5.14.2019

Carlos Bolsonaro esteve em clube de tiro no mesmo período que Adélio, aquele que esfaqueou seu pai

Adélio Bispo, que era de Montes Claros (MG), foi misteriosamente para 
São José (SC) e esteve em um clube de tiro no dia 5 de julho, dois dias
 antes de Carlos Bolsonaro, que passou um final de semana todo confinado
 no local; o esfaqueador ficou em SC até agosto e de lá foi direto para 
Juiz de Fora (MG), onde aconteceu o atentado, em setembro

Reprodução/Instagram
A facada que Jair Bolsonaro levou em setembro do ano passado continua 
sendo alvo de suspeitas e teorias. Depois do documentário “A Facada no Mito”,
 que coloca em xeque inúmeras versões da família Bolsonaro sobre o caso 
e até da própria polícia, jornalistas e internautas têm se debruçado sobre
 o tema para tentar juntar as peças.
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Nesta segunda-feira (13), um perfil do Twitter chamado Mohammed 
Al-Khwarizmidivulgou uma nova teoria sobre o atentado que viralizou nas redes. Com matérias 
jornalísticas e prints do Instagram, o internauta constatou algumas “coincidências”: Adélio Bispo (aquele que esfaqueou Bolsonaro) e Carlos Bolsonaro (filho do presidente) estiveram, durante os mesmos dias, na mesma cidade e no mesmo clube de tiro.
Até 2017, Adélio viva em Montes Claros (MG). Em 2018, 
coincidentemente um ano eleitoral, Adélio começou a viajar pelo país e,
 em 5 de julho, chegou em São José (SC), Região Metropolitana de 
Florianópolis, e fez uma hora de tiro esportivo no clube .38. Dois dias 
depois Carlos Bolsonaro desembarcou na mesma cidade e passou um final de semana inteiro confinado no mesmo clube de tiro, conforme postado pelo próprio vereador em seu Instagram.
Já havia sido noticiado pela imprensa que os filhos de Bolsonaro, como Carlos e Eduardo, frequentavam o mesmo clube de tirou que Adélio treinou. O que a mídia não se deu conta, ou não resolveu noticiar, é que Carlos e Adélio, o esfaqueador, estiveram no mesmo local durante o mesmo período.
“Aqui começa a teoria de fato. Ninguém fica 24 horas dentro de um clube de tiro. Nesses dias, Carlos e Adélio estiveram nos mesmos espaços, possivelmente compartilhando de armas similares e montando um plano. Sim, é esse plano mesmo que você pensou”, escreveu o internauta que resgatou as postagens de Carlos para provar que ele e Adélio estiveram no mesmo local.
Adélio permaneceu em São José até agosto de 2018. A facada em Juiz de Fora aconteceu em setembro. Naquela ocasião, Carlos Bolsonaro acompanhava o pai na comitiva, algo que nunca tinha feito antes.
O internauta, no entanto, vai além em sua teoria e chega a aventar a possibilidade de que a facada, na verdade, foi real, mas que o mandante poderia ser o próprio Carlos, que teria o desejo de assumir a candidatura no lugar do pai.
Confira a teoria no fio abaixo.

NOVA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO! ISSO É UMA OBRA DE FICÇÃO!

Já pensou se tudo que a gente sabe sobre o dia da facada estiver errado? Não, não estou falando que a facada foi mentira. A facada aconteceu e você não faz ideia de quem pode ter sido o responsável. Segue a thread:

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NOVA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO! ISSO É UMA OBRA DE FICÇÃO!

Já pensou se tudo que a gente sabe sobre o dia da facada estiver errado? Não, não estou falando que a facada foi mentira. A facada aconteceu e você não faz ideia de quem pode ter sido o responsável. Segue a thread:
Adélio, que era de Montes Claros, passou a viajar pelo Brasil no ano de 2018. Coincidentemente, um ano eleitoral. Chegou a trabalhar em dois estabelecimentos em Curitiba. Tinha um ar bem perturbado nas redes sociais. Aparentava de fato ser desequilibrado.

