11.11.2012

CANDIDÍASE AUMENTA NO VERÃO

Candidíase aumenta no verão
Biquinis molhados são um dos fatores causadores da doença!

Verão é sinônimo de Sol, festa, mulheres bonitas e algumas doenças. Muitas mulheres costumam, inclusive, passar o dia inteirinho na praia ou na piscina nesta época do ano. O problema é que o uso prolongado de biquíni molhado e o calor excessivo são fatores que contribuem, por exemplo, para o surgimento da candidíase.
Os principais sintomas da doença são ardor e coceira na região vaginal e um corrimento de cor esbranquiçada. O que acaba agravando a doença é o fato de as mulheres acharem que tudo é passageiro e demorarem a procurar ajuda médica.
“O fator que mais desencadeia uma infecção por candidíase é a baixa de imunidade. Mas, o calor e a umidade também contribuem muito para o aparecimento da doença”, explica o ginecologista e obstetra Dr. José Bento.
Para prevenir a doença, alguns cuidados básicos podem ser tomados. Evitar manter o biquíni molhado no corpo por muito tempo, assim como evitar o uso de roupas com tecido sintético, principalmente nos dias mais quentes. As mulheres devem preferir usar roupas mais leves, fabricadas com tecidos naturais, que facilitem a ventilação.
Para tratar a doença, na maioria das vezes, é usada uma pomada de aplicação vaginal. “O clotrimazol, substância mais presente neste tipo de medicamento, elimina o fungo causador da candidíase e contribui para restabelecer o frágil equilíbrio da flora da região íntima feminina”, conclui o médico.

A candidíase é uma doença causada pelo fungo Candida albicans e que ataca qualquer parte da pele humana. Ela assume particular importância clínica em infecções da boca (candidíase oral), sendo chamada popularmente de sapinho (nesse caso não trata-se de DST), em torno dos olhos (candidíase ocular) e mucosa vaginal benignas (candidíase vaginal), e em infecções sistêmicas malignas em doentes com SIDA/AIDS.

Candida albicans

As cândidas são leveduras ovais com cerca de 5 micrômetros que se multiplicam sexuadamente e assexuadamente por gemulação. Por vezes existem simultaneamente formas de micélios típicos com hifas, ou pseudomicélios, que são formas coloniais sem hifas verdadeiras.
A Candida albicans é o patógeno da espécie mais frequente, causando mais de dois terços das infecções, mas outros como Candida tropicalis, Candida kefyr, Candida glabrata ou Candida parapsilosis também são responsáveis por casos de candidíase.
Cabe ressaltar que a C. albicans faz parte da microbiota normal da vagina. Sua proliferação é que está normalmente relacionado com a manifestação da candidíase vaginal.
A candidíase pode ser manifestada por imunidade baixa, isto é, baixa defesa do organismo; podendo estar relacionada ao estresse, e a doenças como diabetes e Lúpus eritematoso sistêmico.

Epidemiologia

Existente em todo o mundo. As leveduras se aproveitam de debilidade ou imunodeficiência para se multiplicar e disseminar além dos níveis normais.

Sintomas da Candidíase

Os sintomas mais frequentes da candidíase oral são a dor e vermelhidão da boca e mucosa, podendo também haver manchas brancas ou placas na mucosa da língua e bochecha. Já a candidíase nos órgãos genitais são frequentes a comichão(coceiras), vermelhidão e irritação da região exterior da vagina, bem como uma secreção branca e espessa no caso das mulheres e o inchaço, vermelhidão do pênis e prepúcio no caso dos homens.

Diagnóstico e Tratamento

A candidíase pode afetar vários tecidos humanos. Na boca é popularmente chamado de "sapinho", acometendo principalmente crianças. Pode ocorrer na pele, mucosas genitais (Candidíase vulvovaginal), ou mais raramente tecidos internos, particularmente em imunodeprimidos (SIDA, quimioterapia).
A presença de hifas e leveduras observadas ao microscópio é diagnóstica, assim como a cultura com crescimento do fungo embora ambas não tenham sensibilidade muito elevada. A sorologia, com detecção de anticorpo específicos também é disponível, porém pouco útil na prática clínica pela baixa acurácia.
O tratamento das infecções sistêmicas pode ser realizado com medicações endovenosas ou orais com antifúngico como anfotericina B, caspofungina ou com derivados de azol, como fluconazol e itraconazol, enquanto o das infecções superficiais é feito pela aplicação de antimicóticos tópicos como nistatina, clotrimazol, miconazol entre outros.

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