Três principais jornais do País - Folha de S. Paulo, O Globo e
Estado de S. Paulo, amanheceram neste domingo, 29, com cara de paisagem
em relação ao assunto mais importante do País neste momento: a
homologação das delações premiadas dos 77 executivos da Odebrecht, que
pode ser feita pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo
Tribunal Federal, nesta segunda-feira, 30; nenhum dos três jornais que
participaram ativamente da derrubada da presidente Dilma Rousseff,
dedicou destaque ao assunto; enquanto a mídia finge que não vê a delação
da Odebrecht, a ministra Cármen Lúcia trabalha no fim de semana para
homologar os acordos; citado em pelo menos quatro delações da Odebrecht,
Michel Temer pode não terminar 2017 no Palácio do Planalto
Nenhum dos três jornais que participaram ativamente da derrubada da presidente Dilma Rousseff, dedicou destaque ao assunto. A Folha preferiu trazer em sua manchete que notícia do aumento da inadimplência no Fies, o financiamento estudantil, que subiu para 53% em 2016. Jornal chefiado por Otávio Frias Filho dedicou apenas uma fotolegenda da ministra Cármen Lúcia.
Enquanto a mídia finge que não vê a delação da Odebrecht, a ministra Cármen Lúcia trabalha no fim de semana para homologar os acordos. Com a morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, em queda de avião na semana passada, ficou nas mãos de Cármen Lúcia a tarefa de decidir tanto sobre as homologações, quanto sobre quem herdará a relatoria.
Como plantonista do recesso do Judiciário, Cármen Lúcia pode decidir questões urgentes até o dia 31 de janeiro. Além disso, na terça-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um pedido de urgência para a homologação das delações, abrindo espaço para a presidente do Supremo autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro.
A abertura do ano judiciário, prevista para a próxima quarta-feira, é encarada por essa fonte como um "divisor de águas" para a ministra externar sua decisão
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