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Adélio, que era de Montes Claros, passou a viajar pelo Brasil no ano de 2018. Coincidentemente, um ano eleitoral. Chegou a trabalhar em dois estabelecimentos em Curitiba. Tinha um ar bem perturbado nas redes sociais. Aparentava de fato ser desequilibrado.
A história começa de fato em 05 de julho, data em que Adélio desembarca em Santa Catarina. Nesse dia, ele fez uma hora de tiro no Clube .38, em São José. A aula custa R$600, um valor alto para uma pessoa desempregada. https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2018/09/07/suspeito-de-agredir-bolsonaro-esteve-em-clube-de-tiro-na-grande-florianopolis-e-morou-em-sc.ghtml  pic.twitter.com/dJtM8GT9Cj

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A história começa de fato em 05 de julho, data em que Adélio desembarca em Santa Catarina. Nesse dia, ele fez uma hora de tiro no Clube .38, em São José. A aula custa R$600, um valor alto para uma pessoa desempregada. https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2018/09/07/suspeito-de-agredir-bolsonaro-esteve-em-clube-de-tiro-na-grande-florianopolis-e-morou-em-sc.ghtml 

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A imprensa noticiou que esse clube de tiro era frequentado pelos filhos de Bolsonaro. Eduardo, por exemplo, esteve lá em 18 de maio. O que a imprensa não noticiou é que Adélio ficou em Santa Catarina até 20 de Agosto, e de lá foi para Juiz de Fora.

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A imprensa noticiou que esse clube de tiro era frequentado pelos filhos de Bolsonaro. Eduardo, por exemplo, esteve lá em 18 de maio. O que a imprensa não noticiou é que Adélio ficou em Santa Catarina até 20 de Agosto, e de lá foi para Juiz de Fora.
Agora a história começa a ficar interessante: sabe quem desembarcou para um final de semana inteiro no Clube .38 logo depois de Adélio passar por lá? Carlos Bolsonaro. Ele chegou no clube no dia 07 de julho: pic.twitter.com/qTUHSeLw0l

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Agora a história começa a ficar interessante: sabe quem desembarcou para um final de semana inteiro no Clube .38 logo depois de Adélio passar por lá? Carlos Bolsonaro. Ele chegou no clube no dia 07 de julho:

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Não contente, permaneceu no clube no dia 09:

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Aqui começa a teoria de fato. Ninguém fica 24 horas dentro de um clube de tiro. Nesses dias, Carlos e Adélio estiveram nos mesmos espaços, possivelmente compartilhando de armas similares e montando um plano. Sim, é esse plano mesmo que você pensou.

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Aqui começa a teoria de fato. Ninguém fica 24 horas dentro de um clube de tiro. Nesses dias, Carlos e Adélio estiveram nos mesmos espaços, possivelmente compartilhando de armas similares e montando um plano. Sim, é esse plano mesmo que você pensou.
O crime seria perfeito. Adélio, isolado por 45 dias em uma casa alugada de Santa Catarina, poderia planejar tudo. Prova disso é que ele estava em uma manifestação contra Michel Temer em 02 de Agosto, em Florianópolis https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/marcha-de-mulheres-em-florianopolis-tem-protesto-contra-o-governo-temer-nesta-quarta.ghtml  pic.twitter.com/Cd4Kb0d5iE

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O crime seria perfeito. Adélio, isolado por 45 dias em uma casa alugada de Santa Catarina, poderia planejar tudo. Prova disso é que ele estava em uma manifestação contra Michel Temer em 02 de Agosto, em Florianópolis https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/marcha-de-mulheres-em-florianopolis-tem-protesto-contra-o-governo-temer-nesta-quarta.ghtml 

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Naquele fim de semana Carlos daria as diretrizes, e eles decidiriam, por exemplo, que Adélio usaria uma faca, e não uma arma. Adélio jamais conseguiria chegar com uma arma perto de Bolsonaro durante um compromisso de campanha, com o candidato sendo protegido pela PF

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Naquele fim de semana Carlos daria as diretrizes, e eles decidiriam, por exemplo, que Adélio usaria uma faca, e não uma arma. Adélio jamais conseguiria chegar com uma arma perto de Bolsonaro durante um compromisso de campanha, com o candidato sendo protegido pela PF


Esse amigo não sabia para que Carlos precisava de alguém assim. Mas poderia ter dito que tinha um ex funcionário que chegou a militar pelo PSOL e depois passou a seguir a cartilha conservadora, com o adicional de ter passado por conversão religiosa e se vender como missionário.

