Mão de obra subutilizada no país registrou o maior patamar desde 2012, início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A taxa de desemprego subiu de forma estatisticamente significativa em 14 das 27 unidades da federação, na passagem do quarto trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano.
No estado de São Paulo, houve elevação de 12,4% no quarto trimestre de 2018 para 13,5% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No primeiro trimestre de 2018, a taxa de desemprego em São Paulo estava em 14%.
As maiores taxas de desemprego foram registradas no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18%).
No Rio, a taxa de desemprego ficou em 15,3% e, em Minas Gerais, em 11,2%. As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).
A taxa de desocupação no total do país no primeiro trimestre de 2019 foi de 12,7%, ante 13,1% no primeiro trimestre de 2018, como já havia divulgado o IBGE no fim de abril.
No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desocupação era de 11,6%.
São 13,387 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre e um quarto deles está há dois anos ou mais em busca de trabalho.
Do total de desempregados no primeiro trimestre, 24 8%, ou 3,319 milhões de pessoas, estão nessa condição há dois anos ou mais.
Outros 6,074 milhões de trabalhadores estão desempregados de um mês a menos de um ano, o equivalente a 45,4% do total de desempregados, enquanto 2,108 milhões (15,7%) buscam trabalho há menos de um mês e 1,886 milhão (14,1% do total) o fazem de um ano a menos de dois anos.
A taxa de subutilização (os que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam e que estavam disponíveis para trabalhar mas não conseguiram procurar emprego) do primeiro trimestre foi a maior dos últimos da série histórica (iniciada em 2012) em 13 das 27 unidades da federação.
As maiores taxas foram observadas no Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), na Paraíba (34,3%), no Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). A taxa média de subutilização no país foi de 25%, também a maior da série histórica.
Os maiores contingentes de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) no primeiro trimestre deste ano foram registrados na Bahia (768 mil pessoas) e no Maranhão (561 mil). Os menores foram observados em Roraima (8 mil) e no Amapá (15 mil).
Os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada estavam em Santa Catarina (88,1%), no Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,5%) e Pará (53,0%).
As maiores proporções de trabalhadores sem carteira foram observadas no Maranhão (49,5%), Piauí (47,8%) e Pará (46,4%), e as menores, em Santa Catarina (13,2%), no Rio Grande do Sul (18,0%) e Rio de Janeiro (18,4%).
Em relação ao tempo de procura de emprego no Brasil, 45,4% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 24,8%, há dois anos ou mais, 15,7%, há menos de um mês e 14,1% de um ano a menos de dois anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário