivência. “Se você quer
ser feliz e não tem um filho de 6 meses para trocar sorrisos, arrume um
cão”, aconselha.
Servidora pública, Angela Macedo, 65 anos, tem vários fatores que a
pesquisa indica como bons para a felicidade: três filhos, um casamento e
um cão. Ela reconhece que até a mascote, o poodle Johnnie Walker
Chivas, contribui para um bom ambiente. “Inicialmente, não queria, mas
com o tempo vi que ele é muito bom para as crianças”, conta.
Animal em casa amplia bem-estar
A pesquisa da Escola de Medicina de Harvard não é a primeira que indica que animais de estimação ajudam a ter saúde melhor. Estudos anteriores também sugeriam que ter cães ajuda no bem-estar.
De acordo com o jornal inglês ‘Daily Mail’, pesquisadores da
Universidade de Queens, em Belfast, concluíram que cães podem ajudar a
prevenir doenças, ajudando os donos a melhorar seu sistema imunológico e
a fazer mais exercícios físicos. Os cientistas concluíram que os donos
de cachorros ou que convivem com eles tinham pressão arterial menor e
colesterol mais baixo do que os que não tinham animais.
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