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Era o nome perfeito para jogar qualquer coisa nas costas da esquerda. Outra evidência de que tudo pode ter sido combinado desde julho é que em julho Carlos Bolsonaro se recusou concorrer a deputado pelo PSL.
Seria uma vitória fácil, com recorde de votação. Mas Carlos Bolsonaro já planejava, àquela época, assumir a vaga do pai. Para isso, teria se acertado com Adélio. Sim, o plano de Carlos Bolsonaro era ser presidente do Brasil. O roteiro seria absolutamente perfeito:

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Seria uma vitória fácil, com recorde de votação. Mas Carlos Bolsonaro já planejava, àquela época, assumir a vaga do pai. Para isso, teria se acertado com Adélio. Sim, o plano de Carlos Bolsonaro era ser presidente do Brasil. O roteiro seria absolutamente perfeito:
• Jair Bolsonaro levaria uma facada na véspera da data patriótica por excelência e morreria no hospital.
• Carlos Bolsonaro anunciaria, aos prantos, a morte do pai. O Brasil se comoveria nos dias posteriores

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• Jair Bolsonaro levaria uma facada na véspera da data patriótica por excelência e morreria no hospital.
• Carlos Bolsonaro anunciaria, aos prantos, a morte do pai. O Brasil se comoveria nos dias posteriores
• Carlos, no processo de velório e enterro, se levantaria como o “único nome disponível”. Nem os irmãos entenderam por que Carlos desistiu de concorrer à deputado federal, e até a eleição Bolsonaro se ressentia de não ter um grande puxador de votos no Rio de Janeiro.

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• Carlos, no processo de velório e enterro, se levantaria como o “único nome disponível”. Nem os irmãos entenderam por que Carlos desistiu de concorrer à deputado federal, e até a eleição Bolsonaro se ressentia de não ter um grande puxador de votos no Rio de Janeiro.
Aí entra outro fato: Carlos Bolsonaro nunca acompanhava as viagens do pai, mas na de Juiz de Fora acompanhou. Mais do que isso: a viagem de Juiz de Fora a foi a ÚNICA em que Bolsonaro passou pelo meio do público.

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Aí entra outro fato: Carlos Bolsonaro nunca acompanhava as viagens do pai, mas na de Juiz de Fora acompanhou. Mais do que isso: a viagem de Juiz de Fora a foi a ÚNICA em que Bolsonaro passou pelo meio do público.
Bolsonaro estava se precavendo e falando em palcos separados, como aconteceu no Acre uma semana antes. Por influência dos militares da campanha, espacialmente o General Heleno, Bolsonaro passou a tomar mais precauções.

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Bolsonaro estava se precavendo e falando em palcos separados, como aconteceu no Acre uma semana antes. Por influência dos militares da campanha, espacialmente o General Heleno, Bolsonaro passou a tomar mais precauções.
Menos em Juiz de Fora, onde Carlos estava junto e pode ter convencido o pai a ser carregado pelo meio da multidão, coisa que ele fazia habitualmente antes da campanha.

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Agora, vamos para o dia da facada. Adélio tinha alugado uma casa em Juiz de Fora, estava tudo certo lá. O plano era perfeito: Carlos convenceria o pai a andar pela multidão, e Adélio seria colocado perto de Bolsonaro por Carlos.
Há indícios disso nesse vídeo, gravado logo antes da facada. Carlos teria trazido Adélio para o ultimo pelotão de proteção a Bolsonaro e dado as instruções: “pede pra ir cumprimentar ele”. Ao pedir pela primeira vez, o segurança falou “agora não dá”. https://www.youtube.com/watch?time_continue=14&v=rZLoSUygDgE 

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Há indícios disso nesse vídeo, gravado logo antes da facada. Carlos teria trazido Adélio para o ultimo pelotão de proteção a Bolsonaro e dado as instruções: “pede pra ir cumprimentar ele”. Ao pedir pela primeira vez, o segurança falou “agora não dá”. https://www.youtube.com/watch?time_continue=14&v=rZLoSUygDgE 
Depois Adélio chegou mais perto e esfaqueou Bolsonaro. Reparem que a facada não saiu do jeito que Adélio queria. Assim que esfaqueou Bolsonaro, Adélio se desequilibrou. Da maneira como a faca entrou, a intenção não era só esfaquear Bolsonaro: era rasgar a barriga do presidente.

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