Ela é Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef. Poza apresentou à Justiça documentos que comprovam sua participação extraoficial (portanto, ilegal) nos primórdios da Operação Lava Jato, o que pode anular toda a Operação, como aconteceu anteriormente com a Castelo de Areia e a Satiagraha.
A defesa de Meire juntou aos autos as conversas que ela mantinha no celular com os delegados Márcio Anselmo e Eduardo Mauat, os agentes federais Rodrigo Prado Pereira e outro identificado apenas como "Gabriel PF" e o procurador da República Andrey Borges, todos com atuação na Lava Jato. Nas mensagens, Anselmo surge como um dos principais interlocutores. Ele solicitava informações sobre empresas e personagens ligados a Youssef. Pelo WhatsApp ela fornecia dados como registros de transferências entre empresas e até o modelo do carro de uma amante do doleiro. Meire também recebia no celular informações dos bastidores da operação. Em 1º de julho de 2014, dia em que foi deflagrada a 5ª fase da Lava Jato, a contadora recebeu uma foto de João Procópio Almeida Prado, ex-funcionário de Youssef, cabisbaixo, num gabinete vazio. O lugar é semelhante às salas da Superintendência da PF do Paraná. Procópio foi preso naquela data. No dia seguinte, ela recebeu uma fotografia tirada de dentro de um carro da PF em que Procópio está no banco traseiro.[Fonte: Folha]É a famosa tese da maçã podre que contamina todo o processo. Isso aconteceu anteriormente com as Operações Satiagraha e Castelo de Areia, com provas abundantes e robustas de corrupção milionária, mas que foram anuladas, uma pela participação informal de agentes da ABIN, outra porque o início da Operação foi baseado em denúncia anônima. Todas as provas foram anuladas e destruídas.
A Lava Jato pode ir pelo mesmo caminho, como eu denunciei aqui lá atrás, há quase quatro anos. Confira:
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