Já está em curso a operação Mourão. A coluna Painel, da Folha, informa que o impeachment de Jair Bolsonaro entrou na ordem do dia nas rodas de conversa dos três poderes. Não ainda como conspiração, mas em tom de resignação diante da sua evidente incapacidade para governar (leia aqui).
Também na Folha, o principal editorial do jornal rotula Bolsonaro como um obscurantista “idiota inútil”, repetindo o que foi dito por Guilherme Boulos no Rio Grande do Norte, em resposta à fala de Bolsonaro sobre os “idiotas úteis”, que seriam os estudantes brasileiros (leia aqui).
Reforçando o cerco, Reinaldo Azevedo lembra que Bolsonaro já cometeu diversos crimes de responsabilidade (ou seja, já há pretextos para afastá-lo) e que basta agora formar a maioria no Congresso para deflagrar o processo (confira aqui).
O editorial mais importante, no entanto, é o do Globo, que sacramenta que não é mais possível governar ao estilo Bolsonaro. Com o capitão e com seus filhos, dizem os Marinho, não dá mais. Some-se a isso o tsunami Queiroz-Flavio Bolsonaro (leia aqui).
Claramente, o que se capta nas entrelinhas é que a elite busca uma saída institucional para seguir governando em defesa de seus interesses. Fechando o quadro, o general Hamilton Mourão se faz de morto, enquanto avançam as “aproximações sucessivas” para colocá-lo no poder.
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